*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a interdição do conjunto habitacional Cingapura Zaki Narchi e a remoção de todos os moradores. A decisão foi tomada na última sexta e divulgada hoje. Cerca de 140 famílias moram no condomínio, na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo, vizinho do Shopping Center Norte. EXAME.com + www.tj.sp.gov.br

Veja que o que descobri, por acaso: “Como primeira favela contemplada pelo Programa de São Paulo, que visava urbanizar favelas através da edificação de conjuntos verticais, esse conjunto pode ser considerado como projeto-piloto e é através da análise dos erros e acertos de sua implantação que novas implantações poderão ser melhor elaboradas.”  

Paciência, só mais um pouco: “Visando propiciar melhores condições de vida à população moradora nas favelas, situadas, muitas vezes, em áreas degradadas, alguns programas foram propostos ao longo dos últimos 20 anos no município de São Paulo. A maioria destes programas era voltado para a urbanização das favelas, com implantação de água, luz, energia elétrica e coleta de lixo. [...] O objetivo geral do presente trabalho é identificar os aspectos positivos e aspectos negativos na implantação do Programa PROVER na primeira favela contemplada pelo programa, hoje conhecido como Conjunto Zaki Narchi.” 

Chega. Mas isso aí é só um aperitivo. São fragmentos de texto do “Projeto Cingapura da Prefeitura de São Paulo: o Conjunto Habitacional Zaki Narchi” de Priscila Maria Santiago Pereira orientado pelo Prof. Dr. Alex Kenya Abiko da Universidade de São Paulo - Departamento de Engenharia de Construção Civil.

O tal projeto tem como objeto principal avaliar os aspectos estruturais físicos e sociais do Conjunto Zaki Narchi ou “Cingapura”. É extenso e bem detalhado, mas em momento nenhum cita que o conjunto foi com construído em cima de um antigo lixão. Será que essa turma não sabia ou fingiu não sentir o cheiro da merda que isso ia dar. E não foi de graça não, o projeto custou mais de R$ 16 milhões e pessoal pagou ou ainda está pagando pelas suas moradias, como você poderá ver na: TABELA 2 – SIMULAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO DO CONJUNTO ZAKI NARCHI PELO PREÇO DE MERCADO, no texto do projeto. Veja este documento, na integra em http://publicacoes.pcc.usp.br/PDF/BT309.pdf

E agora? Bota todo mundo na rua e não se fala mais nisso?

Nada de telões de alta definição, efeitos visuais ou interatividade entre artista e público. Eric Clapton mostrou na noite deste domingo (9), na HSBC Arena, no Rio, que "somente" repertório e boa música ainda têm o poder de arrebatar uma plateia durante uma apresentação ao vivo. Foi assim, concentrando-se apenas em cantar e tocar (muito bem) por quase duas, que o guitarrista britânico conquistou os cariocas no primeiro show que faz na cidade em dez anos. G1 10.10

Quem viver… - A propósito do atual circuito de shows internacionais no Brasil, o que será de Justin Bieber quando ele chegar à idade de Eric Clapton? Azar de quem ainda estiver por aí daqui a 50 anos para conferir! Tuttyvasques, estadão.com.br 10.10

Como hoje é dia de contar história reproduzo esta a seguir, mas com um início triste e final feliz (pelo menos é o que parece) e, com certeza, bem diferente do Projeto Cingapura: “Se o negócio era sofrer, como diziam os negros que faziam blues naqueles anos 60, Eric Clapton sempre esteve em um bom caminho. Aos 9 anos, sentiu tremer sua casinha em Ripley, na Inglaterra, quando soube tudo de uma vez só: sua mãe não era sua mãe, mas sua avó. Seu pai não era o marido de sua avó e aquela moça que ele chamava de irmã era, na verdade, sua mãe. O pai verdadeiro, nunca conheceu. O moleque pirou e foi parar em mundo sinistro de onde, talvez, nunca tenha voltado por inteiro. Quando um violão caiu em suas mãos, não deu outra”. Julia Maria - O Estado de S.Paulo

Isso na mão de Lícia Manzo, autora de “Vida da Gente”, daria uma boa novela, né não?
Por que a moça na foto? Porque essa é Carla Bruni e que, segundo Eric Clapton em sua autobiografia, foi uma das suas grandes paixões, antes é claro de ser a Sra. Sarkozy

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