“Todo partido político é uma gangue com ideologia.”
Millôr
Fernandes
Eleições e dinheiro público - Proibida pelo
STF a doação de empresas para as eleições, os políticos se perguntam como serão
financiadas as campanhas. Hoje, 95% dos gastos são bancados pelas empresas. E é
romântico, segundo especialistas, imaginar que pessoas comuns sustentem esses
gastos. Em 2012, foram R$ 4,6 bilhões. Os candidatos vão bater no "caixa
dois" ou será adotado o financiamento público? E a população? Qual sua
reação com campanhas pagas com dinheiro que poderia ir à saúde ou à segurança?
Quem vai pagar a conta na opinião pública? Só os políticos? Ou também os
ministros do STF? Ou ainda a OAB, que patrocina a Adin para mudar a regra do
financiamento eleitoral. O financiamento público não foi adotado. Mas o
Orçamento da União destinou, só em 2013,
R$ 294,1 milhões para o Fundo Partidário. O horário eleitoral na TV gerou
renúncia de impostos de R$ 4 bilhões em 10 anos. Em 2012, R$ 606 milhões. Ilimar
Franco/O Globo
l
São perguntas demais, mas a solução mais provável é que vai rolar um bruta
caixa-dois, três, seis, dezoito... e desse papo todo fica a certeza de que tudo
isso não passa de uma grande embromação, encenação, embuste, troça, calote...
tá bom? já deu pra entender? Exagero? Então veja pra onde foi parte da grana do
Fundo Partidário de 2013: Os diretórios nacionais do PT e do PR
contrataram com recursos públicos, provenientes do Fundo Partidário, os mesmos
advogados que representam, na esfera privada, condenados no julgamento do
mensalão e réus acusados de corrupção após as investigações das operações Porto
Seguro e Sanguessuga, da Polícia Federal. Clique
aqui e confira na íntegra - E aí? Exagero?
l Aliás e a
despropósito: “Para a gente acabar com a corrupção, eu defendo a
proibição de dinheiro privado e a constituição de fundo público.” Lula, sobre o financiamento de campanhas.
Mas é claro... precisa nem explicar né?
O filho do ministro das Minas e Energia
Édison Lobão e pré-candidato do PMDB ao governo do Maranhão, senador Lobão
Filho, disse em entrevista à Rádio Mirante, na última quarta-feira, que vai
oferecer R$ 20 mil por denúncias contra a Embratur, que foi presidida por seu
adversário e pré-candidato do PCdoB, Flávio Dino, de junho de 2011 a março
deste ano. A proposta de Edinho Lobão, surgiu quando foi perguntado sobre uma
antiga e suposta entrevista de Ayrton Senna ao programa do Jô, na qual o ex-piloto
teria externado surpresa com a compra à vista de uma mansão em Miami pelo filho
do então governador do Maranhão, Édison Lobão. O teor da entrevista voltou a
ser explorado no estado por ocasião dos 20 anos da morte de Senna, no início
desse mês.
“Essa foi a maior
jogada viral criada contra a minha vida inteira. Aquela entrevista nunca
existiu e foi espalhada de uma maneira impressionante. Então, já conversei com
os meus marqueteiros, e estou com vontade, como empresário, de oferecer R$ 1
milhão para quem trouxer a gravação dessa entrevista... E vou oferecer, em
contrapartida R$ 20 mil para quem trouxer processos da Embratur onde há
claramente crimes de má gestão, de roubo e furto”, afirmou Lobão Filho – Clique
aqui e faça seu lance na íntegra
Os critérios para nomeação de servidores
para assentos de conselhos de estatais são pouco claros, mas, na semana passada,
pela primeira vez na história, um assento passou de pai para filho, à moda das
capitanias hereditárias. Com a saída do peemedebista Orlando Pessuti,
ex-governador do Paraná, do conselho de administração da Itaipu Binacional, do
grupo Eletrobras, para concorrer às eleições de outubro - ele é pré-candidato
ao governo do estado - quem assumiu o posto foi seu filho Orlando Moisés
Fischer Pessuti, de 32 anos.
l Pessuti pai chegou ao conselho como parte do acordo
firmado em 2010 entre o PT e o PMDB para viabilizar a candidatura de Dilma
Rousseff à presidência da República, tendo Michel Temer como vice. O conselho
de administração de Itaipu tem sete membros e paga o maior jeton estatal
federal do país: R$ 20.804,03. O próprio Pessuti pai contou ao GLOBO que levou
ao vice-presidente Temer, ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e à
presidente Dilma o currículo de um jovem advogado de 32 anos, "dos mais brilhantes", com especialização nas áreas de licitações
e concorrências, referindo-se ao filho. Clique
e confira na íntegra
l
Só existe um único critério na política: os meios, sejam eles quais forem,
justificam os fins, que neste caso é um só: permanecer o maior tempo possível -
e se possível o tempo todo - no Poder. O resto é poesia... e especialização.
O gráfico que não quer calar!
Desempenho da Petrobrás nos últimos oito anos
Fonte O Globo/Economia
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