*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O livro “Arte de furtar” foi concluído em 1656. Atribuído ao Padre Antônio Vieira (mais tarde essa autoria seria contestada), o documento era endereçado ao rei de Portugal, Dom João IV, um dos primeiros representantes da Casa de Bragança. Com o intuito de alertá-lo sobre os malfeitos de seus súditos no além-mar, a obra lista as diversas maneiras encontradas pelos representantes da coroa portuguesa para desviar dinheiro público na colônia. Uma breve passeada pelos títulos de alguns de seus 70 capítulos mostra como a “arte” já se manifestava e se aperfeiçoava no Brasil do século XVII: “Dos que furtam com unhas invisíveis”, “Dos que furtam com unhas toleradas”, “Dos que furtam com unhas vagarosas”, “Dos que furtam com unhas alugadas”, “Dos que furtam com unhas pacíficas” e até “Dos que furtam com unhas amorosas” são alguns deles.   

O livro Arte de furtar é uma amostra de como a discussão sobre a corrupção é antiga no Brasil – e a leitura diária dos jornais atesta que o assunto continua presente. [...] Mais detalhes em: http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2012/01/como-se-desvia-dinheiro-no-brasil-trecho.html

Fica a pergunta: desviar dinheiro público é genético?

Mãe flagra filho de 13 anos transando em casa com moça de 23. O que você faria? – [...] Nos Estados Unidos, uma mãe, cujo nome não foi divulgado para proteger a privacidade de sua família, ouviu ruídos no quarto de seu filho adolescente, de 13 anos. Quando entrou, flagrou uma mulher de 23 anos, Clarissa Rangel [...] fazendo sexo com o seu filho. RUTH DE AQUINO http://colunas.revistaepoca.globo.com

Na atual conjuntura, eu, se essa mãe fosse, daria uma tremenda festa pra comemorar, pois um “homem” de 13 anos, que procura uma mulher, ta cada dia mais raro - e que me desculpem aqueles que empunham outras bandeiras... 

A presidente surfa na popularidade - O PT e o PMDB estão irri­tados com as recentes atitu­des da presidente Dilma. Ela ignorou os petistas ao indicar o novo ministro de Ciência e Tecnologia. Passou por cima do PMDB na queda do diretor-geral do Dnocs. [...] A impressão dos políticos é que ela mira a opinião pública e não dá sa­tisfação aos partidos. É gran­de o ressentimento e alguns aliados dizem que um dia chegará a hora do troco. oglobodigital.com.br

A frase “A impressão dos políticos é que ela mira a opinião pública e não dá satisfação aos partidos” é um belo exemplo prático da afirmação: “O eleito representa o povo e por isso pode decidir tudo por ele”, um dos “12 mitos do capitalismo” - artigo redigido por Guilherme Alves Coelho (1).

Em “Os canalhas nos ensinam mais”, Arnaldo Jabor é mais incisivo”: [...] “Parece que existem dois Brasis: um Brasil roído por ratos políticos e um outro Brasil povoado de anjos e "puros". E o fascinante é que são os mesmos homens. O povo está diante de um milenar problema fisiológico (ups!) - isto é, filosófico: o que é a verdade? Se a verdade aparecesse em sua plenitude, nossas instituições cairiam ao chão. Mas, tudo está ficando tão claro, tão insuportável que temos de correr esse risco, temos de contemplar a mecânica da escrotidão, na esperança de mudar o País.”

“Já sabemos que a corrupção não é um "desvio" da norma, não é um pecado ou crime - é a norma mesmo, entranhada nos códigos, nas línguas, nas almas. Vivemos nossa diplomação na cultura da sacanagem.” (2)

(1). O artigo de Guilherme Alves Coelho, o qual já citei aqui no blog, pode ser lido na íntegra em:

(2). Veja o texto completo do Jabor para  “O Estadão” em:




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