“Na busca do
conhecimento, todos os dias algo é adquirido.
Na busca do Tao, todos os dias
algo é deixado para trás.
E cada vez menos é feito até se
atingir a perfeita não ação.
Quando nada é feito, nada fica
por fazer.”
Tao Te Ching
Reza
a lenda que numa das dimensões da Consciência do
Universo; em uma dobra qualquer do espaço-tempo; na intimidade de um templo de
Sophia um Mestre fala a seus iniciados: “Gafanhotos,
não há lugar para a sabedoria onde não há paciência.”
Subitamente um
dos neófitos se levanta e objeta: “Mestre
em minhas impaciências já não há mais espaço para tanta sabedoria. Acredito que
é chegada a hora de experimentar, alhures, outras dimensões de Sophia... e tem
mais, gafanhoto é o cacete”... e saiu, açodado, pelo portal do Templo, Consciência
afora.
Por segundos o Mestre
ficou sem ação. Porém precisava dizer alguma coisa rapidamente, para aquietar o
coração de seus aprendizes... e foi então que uma Luz Radiante o envolveu, e ele,
inspirado, proferiu:
“Gafanhotos, aquietem seus espíritos, pois os
mais rebeldes em aceitar são os que mais rapidamente retornam aos ensinamentos
de Sophia... mas enquanto ele não volta, vambora tomar uma... e o último que
sair apague a porra dessa Luz Radiante, pois é mês de bandeira vermelha.”
E foram todos
saltitantes - como saltitantes devem ser todos os gafanhotos - para o boteco mais
próximo, que estrategicamente, sempre está localizado ao lado dos templos da Deusa
da Sabedoria.
Moral
desta fábula fabulosa: “Não há impaciência premiada”...
hora dessas “nois volta”.