Bom para a circulação sanguínea, para a menstruação irregular, para
a anemia, insônia ou vertigens. Para muitas doenças, a medicina tradicional
chinesa recomenda o ejiao, um
alimento considerado tão virtuoso quanto o ginseng. Mas há um problema: o
apreciado ejiao é feito com gelatina
da pele do burro, e a demanda chinesa por esses animais está se tornando
insustentável. Vários países africanos proibiram a exportação de seus asnos,
por causa do aumento das vendas para a Ásia que ameaçava dizimar seus rebanhos.
No mês passado foi o Níger,
depois que suas exportações de burros se multiplicaram por três em um ano;
Burkina Faso decidiu o mesmo em agosto. Como explicou o diretor de Saúde
Pública à agência AFP, sua população de 1,4 milhão de burros estava sendo
“superexplorada” pela demanda de peles na Ásia
A cada ano, a China produz cerca
de 5.000 toneladas deejiao, o que exige, segundo cálculos da principal
fabricante desta gelatina, Shandong Donge Ejiao, cerca de 4 milhões de peles.
De cada pele é possível obter entre 1,5 e 2,5 quilos de gelatina. Mas a
produção chinesa local só chega a 1,8 milhão de peles. [...].
“É difícil criar o burro, seu
período de crescimento é longo e não é fácil criá-los em larga escala”, afirmou
para a mídia oficial chinesa Bu Xun, diretor do Centro de Biotecnologia da
Academia de Ciências Agrícolas de Shandong, uma província no nordeste na China,
onde está concentrada a maior parte destes animais no país e, não é
coincidência, a maior produção de ejiao. Leia
na íntegra