LONDRES - A
presidente Dilma Rousseff aproveitou o início da tarde deste sábado em Londres
para passear pelo Hyde Park, a maior área de lazer da capital inglesa, e fazer
compras com a filha, Paula, por ruas próximas ao parque. A caminhada durou 50
minutos. [...] Durante o passeio, Dilma disse que gostou muito da cerimônia de
abertura dos Jogos Olímpicos, mas, para ela, a festa no Rio em 2016 será ainda
melhor: -Gostei, mas vamos fazer muito melhor. Vamos colocar uma escola de
samba e abafar. oglobo.globo.com
Vixe!
Certamente o encerramento da festa será com Robson Moura e Lino Krizz cantando
o hino nacional brasileiro, numa levada “kuduro”, com o refrão, adaptado ao
evento: “Ó Pátria amada, Idolatrada,Salve! Salve! Oi, oi, oi; no Ipiranga, uma
loucura, as margens plácidas, mexe e remexe, oi, oi, oi... oi, oi, oi” (bisa 3
vexes). Paula Fernandes - nossa Shania Twain tupiniquim - faz a segunda voz no “oi
oi oi”. E tudo isso conduzido pela Banda Xeiro Verde, sob a batuta de Rômulo
Costa & Priscila Nocetti, do grupo Furacão 2000. Precisa nem medalhas,
mas vai ser preciso muito “kuduro” pra suportar as olimpíadas de 2016.
Já imaginou entrar
no eBay e ver um anúncio de uma jovem de 21 anos sendo oferecida como
noiva? Pois bem, isso aconteceu nos últimos dias. A americana Diane Hayes
resolveu colocar a mão da sua sobrinha em casamento à venda no site de compra
virtual. Por um precinho bem camarada: US$ 9,99 (R$ 20). [...] O que teria
motivado o anúncio era a preocupação de Diane com os relacionamentos de Emilie.
A menina não estaria conseguindo um bom parceiro e, então, sua tia resolveu dar
uma "mãozinha". Mas não era qualquer candidato que garantiria a mão
da jovem. Havia uma série de requisitos, como “não ter o corte de cabelo do
Justin Bieber, piercings ou tatuagens, ter entre 24 e 28 anos, boa higiene,
dirigir bem, ter diploma, ser democrata e dedicado a fazer um mundo melhor”. G1oglobo
A
ideia não é de toda má, mas precisa ser trabalhada um pouco mais, pois, atualmente,
de acordo com a baixa oferta do produto no mercado, não é recomendável fazer
tantas exigências como a tia Diane fez. Mas, de qualquer maneira, “a mão” da
sua sobrinha tá barata pra caramba!
Por falar em UPPs,
Martinho da Vila, depois de dez anos, subiu o Morro dos Macacos, na sua Vila
Isabel: -O morro está tranquilo. Mas eu esperava encontrar posto médico,
Defensoria Pública, Juizado de Pequenas Causas, escolas. Entretanto, só vi
polícia. Ancelmo Gois
Tio
Martinho tá pior que a tia Diane, do post acima. Mas quem mandou bem sobre o
assunto foi Cacá Diegues para o Globo de sábado. Deixa de preguiça, e pelo
menos, lê o resumo: “O recente
assassinato da soldado Fabiana de Souza, da UPP da Nova Brasília, no Complexo
do Alemão, é uma trágica confirmação do que diz sempre o próprio José Mariano
Beltrame, secretário de Segurança do estado — a política de pacificação não
resolve todas as questões da favela carioca, ela é apenas um primeiro e
indispensável passo para que seus moradores sejam tratados como cidadãos. As
UPPs recuperaram um território que estava ocupado por bandidos com armas de
guerra, substituíram a opressão de criminosos pela justiça formal do Estado.
Teoricamente, os moradores dessas comunidades não têm mais o que temer, eles
podem exercer sua plena liberdade garantida pela constituição. [...] Se a UPP
não for seguida por escola, hospital, saneamento, defensoria pública, emprego,
daqui a pouco a polícia de ocupação terá que ir embora das favelas por inútil.
Ou será obrigada a exercer a mesma opressão que o tráfico exercia para se
proteger.”
“Temos o costume de
considerar a questão pública como exclusiva do estado, único responsável por
ela. Precisamos superar essa ilusão, cada um de nós, de qualquer lado, é corresponsável
pelo espaço exterior à nossa casa, onde convivemos com os homens e as mulheres
com quem formamos uma sociedade.’
“Esta semana, o
AfroReggae organizou um primeiro encontro de seus “comandos” com uma população
de favela, a do Cantagalo-Pavão-Pavãozinho. À mesa de debate estavam José
Magalhães (inspetor da Polícia Civil), Sergio Dantas (oficial do Bope), Robson
Holmes (ex-miliciano) e os ex-traficantes Carlos Alberto Santos, o Fofo (que
foi do Terceiro Comando), Ademir Salerme, o Ziquinho, e Francisco Tostes, o
Tuchinha (ambos foram do Comando Vermelho), e João Paulo (ex-ADA) [...] E, ao
final, apoiaram o que Ziquinho, ex-chefe do tráfico em Vigário Geral, chamou de
“as 5 facções (polícia, milícia e as três do tráfico) unidas para salvar o
mundo”. E tudo começava com o que fazer depois das UPPs instaladas nas
comunidades.”
“No dia seguinte,
debaixo do Viaduto de Madureira, a Cufa (Central Única das Favelas), liderada
por seu secretário-geral, Celso Athayde, inaugurava, na presença de moradores
de favela e de autoridades do estado e do município, a LEC, Liga de Empreendedores Comunitários, destinada a atuar nas
comunidades ocupadas ou não por UPPs. [...] Além de preparar profissionais para
o mercado de trabalho, ela se destina a apoiar empreendedores comunitários,
colaborando com os negócios que desejem montar, criando uma nova economia
local. A LEC vai também incentivar parcerias com as empresas do asfalto a fim
de que se instalem nas favelas, como já anda acontecendo com bancos,
supermercados, empresas de hotelaria etc.
E
aí tiozinho, quem sabe tu não faz um show por lá, pra ajudar a comunidade, que
há mais de dez anos tu não visitavas? Leia na íntegra o texto de
Caca Diegues em: