*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

“Burros na medicina”

Bom para a circulação sanguínea, para a menstruação irregular, para a anemia, insônia ou vertigens. Para muitas doenças, a medicina tradicional chinesa recomenda o ejiao, um alimento considerado tão virtuoso quanto o ginseng. Mas há um problema: o apreciado ejiao é feito com gelatina da pele do burro, e a demanda chinesa por esses animais está se tornando insustentável. Vários países africanos proibiram a exportação de seus asnos, por causa do aumento das vendas para a Ásia que ameaçava dizimar seus rebanhos.
No mês passado foi o Níger, depois que suas exportações de burros se multiplicaram por três em um ano; Burkina Faso decidiu o mesmo em agosto. Como explicou o diretor de Saúde Pública à agência AFP, sua população de 1,4 milhão de burros estava sendo “superexplorada” pela demanda de peles na Ásia
A cada ano, a China produz cerca de 5.000 toneladas deejiao, o que exige, segundo cálculos da principal fabricante desta gelatina, Shandong Donge Ejiao, cerca de 4 milhões de peles. De cada pele é possível obter entre 1,5 e 2,5 quilos de gelatina. Mas a produção chinesa local só chega a 1,8 milhão de peles. [...].

“É difícil criar o burro, seu período de crescimento é longo e não é fácil criá-los em larga escala”, afirmou para a mídia oficial chinesa Bu Xun, diretor do Centro de Biotecnologia da Academia de Ciências Agrícolas de Shandong, uma província no nordeste na China, onde está concentrada a maior parte destes animais no país e, não é coincidência, a maior produção de ejiao. Leia na íntegra