“Se ele [Joaquim Barbosa] fosse candidato, teria muitos
votos. Porque tem esse lado da Justiça, que todo mundo quer, e porque ele é
negro e teve coragem. São atributos valorizados. Mas ele teve o bom senso de
não se candidatar. Iria esmaecer o que fez. Não acho que ele tenha aptidões
políticas. Ele é justo. Mas política não é isso. Impeachment, por exemplo, não
é justiça. É julgamento político. [O STF é uma casa política] e tem que ser. Por isso acho
que deveria se restringir a discutir assuntos constitucionais. Mas o julgamento
do mensalão não foi político. Ele fez um julgamento comum, em última instância,
um julgamento de crime. O Joaquim, que é promotor, aplicou a lei. E o povo
gostou, porque ele aplicou a lei sobre poderosos. E foi importante, de fato.”
Fernando
Henrique Cardoso, em entrevista ao jornalista Sérgio Pardellas/ISTOÉ.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
criticou nesta segunda-feira (28) o informe produzido pelo Banco Santander que
prevê um cenário econômico negativo para o país caso a presidente Dilma
Rousseff seja reeleita. Segundo ele, a responsável pelo texto enviado a
clientes da instituição "não entende porra nenhuma de Brasil". Em
discurso na 14º plenária da Central Única dos Trabalhadores, ele ressaltou que
não há outro país em que o Santander lucre tanto como no Brasil e questionou
ainda o fato da funcionária que escreveu o informe ter chegado a um cargo de
chefia:
"Essa moça que
falou [isso] não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma Rousseff.
Manter uma mulher dessas em cargo de chefia é sinceramente... Pode mandar
embora e dar o bônus dela pra mim, que eu sei como é que eu falo",
criticou...
l O petista lembrou a oposição feita a Getúlio Vargas
e disse que as pessoas que ofendem Dilma não admitem o "compromisso
ideológico" dela e "sabem que ela tem lado": "Foi possível
fazer tudo? Não foi, mas não é possível fazer tudo em dez ou 12 anos". Clique
aqui e confira na íntegra
l
Não é bolinho não! Em mais de doze anos de poder, convivendo nas melhores rodas
da malandragem nacional e internacional o cara não perde a “porra” da casca
grossa. Agora, cá pra nós, Getúlio Vargas deve tá dando voltas no túmulo com
essa comparação do Cascagrossa com a Madama Dilma.
L Aliás: Podia-se creditar
apenas ao estado de nervos no núcleo da campanha da presidente Dilma a reação
violenta dela, do seu partido e do ex-presidente Lula à análise feita para
clientes preferenciais do banco Santander em que altas da Bovespa são
relacionadas a pesquisas eleitorais negativas para o projeto da reeleição.
l Para o PT,
segundo seu presidente, Rui Falcão, tratou-se de “terrorismo eleitoral”. A
própria Dilma considerou “inadmissível para qualquer país”, disse em sabatina
na “Folha de S.Paulo”, a interferência do mercado financeiro no processo
eleitoral. Já Lula, em um evento na CUT, pediu a demissão da analista
responsável pelo texto. Talvez seja o primeiro político de origem no
sindicalismo a defender publicamente a demissão de um assalariado.
l Mas a explicação
para reação tão violenta não é conjuntural. O vozerio petista tem a ver com o
cacoete autoritário de frações hegemônicas no partido contra a liberdade de
expressão. Mesmo de departamentos de análise de instituições financeiras, as
quais, daqui para frente, praticarão a autocensura, como foi obrigada a fazer a
imprensa durante a ditadura militar. Talvez este seja o objetivo da resposta
petista em uníssono. Opinião/O Globo
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Os Tribunais de Contas dos Estados (TCEs)
são responsáveis por examinar os gastos dos agentes públicos, apontar
irregularidades e superfaturamentos em obras e serviços, e tentar evitar que
recursos governamentais sejam desperdiçados. Com o advento da Lei da Ficha
Limpa, esses órgãos passaram a ter uma responsabilidade ainda maior, uma vez
que lhes compete encaminhar aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) a relação
de administradores que tiveram as contas com parecer negativo — o que pode
impedi-los de se candidatar a cargos eletivos. Mas toda essa austeridade para o
público externo nem sempre se verifica entre os próprios conselheiros.
l A maior parte deles é escolhida por critérios
políticos; muitos têm parentes importantes, e há pelo menos dez casos em que a
Justiça os afastou da função após descobrir irregularidades, proibindo-os em
alguns casos até mesmo de passar a menos de 100 metros da instituição que
deveria zelar pela boa aplicação do dinheiro público. Clique
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M "Os
Tribunais de Contas, ou de faz de conta, como chamamos, são um sistema para
esconder a corrupção por causa da falta de independência dos auditores".
Elda
Mariza Valim Fim, auditora aposentada do TCU) sobre a atuação dos TCEs.
O médico sanitarista Eduardo Jorge, que
concorre à presidência da República pelo Partido Verde, credencia-se para
ocupar o lugar de candidato incômodo desta eleição. Pretende discutir temas
áridos, como reforma política, implementação do parlamentarismo, e tabus, a
exemplo da legalização do aborto e da maconha.
l Fundador do Partido dos Trabalhadores, em que ficou
20 anos, e ex-secretário municipal do tucano José Serra, Jorge vê um
modelo de Estado desgastado. “O nosso
Estado, além de intervencionista ao extremo, é parasita, com uma estrutura de
presidencialismo imperial”, diz ele, que defende as consultas públicas e
plebiscitos. Clique
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l É como disse Ronald Reagan num arroubo misto de
hipocrisia+franqueza: “Não espere que a solução venha do Governo. O Governo é
que o problema”. Mas eu ainda prefiro Gramsci: “Todo Estado é uma
ditadura".
O desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin,
juiz auxiliar do TRE-SP, revogou a liminar que suspendia a veiculação na
internet de comercial da empresa Bom Negócio com a participação do humorista e
deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva , o Tiririca.
A decisão é da última sexta-feira (25), uma semana depois
que o próprio Padin havia concedido liminar para que a peça publicitária fosse
retirada da web, mais especificamente do YouTube e do site da empresa. Clique
aqui e confira o imbróglio na íntegra