*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Marolinhas & Tsunamis

O governo federal conta com a participação da iniciativa privada nos projetos de infraestrutura e parcerias público-privadas, mas, a curto prazo, grande parte dessas empresas está mais concentrada em resolver seus problemas de endividamento. Levantamento do banco Goldman Sachs mostra que o setor empresarial tem uma dívida total de R$ 3,6 trilhões, o equivalente a 61% do Produto Interno Bruto (PIB), e cerca de metade desse valor tem vencimento a curto prazo... essa cifra, R$ 3,6 trilhões, é 22% superior a toda a dívida pública interna e externa. O prazo médio desse endividamento, por outro lado, é considerado baixo, de 6,7 anos, o que, muitas vezes, exige rolagem frequente desses compromissos financeiros - O Globo/ Negócios e Finanças no domingo (2) 

A economia alemã parece ter ignorado o Brexit, a crise do euro ou a crise mais recente dos refugiados. Segundo as previsões dos institutos de pesquisa econômica, a maior economia da União Europeia espera um "outono dourado", que é verificado também, pela primeira vez, no aumento do consumo interno. O crescimento de 1,9%, confirmado para 2016, deverá continuar estável nos próximos dois anos, com previsão de 1,6% e 1,5%.
A previsão apresentada esta semana pelos principais institutos de pesquisa - chamados de "sábios" pelo papel de assessoramento de suas análises - é sustentada, sobretudo, pelas exportações de máquinas de construção e tecnologia de ponta. Esta última é, ao lado da indústria automobilística, uma das principais bases da economia alemã.
-A economia alemã espera um outono dourado - revelou Clemens Fuest, diretor do Instituto de Pesquisa Econômica de Munique (Ifo). Mesmo assim, o governo alemão adverte para o fato de que ainda existem fatores de incerteza, como um possível agravamento da crise dos dois maiores bancos alemães, o Deutsche Bank e o Commerzbank, e a crise do envelhecimento da população, cujos efeitos já poderão ser sentidos a partir de 2020.
Já Simon Junker, do Instituto de Pesquisa Econômica de Berlin (DIW), é mais moderado. Na sua opinião, a Alemanha, com sua estrutura econômica mais robusta e mais competitividade, foi pouco afetada pela crise do euro, mas depende do capital estrangeiro, o que seria, porém, consequência da globalização.
- As empresas do índice DAX da Bolsa de Frankfurt têm, pelo menos, 50% de suas ações na mão do capital estrangeiro - disse Junker.
A Alemanha é hoje não apenas a campeã em exportações. Segundo análise divulgada esta semana pelo Fórum Econômico Mundial, a Alemanha é o quinto país mais atraente para os investidores internacionais.

De acordo com Junker, o aumento do consumo interno também contribuiu para tornar o país mais atraente na avaliação de investidores. Até agora, o consumo era um ponto tradicionalmente fraco da economia alemã. Leia na íntegra