“A Justiça criminal, sozinha, não tem
condições de reformar democracias contaminadas pela corrupção se não houver
empenho dos próprios políticos, das empresas e da imprensa livres” Sérgio Moro
na introdução - da edição em português - do livro "Operação Mãos
Limpas", dos jornalistas italianos Gianni Barbacetto, PeterGomez e Marco
Travaglio.
Contrariamente à mentira às vezes ouvida por aí de que o governo
Temer quer acabar com a Lava Jato, reportagem da Folha desta segunda informa
que a força-tarefa de delegados da Polícia Federal e de procuradores do
Ministério Público em Curitiba continua a crescer. A direção da PF, por
exemplo, já autorizou a convocação de três novos delegados para atuar na
operação, e eles deverão ser integrados ao trabalho nas próximas semanas. Com o
acréscimo, a força-tarefa passará a contar com 63 policiais federais, entre
delegados, peritos e agentes. Segundo as autoridades, é necessário trazer mais
profissionais pois ainda há uma enorme quantidade de material a ser analisado:
em 30 meses de duração, até agora, foram 654 mandados de busca e apreensão nas
35 fases da Lava Jato, que resultaram em milhares de documentos, e-mails,
mensagens de texto de celular e arquivos de computador. O exame de parte do
acervo requer conhecimentos técnicos específicos e a PF busca em seus quadros
profissionais especializados. CONFERE
LÁ
Janot, agora, tá com pressa - Há três anos o Supremo Tribunal Federal
analisa se o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) deve sentar no
banco dos réus. Alvo de uma denúncia apresentada em 2013 pela
Procuradoria-Geral da República (PGR), o parlamentar é acusado de ter praticado
os crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. A
investigação foi instaurada em 2007 após VEJA revelar que o senador utilizava
um lobista de uma empreiteira para bancar despesas pessoais da jornalista
Mônica Veloso, com quem tem uma filha. Até agora, porém, as acusações feitas
pela PGR não foram analisadas pelo STF.
Diante da letargia do caso, em
meados de junho, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, requisitou
“urgente inclusão do feito na pauta de julgamentos do Plenário do Supremo
Tribunal Federal para deliberação acerca do juízo de admissibilidade da
acusação”, segundo documento obtido por VEJA.
A manifestação enviada ao
ministro Luiz Edson Fachin, relator do caso no STF, evidencia que Janot tem
pressa. Afinal, o tempo é o grande aliado de Renan nesse inquérito. Ao longo do
período da investigação, uma parte da documentação privada utilizada para
comprovar a acusação da prática de falsidade ideológica prescreveu. CONFERE
LÁ
Da
fabula: “Lobão e o vovozinho”
O vereador mais votado em Maceió
foi o músico e produtor de filmes pornôs Lobão (PP), com 24.969 votos, o que
representa 6,01% dos votos válidos. Anivaldo Luiz da Silva é natural da capital
alagoana e tem o Ensino Médio completo. Confere
lá
Enquanto seu lobo não
vem... O ex-senador Eduardo Suplicy [75 anos e ex-quase-tudo], liderou
a lista dos mais votados na Câmara dos Vereadores de São Paulo. Com 100% das
urnas apuradas, o petista contabilizou 301.446 votos.
#EuNãoEnguloSapos
- Em nove capitais, o número de votos brancos, nulos e de eleitores que não
compareceram foi maior do que do candidato que ficou em primeiro lugar. A
situação aconteceu nos dois maiores colégios eleitorais do país. Em São Paulo,
João Dória (PSDB) ganhou a eleição no 1º turno com 3.085.187 votos. O número é
menor do que a soma de votos brancos e nulos e ausências: 3.096.304.
No Rio de Janeiro, a situação
também se repetiu. Mesmo que fossem somados os votos dos dois candidatos que
passaram para o 2º Turno, o número ainda é menor do que votos inválidos e
ausências. O total de brancos, nulos e abstenções no Rio é 1.866.621. Marcelo
Crivella (842.201) e Marcelo Freixo (553.424) somam 1.395.625 votos. Confere
lá