*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Mentira!

O bem que o Estado pode fazer é limitado; o mal, infinito. O que ele nos pode dar é sempre menos do que nos pode tirar” - Roberto Campos

Sabe qual é a última vigarice que essa politicanalhada quer dizer para enganar você, incauto eleitor? Que essa montanha de grana roubada dos cofres públicos foi para pagar as “caríssimas campanhas eleitorais”. MENTIRA. Fiz campanha política, meus caros. Se isso fosse verdade, vocês estariam lendo as abobrinhas de um dos caras mais ricos destas paragens. MENTIRA. A parte honesta de uma campanha política tem um orçamento igualmente honesto.

Essa grana foi gasta mesmo para pagar as dentaduras, as laqueaduras e os milheiros de telhas. Para comprar consciências, comprar militâncias, aliciar o funcionalismo público, aparelhar as repartições, criar exércitos de mamulengos como as CUTs, as UNEs, os MSTs para patrulhar nossa sociedade tolinha, pagar todos os Chicos Buracos, todos os Mouras e Duviviers que infernizaram nossos ouvidos todo esse tempo com esse cacarejo indecente.

Foi usada para manter os jatinhos, o status e o poder dessa corja de políticos vigaristas que não quer sair do nosso lombo e tirar a mão do nosso bolso; para pagar as viagens para Paris, as caixas de vinho importado, as joias e os brilhantes com que essa canalhada ainda ostenta o seu poder sobre a patuleia. A grana foi usada para sustentar Maduros, ditadores africanos e sul-americanos, num projeto de poder pilantra e autoritário. Foi usada para construir e turbinar ditaduras e Foros de São Paulo. Usada para essa esquerda te enganar, com todo o alinhamento e cumplicidade da “não esquerda”.

Se uma pesquisa custa uma fortuna, uma pesquisa fraudada para apontar um candidato na frente dos demais custa uma fortuna maior ainda. Se uma eleição custa uma fortuna, uma eleição fraudada, na qual duas marionetes do mesmo sistema podre se enfrentam para dar um verniz de democracia nessa vigarice custa uma fortuna muito maior. Acorda, brasileiro tonto. Nessa esquerda que aí está eu não voto nem amarrado. Entenderam agora ou preciso continuar desenhando? - Augusto Nunes/VEJACONFERE LÁ

sábado, 22 de abril de 2017

"DR"

"Tem bastado ao Ministério Público, para acusar – lançando dezenas de parlamentares na vala comum da corrupção –, que o criminoso, acuado, cite os nomes desejados e, como recompensa, abiscoite isenção de penas e regularize o patrimônio roubado... Presenciamos, portanto, o envenenamento da democracia pelo açodamento em desmoralizar homens públicos de bem, condenados antes mesmo do processo se instaurar, afrontando o poder eleito. Este é o grande engodo das cruzadas moralistas. A generalização deixa marcas em inocentes e os abusos soterram direitos fundamentais” - Renan Calheiros (AL), nesta quinta-feira (20) em discurso na tribuna do Senado Federal

charge Kleber Sales/Estadão
   
O que é DR?”, perguntou o presidente Michel Temer aos jornalistas ao ser questionado sobre se iria procurar os partidos da sua base de apoio para ‘discutir a relação’ diante das dificuldades de aprovar as reformas - Andreza Matais/Estadão

Preocupado com os problemas o isolamento do presidente pela falta de diálogo com seus pares, o blog sugere, abaixo, alguns assuntos dignos de uma DR:
#DR1 - “Em entrevista que ainda dá o que falar, Dilma Rousseff afirmou, sobre Moreira Franco: "Eu não deixei o gato angorá roubar na Secretaria de Aviação Civil. Chamei o Temer e disse: ele não fica".
A declaração rendeu uma resposta hostil do seu ex-ministro, enquanto Temer negou que a conversa tenha acontecido.
Seja como for, as delações da Odebrecht colocaram em evidência o assessor especial de Moreira Franco na SAC: Mário Rodrigues Júnior, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres.
De acordo com o delator Roberto Cumplido, Rodrigues Júnior teria pedido R$ 1,2 milhão pelas obras do Rodoanel de São Paulo em 2006, quando era diretor de Engenharia da Dersa. Na SAC, foi o responsável pela execução do Plano de Aviação Regional, lançado por Dilma em 2012. O programa teve investimento de R$ 7,3 bilhões” – Lauro Jardim/OGlobo
#DR2 O Governo Michel Temer não se entende com os índios. Primeiro, levou sete meses para nomear o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), o órgão responsável por ditar a política indigenista brasileira, assim como por coordenar o processo de demarcação das terras deles.
Agora, quatro meses depois que um titular assumiu o cargo, questões internas são responsáveis pela iminente queda de Antônio Costa, o dentista e pastor evangélico indicado pelo Partido Social Cristão (PSC) que assumiu a função. Apoiado pelo líder do Governo no Congresso Nacional, o deputado André Moura (PSC-SE), nas últimas semanas Costa se negou a nomear uma série de políticos para cargos técnicos – CONFERE LÁ
#DR3 - A reação da opinião pública, que já fez adiar por uma semana a análise do projeto de abuso de autoridade vai aumentar de tom durante a semana e não sei se o Senado terá condições políticas de votar isso. O momento é evidentemente inapropriado e, ainda mais, a tentativa de criminalizar a interpretação da lei é uma loucura total. A sorte da sociedade brasileira é que, se o Congresso cometer mais esse suicídio político e aprovar esse projeto de abuso de autoridade, vai ficar paralisado no Supremo até que seja aprovado – Merval Pereira/O Globo – Leia na íntegra

-Chega né, pois cá nos, até MiIchelzinho sabe o que é uma “DR”. Quando a família Temer decidiu mudar-se do Jaburu para o Alvorada, MiIchelzinho bateu o pé e disse que pra lá não iria de jeito nenhum – “Pai, aquele palácio é mal assombrado... tá cheio de fantasmas e esqueletos dentro dos armários”. Resultado: a família ficou no Jaburu. E Temer, pelo menos como inquilino, ainda reside na residência oficial do “vice”, mas isso é assunto pra outra prosa.

A corrida maluca para 2018

   
Até as emas que habitam os gramados do Palácio do Planalto sabem que não há vácuo em política. Assim, quando se olha o cenário das eleições presidenciais de 2018, a paisagem de terra arrasada produzida pela hecatombe das delações da Lava-Jato vai rapidamente dando lugar a outra. Nela, em vez dos políticos tradicionais, o que se vê é um repovoamento algo desordenado de novas espécies.
Elas incluem desde o empresário, ex-apresentador de TV e recém-empossado prefeito de São Paulo João Doria até o (ainda) apresentador de TV Luciano Huck e o ex-presi­dente do Banco Central Arminio Fraga.

Doria começou a aparecer nas pesquisas de intenção de voto espontânea para presidente pouco depois de assumir a prefeitura e segue em trajetória ascendente. Em levantamento do Ibope divulgada na quinta-feira, seu nome alcançou 24% de potencial de votos.
Huck é uma das apostas do Partido Novo, de olho na popularidade do apresentador e em sua “descontaminação” política.
Arminio Fraga, por ora, não passa de uma menção — ainda que cada vez mais frequente — feita em círculos empresariais de São Paulo e do Rio, desejosos de um nome “técnico” e identificado com o mercado.


O cenário pós-hecatombe para 2018 é heterogêneo sob vários aspectos. Reúne candidatos a candidatos, candidatos que juram não ser candidatos, não candidatos que não descartam a possibilidade de virar candidatos e aqueles que não são candidatos de fato e nunca virão a ser, embora muita gente gostaria que fossem. Em uma dessas duas últimas categorias, encontram-se o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, e o nome mais célebre da Lava-Jato, Sergio Moro - Bruna Narcizo e Renato Onofre/Veja