“Se o Congresso Nacional cumprir com sua função e
o Supremo cumprir sua função, nós ficaremos em paz. O importante é cada macaco
no seu galho”
Lula,
sobre os embates entre legislativo e judiciário.
Para o ex-presidente Lula, a crise do mensalão foi um
“tropeço”, mas, ainda assim, depois de dez anos no poder, o PT se divide nos
dias de hoje entre o “PT da base” e o “PT eleitoreiro”. O primeiro guarda as
mesmas características desde os anos 1980, é “exigente e solidário”. Já o
segundo precisa se reinventar para que a política não fique “mais pervertida do
que já foi em qualquer outro momento”, e para que o partido seja capaz de
estabelecer alianças e coalizões sem precisar “estabelecer uma relação promíscua”.
[...] “Às vezes tenho a impressão que partido político é um negócio, quando, na
verdade, deveria ser um item extremamente importante para a sociedade”, admite
Lula no depoimento a Pablo Gentili e ao cientista político Emir Sader. Leia
Esse papo de macaco songamonga do Lula está no livro
“10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma”, que será lançado
pela Boitempo Editorial no dia 13 deste mês. Pelo menos pode-se concluir que: se
para Lula, “a crise do mensalão foi um tropeço”, então ele reconhece que
existiu um “mensalão”!? Demonstrando a tese: para tropeçar, há de haver um “sujeito”
que torne real o deslize, pois o tropeço, por si só, não existe, até o momento
em que um “agente” o materialize no mundo real. CQD. É simples assim, que nem uma teoria quântica. Alguém ainda
lembra o que vem a ser um “cqd”?
A partir de 2016, o governo pretende licitar sete
canais de TV digital em vários municípios do país, incluindo Rio e São Paulo.
Embora especialistas considerem estes canais de "segunda categoria",
porque não permitem que as transmissões sejam recebidas pelo celular, o ministro
das Comunicações, Paulo Bernardo, acredita que haverá grande interesse
comercial das empresas. A proposta do Ministério das Comunicações que está
sendo levada à presidente Dilma Rousseff é concluir o desligamento da TV
analógica em todo o país em 2018. Paulo Bernardo contou que havia feito uma
proposta inicial de fechar o cronograma em 2020, mas a Casa Civil foi contra e
achou que era "um horizonte muito
longo". “A Casa Civil acha que
tem que ter um programa com começo, meio e fim”, segundo Bernardo - leia –
Faltou lembrar, que o ministro das Comunicações, na
intimidade, chama a Casa Civil de “Minha querida”. Por falar na senhora Bernardo, ela andou dando umas
declarações interessantes - pelo menos não passionais - sobre internação
involuntária de dependentes químicos. Reproduzo, abaixo, parte desta
entrevista:
A senhora entende que o viés religioso
das entidades não é um problema? Seria um recurso a mais na terapia?
-Nem todas as comunidades são religiosas e muitas
professam fés diferenciadas. Há comunidades ligadas à Igreja Católica, a
igrejas evangélicas, espíritas. Ser religiosa não pode ser visto como um
impeditivo. Vivemos num país religioso, a grande maioria da população professa
uma fé. O Estado é laico, não pode optar por nenhuma fé, mas isso não significa
que ele tenha de desrespeitar a opção das pessoas. Temos de respeitar: se a
pessoa foi de forma voluntária a uma comunidade e acha que está fazendo bem a
ela, se essa comunidade está seguindo as regras do edital, não cabe ao Estado
fazer tutela.
Na Cúpula das Américas na Colômbia, em
2012, a presidente Dilma se comprometeu com a discussão de cenários da
legislação de drogas. A senhora é favorável ou contrária à descriminalização do
uso de drogas?
-Sou contrária à descriminalização das drogas. Às
vezes pode parecer dar resultado, se formos analisar em relação ao tráfico. Já
vi muitos argumentos dizendo que enfraqueceria o tráfico. Mas necessariamente
não enfraquece o impacto na vida das pessoas. Legalizar uma droga não quer
dizer que minora o problema. Pode ser uma solução simplista. Hoje, uma das
drogas mais motivadoras de violência no trânsito, em casa, contra as mulheres e
crianças é o álcool. Temos de fazer campanhas periódicas falando do problema do
álcool no trânsito.
Mas o álcool é uma droga legalizada. O
que mais se discute em relação a drogas como a maconha é descriminalizar o uso
e continuar a penalizar a venda, o tráfico.
-A nossa legislação já prevê a diferenciação. O
ministro José Eduardo Cardozo recebeu os autores do projeto e foi bastante
firme em dizer a proposição do governo. Não aceitamos elevar a pena. Temos de
ter foco no traficante. Leia na íntegra
“A
nossa legislação já prevê a diferenciação”. Será? A Faculdade de Medicina da USP tem outro foco sobre essa ideia de droga legal
ou “socialmente aceita”: ”O crescente
consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens e a constatação de que o uso do
álcool é o principal fator de risco para a carga de doenças que atinge os
brasileiros justificam o primeiro dossiê da Revista USP deste ano.
Especialistas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e da
Faculdade de Saúde Pública, discutem o alcoolismo, tema de interesse que exige
não só a reflexão da sociedade brasileira, mas o desenvolvimento de projetos e
ações para conter o seu consumo abusivo e prejudicial. “O tema alcoolismo exige
uma profunda reflexão sobre o estado atual da vida socioeconômica, cultural e
de saúde”, observa o editor da Revista USP, jornalista Francisco Costa. O Trabalho foi publicado em Fevereiro
de 2013. Leia na íntegra
UMA NOTA - O prédio da
Lidador, na Rua Assembleia 65, será demolido para a construção de um edifício
de 17 andares que se chamará Torre Lidador. A operação imobiliária foi feita
pela Sergio Castro Imóveis. A loja, um ícone carioca, não desaparecerá. Tomará
todo o térreo do futuro prédio, conservando sua "cara antiga"
Temporariamente, a Lidador ficará na Rua da Carioca, onde funciona o bar Flora,
do mesmo grupo. Joaquim
F. dos Santos – O Globo (28.04)
Não é bolinho não! O estabelecimento “de bebidas e
comestíveis finos”, instalou-se na Rua da Assembléia, 65, em 1924, isto é, há
89 anos. Criou um padrão de referência e qualidade em produtos nacionais e
importados, que desde o início, tornou-se “extremamente chic e de bom gosto
visitar e comprar no Lidador”. O endereço virou também ponto obrigatório para
políticos, empresários e personalidades da vida brasileira, que iam com
frequencia ao finíssimo barzinho da casa, "um marco da vida social", que existe
até hoje. Foram frequentadores assíduos: os presidentes Dutra e Juscelino Kubitscheck,
Salgado Filho, Assis Chateaubriand, Flexa Ribeiro, Oscar Bloch, Octávio de
Souza Dantas e Carlos Lacerda. Cada um deles, entre centenas e centenas de
outros tantos, não menos importantes, colaborou para consolidar o nome Lidador
na história da cidade.
A notícia, afirma ainda que: A
loja, um ícone carioca, não desaparecerá. Tomará todo o térreo do futuro
prédio, conservando sua “cara antiga". Não creio. Nem mesmo Ivo
Pitanguy poderá realizar uma façanha desse porte. Alguém disse e sei lá quando
e aonde: “O cristal, depois que se quebra, jamais terá o mesmo valor que
possuía antes”.