*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

OFF

Na busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido.
Na busca do Tao, todos os dias algo é deixado para trás.
E cada vez menos é feito até se atingir a perfeita não ação.
Quando nada é feito, nada fica por fazer.
Tao Te Ching


Reza a lenda que numa das dimensões da Consciência do Universo; em uma dobra qualquer do espaço-tempo; na intimidade de um templo de Sophia um Mestre fala a seus iniciados: “Gafanhotos, não há lugar para a sabedoria onde não há paciência.”
Subitamente um dos neófitos se levanta e objeta: “Mestre em minhas impaciências já não há mais espaço para tanta sabedoria. Acredito que é chegada a hora de experimentar, alhures, outras dimensões de Sophia... e tem mais, gafanhoto é o cacete”... e saiu, açodado, pelo portal do Templo, Consciência afora.
Por segundos o Mestre ficou sem ação. Porém precisava dizer alguma coisa rapidamente, para aquietar o coração de seus aprendizes... e foi então que uma Luz Radiante o envolveu, e ele, inspirado, proferiu:
Gafanhotos, aquietem seus espíritos, pois os mais rebeldes em aceitar são os que mais rapidamente retornam aos ensinamentos de Sophia... mas enquanto ele não volta, vambora tomar uma... e o último que sair apague a porra dessa Luz Radiante, pois é mês de bandeira vermelha.”
E foram todos saltitantes - como saltitantes devem ser todos os gafanhotos - para o boteco mais próximo, que estrategicamente, sempre está localizado ao lado dos templos da Deusa da Sabedoria.
Moral desta fábula fabulosa: “Não há impaciência premiada”... hora dessas “nois volta”.