*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Foro privilegiado e outros 171

Na conta de quem viu a papelada, a colaboração das empreiteiras levará para os tribunais superiores pelo menos dez governadores e ex-governadores. O prosseguimento das investigações incentivará o turismo doméstico para a rede hoteleira federal de CuritibaElio Gaspari/O Globo

   
#foroprivilegiado1 - A suspensão da Operação Métis - realizada pela Polícia Federal nas dependências do Senado, por determinação de um juiz de primeira instância - pelo Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu a discussão sobre o fim do foro privilegiado. Atualmente, 22 mil pessoas têm o benefício no Brasil, considerado o país com mais autoridades resguardadas pelo foro especial no mundo.
O ex-presidente do STF Ayres Britto acredita que tudo que soa como privilégio numa República é visto com desconfiança. O jurista defende ser necessário reduzir a quantidade de pessoas beneficiadas. “Necessita-se de um debate para redução, mas penso que agentes especialíssimos, como chefes de Poderes, membros de tribunais superiores e ministros do STF devem continuar com o foro.” CONFERE LÁ
#foroprivilegiado2 - Nos EUA, nem o presidente da República tem foro privilegiado - o ex-presidente Bill Clinton foi processado na primeira instância – e na Europa ele é apenas para pouquíssimas pessoas. É uma prática que deveria ser abolida no Brasil. A Constituinte de 88, que estabeleceu o foro privilegiado para parlamentares, tem alguns exageros em razão de uma resposta ao regime militar e acabou nessa proteção exagerada. Acho difícil que eles acabem com seus próprios privilégios, mas a PEC que extingue o foro privilegiado está no Senado. Apenas uma pressão popular muito grande faria com que votassem a favor. Por Merval Pereira/O Globo – Confere lá  
Nota de rodapé: Segundo Sonia Racy, o ex-ministro Nelson Jobim concluiu que o projeto de lei sobre abuso de autoridade mostra "razoabilidade" e "conflitam com as afirmações" de Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Nelson Jobim foi consultor da Odebrecht no início da Lava Jato. O Antagonista no sábado 29
Nota de rodapé da nota de rodapé: “O projeto, diz Jobim, atualiza uma lei que é de 1965 e define melhor o que é “autoridade”. Em vários parágrafos, detalha situações em que os abusos da autoridade podem ocorrer. Como “constranger o preso a exibir-se à curiosidade pública” ou “executar mandado de busca e apreensão com excesso ou de forma vexatória”. E ainda “dar publicidade, antes de instaurada ação penal, a relatórios ou papéis obtidos com resultado de interceptações telefônicas”. Jobim conclui: juízes e promotores “não podem ficar à margem das regras” - Sonia Racy/EstadãoLeia na íntegra
#foroprivilegiado3 - Os advogados cariocas podem ganhar um agradinho todo especial dos vereadores do Rio. Projeto de lei que tramita na Câmara Municipal reserva uma vaga em todos os estacionamentos públicos da cidade para os profissionais inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil. Já as ruas que ficam mais próximas aos fóruns terão, no mínimo, cinco vagas reservadas. Na justificativa, o vereador alega que os fóruns não têm espaço suficiente para os advogados estacionarem seus veículos. “A advocacia é considerada uma das atividades essenciais para a administração da Justiça. Daí a importância do advogado na sociedade, uma vez que ele detém a capacidade de postular os interesses das pessoas em juízo ou fora dele”. Fernanda Pontes/Coluna Gente Boa/O Globo

Um protesto a favor do candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, e outro contrário terminaram em briga na Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste sábado (29). Ao menos quatro pessoas foram detidas. Segundo a Polícia Militar (PM), os atos aconteceram perto da esquina com a Rua Pamplona. Cada grupo ficou em um lado da avenida, ocupando parte das calçadas. Após trocas de ofensas de ambos os lados, alguns participantes entraram em confronto. Policiais que acompanhavam de perto os protestos separaram as brigas e fizeram detenções. Os detidos foram levados para o 78º Distrito Policial, nos Jardins. CONFERE LÁ
-Esta turma tem que arrumar algo melhor pra fazer nos sábados a tarde em São Paulo. Se pedir a Trump  ou até mesmo a Hilary pra identificar em um mapa onde fica o Brasil é bem capaz deles apontarem pra Argentina. São Paulo então.

A comemoração da semana... passada!
  
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma nota à imprensa negando que esteja aniversariando hoje. “Não bastam convicções! Cadê as provas?”, questionou. “Com toda essa pirotecnia, não duvido nada que a Polícia Federal organize uma festa surpresa para mim no tríplex do Guarujá”.
Lula afirmou que a popularidade de seu projeto político pode ter induzido a imprensa a uma conclusão equivocada. “Outubro é mês do Aniversário Guanabara. Como trabalhamos pela ascensão da classe C no país, a mídia golpista confundiu as coisas”, lamentou o ex-mandatário.
Confrontado com fotos do passado, em que aparece soprando as velas de um bolo no dia 27 de outubro, o petista foi enfático: “O aniversário é de um amigo. Eu apenas frequento a festa.”
by iPiauiHerald/Estadão

No Globo de sábado, Lauro Jardim postou: “Nos dias 9 e 10 de novembro, o Diretório Nacional do PT vai se reunir em São Paulo para definir, entre outras providências, a nova direção da Fundação do partido, a Perseu Abramo. Quando Dilma Rousseff sofreu o impeachment, Rui Falcão afirmou que o comando da fundação caberia à ela. Petistas chiaram. Desde então, o partido não sabe o que fazer com ela”, mas o presidente do PT, Rui Falcão, formalizou o convite para que Dilma Rousseff assuma a presidência do conselho consultivo da Fundação Perseu Abramo, vinculada ao partido. Segundo petistas, Dilma aceitou a oferta... Falcão chegou a convidá-la para a própria presidência da Fundação Perseu Abramo, mas a iniciativa sofreu resistência dentro do partido. A saída foi indicá-la para o cargo de presidente do conselho curador da fundação. Leia na íntegra
-A gente tinha umas ideias sobre o que fazer com Dilma, mas a equipeQ&M preferiu se abster e manter o nível elevado que tem caracterizado nossas postagens. Mas nada nos impede o alerta à Fundação Perseu Abramo: CUIDADO!
  

“Mentira puxa mentira e o cérebro se adapta”

Uma mentira puxa a outra. E quem mente uma vez, tende a mentir cada vez mais. Esta é a conclusão a que chegaram neurologistas da Universidade College London (UCL) no estudo chamado “O cérebro se adapta à desonestidade”.
No experimento, os voluntários foram incitados a mentir repetidamente. E, dependendo da gravidade da mentira, eles eram recompensados financeiramente. O resultado surpreendeu até os próprios pesquisadores.
“O estudo é a primeira evidência empírica de que o comportamento desonesto cresce se ele for repetido”, afirma Neil Garret, neurologista do Departamento de Psicologia Experimental da UCL.
O experimento
No experimento, 80 pessoas visualizaram fotografias de copos preenchidos com diferentes quantidades de moedas de um centavo. Em seguida, os voluntários foram orientados por um computador a aconselhar um parceiro (um ator, desconhecido dos voluntários), que tinha visto os mesmos copos em imagens desfocadas, sobre quanto dinheiro os copos continham.
No primeiro experimento, os participantes foram recompensados pela honestidade. “Eles foram informados de que, quanto mais precisa fosse a avaliação do parceiro, ambos – voluntário e parceiro – receberiam mais dinheiro”, explicou Garret.
No segundo experimento, um dolo proposital foi recompensado com lucros para ambos. E, num terceiro, explicou-se aos participantes de que a mentira prejudicaria somente o parceiro.

“As pessoas mentiram mais quando ambos podiam tirar proveito”, disse a cientista Tali Sharot, coautora do estudo. “Se a situação beneficia apenas a si próprio, mas prejudica outra pessoa, mente-se menos.” Leia na íntegra

sábado, 29 de outubro de 2016

“A guerra dos juizecos, chefetes e senadorecos”, por Ruth de Aquino

A disputa entre o Legislativo e o Judiciário descambou para uma linguagem vulgar, quase chula, graças a um presidente do Senado que tem nas costas 11 inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Onze! É dose. Nove deles relacionados a corrupção na Petrobras, investigada pela Lava Jato. Renan Calheiros pode ter herdado de José Sarney a capacidade de ressuscitar. Mas não herdou a serenidade e a capacidade de aglutinar.

O alagoano é muito mais destemperado que seu padrinho maranhense. Pragueja. Se pensa que pode varrer malas, documentos e malfeitos, dele e de seus colegas, para baixo do tapete, é bom repensar, porque a batalha verbal pode lhe valer a derrota na guerra. Ex-amante da morena mineira com quem teve uma filha e a quem pagava pensão com suposta ajuda de uma empreiteira, Renan pode morrer pela boca. E pela incontinência e arrogância. Fala demais, se altera demais, manobra demais. Seu riso com os dentinhos de fora é falso demais. Tudo demais.

Não se iludam com a apregoada paz que juntou na sexta-feira Michel Temer, Cármen Lúcia e Renan Calheiros numa sala para discutir a violência no Brasil. Não passa de trégua de primeira instância, provisório cessar-fogo. Não existem pontos em comum entre o presidente do Senado e a presidente do Supremo Tribunal Federal. Fingem um convívio pacífico em nome da República. É questão de tempo para isso estourar.

A disputa não começou agora. O juiz Sergio Moro já tinha dito que o Congresso “deve mostrar em que lado se encontra”. Moro defende o projeto de dez medidas anticorrupção propostas pelo Ministério Público e assinadas por mais de 2 milhões de eleitores.

Renan pressiona o Senado a aprovar projeto para coibir “abusos de autoridade”. De que lado Renan está? O projeto estava engavetado no Senado havia mais de cinco anos. Quem é o relator do projeto? O senador Romero Jucá. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão de Jucá. Quem é o autor do projeto, datado de 2009? O atual ministro da Defesa de Michel Temer, Raul Jungmann.

Nesse cenário de House of cards, a PF deslancha a Operação Métis – deusa grega da astúcia, prudência e virtudes – e prende quatro policiais legislativos que, autorizados por Renan, fizeram varredura eletrônica em casas de senadores como Fernando Collor e Gleisi Hoffmann e do ex-presidente Sarney. Uma das varreduras foi no escritório do ex-genro do ex-senador Lobão Filho, no Maranhão. Usou-se verba pública para buscar grampos em locais não oficiais, fora da responsabilidade do Senado. Com um objetivo aparente, porém não confessado: atrapalhar a Lava Jato.

Renan explode. Chama o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de “chefete” de polícia que “dá bom dia a cavalo” e pressiona Temer a dispensá-lo. Acusa a Polícia Federal de mais “fascista” que a polícia da ditadura militar. (Renan não gostaria que chamassem a polícia do Senado de “milícia particular” – seria uma clara injustiça). O senador denunciou “arreganhos, truculência, intimidação”. Fez o mesmo.

Investiu contra o “juizeco de primeira instância” Vallisney de Souza Oliveira, de Brasília, que autorizou a ação da PF no Senado. Discreto e com um blog de poesias suas e de outros autores, Vallisney recebeu uma solidariedade de alta patente: da presidente do STF, Cármen Lúcia. “Onde um juiz for destratado, eu também sou. Qualquer um de nossos juízes é”, disse Cármen, sem entrar no mérito da operação em si e sem citar Renan. [...].

Estamos cheios já de foros privilegiados. Cármen Lúcia também é contra. Estamos cheios de castas políticas que legislam em causa própria e querem cortes nas aposentadorias sem mexer em suas mordomias vitalícias, imorais e passadas a herdeiros. Estamos cheios de nepotismo e do “você sabe com quem está falando”.


No dia 3 de novembro, o STF julgará uma ação que impede réus com processos no Supremo de ocupar cargos da linha sucessória da Presidência da República. Renan se encaixa exatamente nesse perfil. Mais um episódio, talvez o final de uma temporada. O que acontecerá? Leia na íntegra

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Não tá fácil a vida neste blog

Para viver fora da lei, você precisa ser honestotradução de “To live outside the law you must be honest”,  frase de Bob Dylan na música Absolutely Sweet Mary de 1966

Projeto do “Lava-Jato Shopping Tower”
- obtido, com exclusividade, pela equipeQ&M -
Detalhe: Na torre da esquerda ficam localizadas as salas dos advogados  
   
A mulher do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cláudia Cruz, chegou na manhã desta quarta-feira para visitar o marido pela segunda vez na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, e passou três horas no local. A ex-apresentadora foi acompanhada do advogado e dos quatro filhos de Cunha.
Segundo fontes da PF, os filhos levaram roupas, livros, frutas e biscoitos para Cunha.  Diante de uma prévia do que pode ser o reaquecimento da economia local, com as constantes presenças vips aos presos da Lava-Jato, empresários do setor imobiliário já apresentaram propostas para a construção de um poderoso shopping no entorno do presídio: o Lava-Jato Shopping Tower.
“A ideia é fazer algo bem sofisticado e com muita segurança, onde os parentes dos presos possam gastar à vontade, sem a presença de jornalistas. Teremos só joalherias, lojas de grifes, bancos e casas de câmbios e restaurantes internacionais. Já temos dezenas de lojistas interessados e o empreendimento já é um sucesso”, afirmou o engenheiro Carlos Cabral, dono da empreiteira Sergio Barata.
Texto do site Sensacionalista.com.br
Imagem e legendas equipeQ&M

Vida fácil para a polícia do Senado – A decisão liminar do ministro Teori Zavascki de suspender a operação Metis - que prendeu policiais do Senado -, transferindo-a para o STF, acata a tese de Renan Calheiros. É o primeiro indício de que Renan, apesar de ter exagerado e ter sido grosseiro com o juiz de primeira instância, tem uma pessoa que pensa igual a ele. É uma discussão jurídica que transcende a boa educação de um e de outro. É preciso decidir se a polícia do Senado tem ou não foro privilegiado. Minha opinião é de que ele não pode ser estendido a todos os funcionários; é a mesma discussão sobre o apartamento da senadora Gleisi Hoffmann. O Paulo Bernardo teria imunidade por ser casado com ela. É uma coisa meio exagerada. Merval Pereira/O Globo - CONFERE LÁ
Vida difícil para delatores da Acrônimo - A condução coercitiva hoje de Benedito de Oliveira, o Bené, na 11a. fase da operação Acrônimo, por suspeita de esconder provas em sua delação premiada, foi uma medida extrema que a Polícia Federal precisou tomar. A suspeita de que Bené havia mostrado menos cartas do que tem em seu baralho vem sendo confirmada a cada novo documento obtido pela Acrônimo.
A propósito, a Acrônimo, talvez a segunda ou terceira investigação mais abrangente em curso no país hoje, tem uma diferença fundamental em relação à sua prima mais famosa, a Lava-Jato: sua espinha dorsal não são delações.A PF tem uma quantidade considerável de documentos e outras provas para muitos dos fatos investigados, algo que não é tão uniforme nos mil e um pontos sob investigação na Lava-Jato. O efeito prático disso é: mentir ou omitir numa delação na Acrônimo pode ser um troço bem mais perigoso. Lauro Jardim/O Globo
Nota de rodapé: Explicação de um petista da direção do partido sobre a ideia de Lula de fazer de Fernando Haddad o novo presidente do PT: -O Haddad não entusiasma o partido, mas o Lula atua com símbolos. É como se o Lula dissesse: 'me empresta essa cara e deixa que eu cuido do resto'. Lauro Jardim/O Globo
Pergunta de rodapé: Será mesmo que Lula ainda possui toda essa magia?

Vai aí? Leva seis e só paga meia dúzia!
   
   
O Antagonista conversou com Randolfe Rodrigues, o novo relator da PEC que pede o fim do foro privilegiado.
1. Ele diz que fará um novo relatório -- Roberto Rocha, o antigo relator, já havia apresentado um parecer (vejam aqui), desfigurando a proposta original de Álvaro Dias. Rocha pediu licença médica e deixou a vaga em aberto;
2. Randolfe promete apresentar seu parecer já na próxima sessão da CCJ, em 9 de novembro. "Quero ler (o parecer) já no dia 9. Há um grande clamor da opinião pública sobre esse tema";
3. O senador antecipa que aproveitará partes do relatório de Rocha, mas incluirá muito das ideias de Luís Roberto Barroso, ministro do STF contrário à prerrogativa do foro;
4. Ele propõe a criação de uma vara especializada, cujos juízes seriam designados e sabatinados pelo Supremo Tribunal Federal. "Juízes especializados e independentes";
5. Seriam julgados por essa vara "apenas" deputados, senadores, presidentes dos Poderes e ministros do STF;
6. "Como está hoje, a prerrogativa de foro se tornou um manto para a impunidade. Mas não se pode ter uma vulnerabilidade completa, sob risco de os parlamentares ficarem à mercê de caprichos políticos nas instâncias locais: sabemos que, em muitos casos, há essa interferência".
O Antagonista acha fantástico: para acabar com o foro privilegiado, Randolfe Rodrigues também quer criar um... foro privilegiado! Sairiam STF e STJ e entraria uma "vara especializada" em políticos. Francamente - Publicado no site O Antagonista, ontem - título original: “PEC do foro: O que pensa o novo relator”

Foram conhecidos no início da madrugada desta quarta-feira (26), no Rio de Janeiro, os vencedores do Prêmio Multishow 2016. Veja abaixo alguns destes vencedores:
Melhor Cantora: Ivete Sangalo
Melhor Cantor: Luan Santana
Melhor Grupo: Henrique e Juliano
Melhor Show: Anitta
-COMENTÁRIO CENSURADO!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

"Esses meninos"

Esses meninos do Ministério Público não sabem como isso funciona. Simplesmente botaram na cabeça uma ideia falso-moralista de que o país tem de ser limpo. Corrupção existe em todas as partes do mundo. Não é um problema moral, é sobretudo um problema estrutural simples”. (Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça de Dilma Rousseff, explicando numa entrevista à revista Carta Capital que o PT institucionalizou a corrupção para modernizar o Brasil) Publicado na coluna Augusto Nunes/Veja

   
A polícia do Rio de Janeiro prendeu novamente o homem apontado como o chefe de uma das milícias mais violentas do estado. Ele já estava preso, mas conseguiu sair da cadeia depois de ser beneficiado por uma decisão da Justiça. De acordo com reportagem do Bom Dia Rio, policiais deram voz de prisão a Jonas Gonçalves da Silva, o "Jonas é Nós", dentro do hospital em Tanguá, na Região Metropolitana do Rio. Jonas é policial militar reformado e chegou a ser vereador em Duque de Caixas, na Baixada Fluminense.
Na época, o delegado disse que a quadrilha de Jonas atuava com traficantes pra compra e venda de armas, entre outros crimes. O esquema chegava a render R$400 mil reais por mês. No dia 27 de setembro, o revogação ou substituição da prisão preventiva tem a finalidade de evitar sua morte no cárcere Siro Darlan concedeu habeas corpus para “Jonas é Nós”. No documento, ele "manda a autoridade competente pôr imediatamente em liberdade o acusado" e afirma que a "revogação ou substituição da prisão preventiva tem a finalidade de evitar sua morte no cárcere". No dia seguinte, o desembargador Sydnei Rosa da Silva anulou a decisão, mas Jonas já tinha saído da cadeia. CONFERE LÁ
-O desembargador alegou que “a revogação ou substituição da prisão preventiva tem a finalidade de evitar sua morte no cárcere”. É justo! Tinha que prender era o desembargador por colocar em risco a sociedade, pois o tal "Jonas é Nós", segunda a reportagem, é “apontado como o chefe de uma das milícias mais violentas do estado.” 

A cidade alemã de Ulm está tomando medidas desesperadas para impedir que homens continuem urinando nas paredes da Catedral de Ulm. O problema está afetando a fundação de pedra da igreja, que é conhecida por ter a torre mais alta do mundo. Os sais e ácidos da urina estão acelerando o processo de erosão do edifício, segundo relataram os responsáveis pela conservação da igreja ao jornal local "Südwest Press". A cidade de Ulm chegou a dobrar o valor das multas para aqueles que forem flagrados fazendo xixi nas paredes históricas, que passou a ser de 100 euros (R$ 346) no início deste ano, mas a medida surtiu pouco efeito... Uma porta-voz da prefeitura da cidade afirmou que as patrulhas da polícia no local foram intensificadas. Ela admite que o aumento das multas não surtiram o efeito desejado... De acordo com a representante, o problema deve persistir "enquanto existirem pessoas". Leia na íntegra
O Vaticano divulgou hoje (25) regras para a cremação de católicos, que incluem a proibição à conservação das cinzas do morto em casa, evitando que elas se tornem "lembranças comemorativas". As normas estão presentes em uma instrução da Congregação para a Doutrina da Fé aprovada pelo papa Francisco. De acordo com o documento, se for escolhida a cremação, as "cinzas do defunto devem ser mantidas em um lugar sacro, ou seja, nos cemitérios, e a conservação das cinzas no ambiente doméstico não é permitida". CONFERE LÁ
-Acho que a ideia da porta-voz da prefeitura da cidade de Ulm – “o problema deve persistir enquanto existirem pessoas" – muito boa. Poderia ser adotada não só na cidade alemã, mas também em todas as cidades ou mesmo países onde “pessoas” estejam causando empecilhos às autoridades. Inclusive resolveria, de forma mais cristã, o problema da cremação dos católicos. Era só o Papa criar o 11º mandamento: “Não cremarás pessoas, enquanto estas existirem”.
Nota de rodapé: Em março de 2012, quando o papa Bento 16 visitava Havana, Fidel Castro lançou a pergunta: -Afinal, o que você faz? O que faz um papa? Parece que até hoje a coisa ainda não é muito clara. 

Beira os R$ 200 milhões o tamanho do buraco nas contas do Comitê Organizador da Rio-2016.
O comitê tenta fechar a cratera apelando a COI (que encheu as burras de dinheiro com os Jogos), Eduardo Paes e Michel Temer. Pezão foi excluído do rateio por causa, bem, da falência do Estado. Da parte da prefeitura, não há problemas. Paes se compromete a honrar um compromisso de R$ 75 milhões — desde que o Comitê não venha chorar as pitangas de novo. Também a Rio-2016 espera que o ministro Eliseu Padilha cumpra o que prometeu: R$ 250 milhões (até agora, Brasília só mandou R$ 70 mi).
-Seja municipal, estadual ou federal é sempre bom lembrar que no acerto final dessas contas a grana sairá do bolso do otário cidadão brasileiro. 
E por falar em acerto de contas: A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, marcou para 3 de novembro, quinta-feira da semana que vem, o julgamento de uma ação que pode abrir caminho para retirar Renan Calheiros do cargo de presidente do Senado. A Corte terá que decidir se um réu pode ocupar cargos situados na linha de sucessão da Presidência da República. Como presidente do Senado, Renan é, hoje, a terceira autoridade na rota sucessória. Se por alguma razão Michel Temer e Rodrigo Maia, o presidente da Câmara, não puderem assumir o Planalto, é Renan quem assume. Confere lá

“O que mata é a pobreza, não os desastres naturais”

Nos últimos 20 anos, 90% das mortes causadas em mais de 7 mil desastres pelo mundo aconteceram em países de renda média e baixa. É isso que diz um relatório das Nações Unidas publicado nesta quinta-feira, segundo a Rádio ONU, para marcar o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres. Nestes episódios, houve mais de 1,3 milhão de vítimas fatais — sobretudo em terremotos, tsunamis e outras tragédias naturais. O documento foi lançado em apoio a uma campanha para reduzir a mortalidade global destas catástrofes, especialmente nas comunidades pobres. Os locais de estrutura precária, sem a preparação necessária para estes episódios, apresentam os maiores índices de mortes nestas ocasiões. Segundo o Escritório da ONU para a Redução do Risco de Desastres, o número de mortes em catástrofes naturais é diretamente relacionado aos níveis de renda e desenvolvimento dos países... Estava sob alerta de furacão aqui em Weston com a passagem do Matthew, responsável pela morte de cerca de mil haitianos. Vi a organização da sociedade, as casas todas com aqueles shutters para colocar nas janelas, as estradas perfeitas para a evacuação, enfim, toda a infraestrutura que só uma civilização rica pode ter. Dizem que o custo do estrago será de US$ 10 bilhões, mas eis o ponto: a Flórida tem condições de arcar com isso, e conseguiu evitar o maior custo de todos: o de vidas humanas. O que o relatório da ONU diz, claramente, é que a pobreza é o grande problema, não os desastres naturais. Estes sempre existiram e vão continuar existindo. Leia na íntegra
Aquecimento global já matou mais de 100 mil em 20 anos - Com o objetivo de tentar aumentar o investimento em esforços para reduzir o impacto das mudanças climáticas, a ONU acaba de lançar um relatório que deveria ser de leitura obrigatória para aqueles que fazem políticas públicas em tempos de crise do clima como os que estamos vivendo. Chama-se “Poverty and Death: Disaster Mortality 1996-2015” (“Pobreza e Morte: Mortalidade por desastres de 1996 a 2015”, em tradução literal) e foi lançado nesta quinta-feira (13), Dia Internacional de Redução de Desastres. Traz informações que não deixarão os mais sensíveis quietos em suas cadeiras. Como, por exemplo, o fato de que em 15 dos últimos 20 anos os desastres relacionados com o clima mataram mais pessoas do que terremotos. [...]. Leia na íntegra - Enviado por Cacau Quil

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

"Até quando Renan será mimado?"

Renan Calheiros é o garoto mimado da República. Como todo garoto mimado, ele só tem um lado: o seu próprio.
Fernando Collor o projetou nacionalmente como líder do governo. Quando veio à tona o esquema de PC Farias, Renan abandonou o barco e se salvou.
No primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, foi presenteado com o Ministério da Justiça. Sim, você talvez não se lembre, mas Renan Calheiros foi ministro da Justiça de FHC — e, com isso, ganhou respeitabilidade, digamos, e aumentou a sua influência.
Sob o PT, Renan Calheiros se tornou um garoto ainda mais voluntarioso, porque se vendeu como essencial para a governabilidade. Virou um dos meninos donos da bola.
No segundo governo Lula, para não ser cassado depois que descobriram que ele pagava a pensão de sua amante com dinheiro da Mendes Júnior, renunciou ao mandato de senador — e voltou, mimado pelas generosas urnas alagoanas.
Até o último momento, Renan Calheiros foi acarinhado por Dilma Rousseff. Atraído por Michel Temer, ele fez doce, mas acabou votando pelo impeachment da petista.
Sob o PMDB, ele continua a ser considerado "peça estratégica". Todos dizem em Brasília que, sem Renan Calheiros, é impossível passar as reformas e governar o Brasil. Eu acho que, também por isso, ele é mimadíssimo pelo STF. Renan Calheiros tem oito inquéritos que correm no tribunal. Quer dizer, que andam a passo de tartaruga ou estão completamente parados.
Acuado pela prisão dos cangaceiros legislativos pela Polícia Federal, Renan Calheiros acusou a PF de "fascismo", afirmou que o magistrado que emitiu o mandado era um "juizeco de primeira instância" e chamou o ministro da Justiça de "chefete de polícia".
Hoje, noticiou-se que Michel Temer "acalmou" Renan Calheiros.
Até quando o veremos ser mimado (e com o nosso dinheiro)?

Por Mario Sabino/ O Antagonista

Eu tenho um sonho: “Uma convivência democrática, livre e harmônica”

"Todas as vezes que um juiz é agredido, eu e cada um de nós juízes é agredido. E não há a menor necessidade de, numa convivência democrática, livre e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade" ministra Cármen Lúcia, nesta terça, sobre as recentes declarações de Renan Calheiros

Mal na foto - Um funcionário público da União que se aposentar neste ano, aos 60 anos de idade e com expectativa de viver até os 80, custará R$ 3,34 milhões para os cofres do governo. Esse é o valor médio, por servidor, que será desembolsado pela União para garantir o pagamento das aposentadorias ao funcionalismo, segundo cálculo da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados. Se esse servidor for um militar, o montante é ainda maior: R$ 4,92 milhões. No caso dos empregados da iniciativa privada, que contribuem com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o valor por pessoa apresenta um desequilíbrio menor, mas ainda assim tem impacto considerável para os cofres públicos. Um trabalhador da área privada que se aposentar neste ano, com expectativa de mais 20 anos de vida, custará, em média, R$ 1,1 milhão aos cofres públicos. Leia na íntegra
Mau na foto - Não é bem-vista no Senado a disposição do presidente da Casa, Renan Calheiros, de apressar a tramitação do projeto de sua autoria que altera e torna mais rígida a lei sobre crimes de abuso de responsabilidade cometidos por agentes dos três poderes (especialmente autoridades policiais e membros do Ministério Público). A ideia de Renan é fazer a proposta andar paralelamente à PEC da Reforma Política, intenção criticada por parlamentares da base e da oposição. Nem mesmo a prisão de agentes da Polícia Legislativa do Senado, sexta-feira, demoveu os senadores da posição contrária à agilização da análise da matéria na comissão especial presidida e relatada pelo senador Romero Jucá (RR), presidente nacional do PMDB. Para eles, isso seria retaliação e casuísmo. Leia na íntegra

Um advogado entrou na semana passada com uma ação popular no Tribunal de Justiça do Rio pedindo que seja investigada a responsabilidade do consórcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca Engenharia, de Eduardo Paes e do município do Rio pelo sumiço das vigas que sustentavam a antiga Perimetral, o viaduto que foi abaixo para a revitalização do Zona Portuária da cidade. As seis vigas estão desaparecidas há três anos. Lauro Jardim/O Globo
Relembrando... O furto da coisa pública mais pesada de todos os tempos foi o de seis vigas de aço: cinco de 40 metros de altura por 6 de largura e uma de 25 metros de comprimento por 6 de espessura. As seis somavam mais de 110 toneladas e ajudavam a sustentar o Elevado da Perimetral, no Rio de Janeiro, junto com outras centenas de vigas parecidas. Ninguém, até agora, sabe ao certo o dia em que elas foram furtadas da capital fluminense em 2013. Pior: como as peças, a investigação anda meio sumida. CONFERE LÁ

Eu não sou Lewandowski, não!
   
   
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, falou por telefone logo cedo com o presidente Michel Temer. Ela antecipou o tom da fala que faria logo depois, quando exigiu respeito aos juízes do Brasil ao abrir a sessão do Conselho Nacional de Justiça. A fala da ministra foi uma resposta em nome do Judiciário à entrevista concedida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, no dia anterior...
Detalhe: nesta única conversa por telefone com Cármen Lúcia, Temer não fez o convite para a reunião no Palácio do Planalto com Renan Calheiros. No STF, a avaliação de colegas de Cármen Lúcia é de que ela não deveria participar de um encontro com um parlamentar que tem nove processos no Supremo. CONFERE LÁ

Um adolescente americano entrou em coma após levar um chute na cabeça durante um jogo de futebol. Um mês depois, acordou falando espanhol fluentemente. De acordo com os pais de Reuben Nsemoh, de 16 anos, o jovem falava um pouco de espanhol antes do coma, mas não era fluente no idioma. No entanto, quando acordou, o adolescente só conseguia se comunicar em espanhol – e lembrava-se de poucas palavras em inglês. Leia na íntegra
-Grande coisa. Na República das Bananas, teve um operário que bastou ser eleito Presidente da República pra não se lembrar de mais nada. Como, minha senhora? “Se já fizerem um ‘procedimento reverso’ e chutaram sua cabeça pra ver se ele recorda de alguma coisa?” É... mais ou menos. Chutar já chutaram – pelo menos do cargo - mas o coma, além de ser profundo, é “coletivo”. “Se ele consegue concatenar ideias?”. Não, mas quanto a isso parece que mesmo antes do “coma” já não conseguia... e, “minha senhora”, chega de perguntas.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Equilibre-se, se for capaz!

A consciência é isso. O equilíbrio entre você e o mundo. Entre o sentimento verdadeiro e o dissimulado. Entre quem você foi e quem você quer serFrederico Elboni escritor e publicitário brasileiro

   
- A Arábia Saudita executou um de seus príncipes por um homicídio do qual se declarou culpado, anunciou o Ministério do Interior na noite desta terça-feira. Turki bin Saud al Kabir é o primeiro membro da família real a ser punido com a pena de morte em quatro décadas. A notícia, amplamente repercutida nesta quarta-feira a imprensa local, envia a mensagem de que todos os cidadãos são iguais perante a lei. Um tribunal condenou há três anos o príncipe Turki por ter matado com um tiro Adel bin Sulaiman bin Abdulkarim al Mihaimid, também cidadão saudita, durante uma briga. A legislação saudita, baseada na sharia (lei islâmica), castiga o homicídio com a pena morte, embora também preveja a possibilidade de perdão da família da vítima em troca de uma compensação, o chamado dinheiro de sangue. Segundo as informações oficiais, neste caso os parentes rejeitaram as ofertas e pediram que se fizesse justiça. Confere lá
- A 27ª fase da Operação Lava Jato prendeu Ronan Maria Pinto, empresário de Santo André (SP). Ele é suspeito de receber R$ 6 milhões do esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Polícia Federal. No despacho em que autoriza a prisão, o juiz Sérgio Moro cita a morte do prefeito da cidade, Celso Daniel (PT), em 2002, e diz que "é possível" que o crime tenha "alguma relação" com um esquema de corrupção que existia na prefeitura da cidade. No ano passado, Ronan foi condenado por envolvimento em um esquema no setor de transportes de Santo André entre 1999 e 2001. A decisão não é definitiva. Ao autorizar a prisão temporária do empresário, Moro lembrou a condenação e, em seguida, escreveu ser "possível que este esquema criminoso tenha alguma relação com o homicídio, em janeiro de 2002, do então Prefeito de Santo André, Celso Daniel, o que é ainda mais grave". CONFERE LÁ

A Câmara Legislativa [Brasília/DF] arquivou na última quarta-feira o processo de cassação contra a deputada Liliane Roriz (PTB), com o argumento de que é preciso aguardar o desfecho de todas as ações judiciais contra a parlamentar. A justificativa não tem nenhum embasamento legal e esconde a preocupação dos distritais em salvar a própria pele no futuro. Levantamento realizado pelo Correio [jornal Correio Braziliense], em processos em tramitação no Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios, na Justiça Federal no DF, no Tribunal Regional Federal e no Superior Tribunal de Justiça revelam que mais da metade da Câmara Legislativa tem alguma pendência. No total, 13 dos 24 integrantes da Casa são alvo de inquéritos, ações de improbidade administrativa ou processos criminais. Alguns foram condenados em primeira e segunda instâncias, mas recorrem para tentar escapar da degola. CONFERE LÁ
No mais: Sabe Odair José, 68 anos, o artista romântico-brega que, no passado, fez sucesso com “Eu vou tirar você desse lugar” e “Pare de tomar a pílula”, e chegou a ser chamado de Bob Dylan da Central do Brasil? Pois bem. Ele continua a mil e acaba de lançar um novo disco, cuja faixa-título, “Gatos e ratos”, é uma homenagem a Lula, de quem ele é grande admirador. Diz a letra: “Eu vejo no seu olhar desilusão/ Escuto na sua história decepção(...)/ Eu sinto teu sentimento tão machucado/Teu presente trazendo o futuro de volta ao passado. Poesia puraAncelmo Gois/O Globo

Os capos Bolivarianos &
o empresário da República das Bananas
 - Da série: As Fábulas Fabulosas -
   

Lula elegeu Hugo Chávez com dinheiro da Odebrecht. Agora que o regime chavista está ruindo (e que Lula está praticamente na cadeia), vale a pena relembrar um episódio: “Em 6 de junho de 2011, Hugo Chávez visitou Dilma Rousseff, em Brasília, e disse que, de fato, ocorreram atrasos nos pagamentos da Odebrecht, mas que os trabalhos nunca pararam.
O BRIO[sic], descobriu que, quatro dias antes, ocorrera uma reunião no Palácio de Miraflores, entre Chávez, Lula e Emílio Odebrecht. José Dirceu também estava presente. Na ‘reunião de política’, segundo a imprensa oficial, o assunto foi, na verdade, como resolver o problema da empreiteira. Combinou-se que o nó seria resolvido por meio da assinatura de um contrato entre a Braskem, subsidiária petroquímica da Odebrecht, e a companhia petrolífera venezuelana. Ambas criaram um fundo para financiar o metrô, que permanece parado”. O Antagonista, ontem.

O juiz federal Sergio Moro defendeu as 10 Medidas contra a Corrupção e cobrou do Congresso Nacional uma posição sobre de que lado estão os parlamentares no que diz respeito ao combate à corrupção. “Em outras palavras e sem querer ser maniqueísta, ou coisa que o valha, é o Congresso demonstrar de que lado ele se encontra nessa equação”, cravou o juiz sobre a necessidade de aprovação das 10 Medidas, durante encontro regional realizado na Assembleia Legislativa do Paraná. Além dele, participam do encontro os procuradores Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, e Roberson Pozzobon, da força-tarefa de Curitiba. Leia na íntegra

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Entrevista com José Mariano Beltrame

José Mariano Beltrame  (foto) pediu ao governo Temer para ser adido da Polícia Federal em Portugal ou no Uruguai. Chances altíssimasLauro Jardim/O Globo

José Mariano Beltrame, o gaúcho que entregou o espinhoso cargo de secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro após um recorde de quase dez anos, diz que seu substituto, o delegado Roberto Sá, não foi apenas uma escolha pessoal sua. “Foi fabricado e produzido por mim e tem tudo para ser melhor do que eu”, afirma, em entrevista a ÉPOCA. “Está mais descansado.” O criador das UPPs defende seu projeto de todas as críticas e atribui o enfraquecimento da pacificação a omissões do Estado. Abaixo o blog selecionou trechos desta entrevista:
   
O tiroteio na favela do Pavão-Pavãozinho em Copacabana e a queda de um bandido da encosta de um morro, na segunda-feira (10), foram a gota d’água para sua saída?
-Absolutamente não. A UPP, na verdade, desafiou o Estado brasileiro, desafiou o município e a sociedade, desafiou o governo federal. O dever da segurança era de todos. Para dar um exemplo: na segunda-feira, no Pavãozinho, havia lá um cidadão que, em 2009, deu um tiro no Fernando Veloso [chefe da Polícia Civil que entregou o cargo um dia depois do Beltrame] com uma “ponto 30” [metralhadora semiautomática] e foi preso. Esse cidadão saiu em maio num indulto para aproveitar o Dia das Mães e nós ficamos cinco meses atrás dele. E segunda-feira nos encontramos e aconteceu o que aconteceu. Eu te pergunto: isso é problema da UPP? É problema da Polícia Civil? O problema são instituições que deveriam assumir o “dever e fazer” do Estado, mas não assumiram. O que me deixa agora meio assustado é ver ressurgir a velha retórica de se buscar um culpado. E aí é assim: “Atira na Geni, na PM, que cola”. Mas a PM ficou oito anos desafiando o Estado e nada aconteceu. [...].
Em que momento o projeto das UPPs começou a fazer água? Faltou dinheiro, vontade política ou ambos?
-Faltaram ambos, não tenha dúvida. A Maré [complexo de favelas], por exemplo, nós estávamos prontos para ocupar depois do esforço do Exército. Eu pedi determinadas obras físicas na Maré e elas não foram feitas. Então não ocupei. Não dá para avançar nenhum processo desses sem a devida proteção ao policial. Como fazer polícia de proximidade assim? [...].
O que o governo federal deveria fazer na segurança pública nacional?
-O governo federal não aborda as questões constitucionais. Não presta atenção no ciclo completo da segurança publica. Deveria criar uma política nacional de segurança muito enxuta, transparente, prática e mensurável. E começar pela criação nacional de divisões de homicídios equipadas e por um eficiente serviço de perícia. O plano nacional de segurança é hoje um calhamaço cheio de palavra subjetivas onde tudo é interpretado pelo lado semântico, do jeito que se quer. É preciso ter uma espinha dorsal com cinco ou seis coisas primordiais. [...].
Quais são seus planos futuros?
-Gostaria de novos horizontes, outras experiências. Colaborar com a iniciativa privada. Poder contribuir para o entendimento da realidade do Rio de Janeiro, que não é uma coisa simples e que fora do contexto ajuda a confundir. Agora vou a Harvard e a Viena dar palestras, por enquanto é tudo gratuito.
Vai continuar com segurança particular?
-Quando juntei meus cacos para ir embora, percebi que havia 51 ameaças de morte e resolvi manter a segurança.
São os mesmos nove seguranças de agora?
-Aí já é uma pergunta estratégica, não é? Se eu disser nove, os caras virão me matar com 20. Se eu disser 20, virão 30. Leia na íntegra

Jesus.com

A luta contra a corrupção, que tem na Lava Jato seu símbolo mais vistoso, é uma luta dos brasileiros em geral. Não é possível pensar num país melhor sem acabar com a roubalheira, punir exemplarmente os corruptos e aperfeiçoar a máquina do Estado para resguardá-la dos ladrões. No entanto, infelizmente, há quem não veja a coisa dessa maneira. Para muitos petistas e associados, por exemplo, a força-tarefa da Lava Jato causa prejuízo ao País ao querer a todo custo combater a corrupção. Segundo esse raciocínio, os procuradores da República - e, por extensão, todos os brasileiros de bem - são ignorantes sobre como funcionam a política e a economia, restando aos cidadãos conformar-se com o fato de que a vida é assim mesmo, isto é, que a corrupção é incontornável e que só é possível governar e administrar o Brasil aprendendo a cultivar boas relações com os corruptosEditorial O Estado de S. Paulo, domingo 23

  
A força-tarefa da Lava-Jato identificou pagamentos de empresas ligadas a Henrique Constantino, um dos donos da empresa Gol Linhas Aéreas, ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso nesta quarta-feira a pedido do juiz Sérgio Moro. De acordo com as investigações, os pagamentos somam pelo menos R$ 2,8 milhões e foram realizados entre 2012 e 2015 por meio das empresas Jesus.com - que pertence a Cunha e a Cláudia Cruz, sua mulher - e a empresa GDAV - registrada em nome de dois filhos de Cunha... Para os procuradores, “não há indício de que as empresas tenham prestado algum serviço efetivo de publicidade compatível com os valores depositados”. Um das suspeitas é de que parte dos valores se refere a pagamento relacionado a projeto que tramitava na Câmara dos Deputados e buscava reduzir o pagamento de impostos por parte de empresas de transporte coletivo. Além da Gol, a família Constantino é acionista do Grupo Comporte, que atua no de transporte rodoviário de passageiros. CONFERE LÁ
Um empréstimo de R$ 250 mil feito por Oliveira Francisco da Silva, presidente da Igreja Evangélica Cristo, é um dos indícios de que o ex-deputado Eduardo Cunha envolveu a mulher, Cláudia Cruz, em operações de lavagem de dinheiro, segundo a força-tarefa da Lava-Jato... Em depoimento prestado à Polícia Federal em abril passado, Cláudia disse nunca ter tido situação de dificuldade financeira e que nada sabia sobre o empréstimo. "Ao que tudo indica, Francisco Oliveira da Silva jamais emprestou dinheiro a Cláudia Cruz, sendo lógico que a simulação do contrato de mútuo serviu apenas como uma fraude para dar lastro para o ingresso de recursos espúrios provenientes dos crimes praticados por Eduardo Cunha no patrimônio da investigada", afirmam os procuradores. CONFERE LÁ
No mais... Em nome da fé líderes evangélicos pediram que o governo Temer faça a interlocução com bancos públicos e privados para que as igrejas consigam linhas de financiamento para a construção de templos. “Queremos ser tratadas como clientes comuns, sem preconceitos nem privilégios”, diz o bispo Robson Rodovalho, presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil e fundador da Sara Nossa Terra. Hoje, diz, quando tentam pegar empréstimos, as instituições não aceitam... O bispo da Sara Nossa Terra, que tem cerca de 3 milhões de fiéis... Painel/FolhaCONFERE LÁ

Mas, amigos, não desanimem, pois ainda restam políticos íntegros: O advogado piauiense Roberto Freitas Filho usou ontem a sua página no Facebook para pedir aos vereadores de Teresina que aprovem uma uma homenagem (rua, praça, etc) para Willis Carrier. Ele lembra que título de cidadania não é possível porque Carrier já morreu… O advogado explica o motivo da homenagem : “Carrier é o inventor do ar-condicionado. Como seria a cidade de Teresina sem ar-condicionado?" Ancelmo Gois/O Globo

O cinismo do politicamente correto!
   
   
A restrição ao nu nas lojas virtuais chegou a níveis jamais imaginados. A sereia pintada pelo artista plástico uruguaio Carlos Paez Villaró na capa do disco de Alvaro Lancellottifoi classificada como “conteúdo explícito” no Spotify. “Impressionante como peito ainda é um tabu. Se fosse o corpo de um homem nu, ia passar batido”, critica Alvaro. Ele também recebeu uma proposta da provedora de conteúdo que distribui seu disco pela internet: “Quer mudar essa capa?” Cleo Guimarães/O Globo

Ministros do STF criticaram a prática de pagamentos acima do teto constitucional que beneficiam três a cada quatro juízes brasileiros, conforme mostrou reportagem do GLOBO deste domingo. Vencimentos maiores que o recebido pelos integrantes do STF (R$ 33.763), valor estabelecido como limite no funcionalismo pela Constituição, só são possíveis graças a “dribles”, afirmou o ministro Marco Aurélio Mello. Segundo ele, a regra constitucional é “esvaziada” pelos penduricalhos — como vantagens e indenizações — criados como forma de inflar os subsídios dos magistrados:
“Quando se criou o subsídio foi para não se ter outras parcelas. Subsídio é parcela única, não deveria haver essa distorção. Muito menos rotulando certas parcelas como indenizatórias para fugir do teto. Até porque, pela regularidade e natureza, vemos que essas parcelas são remuneratórias.” Leia na íntegra

sábado, 22 de outubro de 2016

“A Lava Jato é a fiadora da estabilidade”

Um dia depois da prisão de Eduardo Cunha, o presidente Michel Temer deu uma declaração sobre o assunto, por meio do seu porta-voz.
Disse o porta-voz: "A agenda política, de recuperação e reconstrução do Brasil, não se confunde com investigações levadas adiante pela Justiça. Na Operação Lava-Jato, relacionada à Justiça, o Executivo jamais interferirá em suas decisões."
Michel Temer, que estava no Japão, antecipou a sua volta ao Brasil por causa da prisão de Eduardo Cunha, prova maior de que a agenda política confunde-se, sim, com a Lava Jato. Aliás, a Lava Jato é A agenda política do Brasil. O futuro de PMDB, PT, PP e PSDB, assim como o de próceres seus, depende do que virá das delações e investigações em andamento.
Ou seja, a nota não traduz a verdade. E ao misturar na mesma frase "recuperação e reconstrução do Brasil" com Lava Jato, para implicitamente colocar-se como fiador da estabilidade, Michel Temer deixou os medrosos do mercado ainda mais sobressaltados. Resultado: lá está a Standard & Poor's soltando gritinhos como um porquinho assustado com o Lobo Mau. Quem confundiu tudo foi o presidente.
Os medrosos do mercado precisam entender que, neste momento, nenhum político pode afirmar que é fiador de nada. E que, se há chance de o Brasil sair do atoleiro, é porque existe Lava Jato. Com o apoio dos cidadãos de bem, ela está derrubando um a um os maiores corruptos da nossa história — fator essencial para que o capitalismo de verdade substitua as espúrias relações de compadrio que infeccionam a nossa economia. Como já escrevemos no site, se Michel Temer tiver de cair, ele cairá, porque se tornou incompatível com um país que nutre a esperança de adentrar a modernidade.
A nota presidencial apenas deveria ter dito que "Na Operação Lava Jato, o Executivo jamais interferirá em suas decisões". A Lava Jato é a fiadora da estabilidade.

Por Mario Sabino/O Antagonista, ontem.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

"A síndrome do século XXI"

“Logo após a notícia de sua prisão, na tarde da quarta-feira (19/10) o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi excluído do grupo de WhatsApp formado pela bancada do PMDB na Câmara. Apesar de ter tido o mandato cassado há mais de um mês, o peemedebista ainda era membro do grupo no aplicativo” Correio Brazilense, hoje
  
Pesquisadores britânicos acabam de confirmar essa semana a existência de mais uma doença diretamente ligada ao uso de celulares: a síndrome de Estocolmo do WhatsApp. Definida pelos estudiosos como “uma situação em que você odeia um grupo de WhatsApp mas se vê incapaz de sair”, ela parece atingir 8 entre cada 10 dez usuários do app.
“São milhões de filhas presas em grupos de família, profissionais reféns de grupos do escritório, homens e mulheres que entraram num grupo que era só para organizar um churrasco em 2014 mas as pessoas continuam mandando bom dia até hoje”, disse o pesquisador chefe do estudo Steve Geller.
Entre os sintomas da doença se encontram o medo de represálias, a ansiedade por uma opção de silenciar grupo que dure para a vida toda e fortes dores no peito quando aquele colega insuportável começa uma história e alguém diz “conta mais :D”
Cientistas se dizem ainda longe de uma cura, mas garantem que já montaram um grupinho de Whatsapp para discutir o assunto, tudo com muito controle. Até o fechamento dessa matéria seis gifs de gatinho já haviam sido enviados no grupo e um pesquisador abandonou o projeto. Do site O Sensacionalista – Enviado por Cacau Quil