“No país em que
a impunidade dos crimes do colarinho branco sempre foi a regra, uma operação
completar três anos, e isso ser lembrado e comemorado, é um avanço. O que mudou
após esses três anos de espanto? Principalmente nós. O país parou de achar que
a corrupção podia ser tolerada e aprendeu nas 38 fases que a doença era mais
profunda e disseminada. A corrupção ameaça tudo o que conquistamos nas últimas
décadas, a começar da democracia, a mais valiosa das conquistas. Os negócios
sujos entre empresas e políticos se espalharam tanto e passaram a ser tão
onipresentes que distorceram a representação política. Quem teria sido eleito
sem o dinheiro da corrupção? Quem seriam hoje os governantes e os
parlamentares? Como seriam as campanhas sem a abundância criminosa do dinheiro
dado em troca de favores e vantagens?” – Miriam Leitão/O Globo
Procuradores do
Ministério Público Federal que trabalham na
força-tarefa da Operação Lava Jato disseram nesta sexta-feira (17) que as
investigações devem seguir até o fim, com reformas que ocorram além da
operação, e ressaltaram a importância da cooperação internacional para a coleta
de provas e recuperação de valores. Deltan Dallagnol, procurador que coordena a
força-tarefa da Lava Jato, disse que a operação significa o rompimento da
impunidade nos círculos de poder no Brasil, e mostra a corrupção enraizada,
atingindo diversos órgãos públicos. No entanto, ainda é preciso “avançar para
reformas políticas e de Justiça” – para ele a sociedade e o Congresso são os
responsáveis por fazer isso acontecer. A força-tarefa
disse enfrentar problemas, principalmente por reação da classe política, que
tentou aprovar medidas como anistia e responsabilização de procuradores e
juízes no fim do ano passado.
"Nós temos
medidas inúmeras no Congresso tentando restringir e não alavancar investigações
criminais... "Basta uma noite no Congresso Nacional e toda a investigação
pode cair por terra”, afirmou o procurador regional da República Carlos
Fernando dos Santos Lima - CONFERE
LÁ
No
dia em que a Operação Lava Jato completa três anos, o doleiro Alberto
Youssef termina de cumprir a pena e ganha, finalmente, a liberdade. Nesta
sexta-feira (17), ele deve tirar a tornozeleira que o acompanhou nos últimos
quatro meses. A data de retirada foi prevista na decisão em que o juiz federal
Sérgio Moro autorizou a mudança de regime de prisão do doleiro de fechado para
domicilar. Leia
na íntegra
Rodrigo Janot enviou ao STF 320 pedidos baseados na delação da Odebrecht. No
total, são 83 pedidos de abertura de inquérito, 211 declínios de competência
para outras instâncias da Justiça, 7 pedidos de arquivamento e 19 outras
providências. Os declínios de competência são de pessoas citadas nas delações
que não têm prerrogativa de foro no STF. Janot pediu a Edson Fachin o fim do
sigilo de todo esse material.
Apesar de tudo o que já se sabe da Odebrecht é impressionante o resultado da
pesquisa anual realizada pela Cia. de Talentos a respeito das "empresas
dos sonhos" dos universitários e recém-formados". Ouvidos 63.998
jovens, a Odebrecht alcançou o posto de a sexta companhia mais desejada para um
posto de trabalho, à frente de Nestlé, Itaú, Unilever, Natura. Em 2015, a
Odebrecht ficou em terceiro lugar na mesma pesquisa – Lauro Jardim/O Globo
-Esse Brasil é mesmo um país estranho, né não? Ainda tem gente que não tem noção do estrago que a
corrupção fez ao país. Uma empresa que nos últimos dez anos tinha como modus operandi corromper tudo que
estivesse a seu alcance para atingir seus objetivos operacionais, já deveria
ter sido interditada e desativada. O argumento que se a empresa fosse fechada
isso poderia causar “um grande impacto social” não tem sustentação. Nada
poderia ser pior que o dano que a Odebrecht causou ao país não só aos
brasileiros, pois desvio de verbas não só ferem de morte os projetos para a Saúde,
a Educação e Segurança, mas enxovalham a imagem do País mundo afora - e de
tabela o povo que cá habita. Ao velho e roto
mantra “O Brasil não é um país sério” - e não importa a autoria da frase, pois
o que vale é o seu contexto – poderíamos acrescentar: e muito menos ético.
Para conter os
impactos imediatos da maior crise hídrica da história,
o governo do Distrito Federal lançou mão de uma “operação de guerra”: além do
racionamento e do combate aos vazamentos na rede, pretende instalar em tempo
recorde uma tecnologia de última geração para tirar água do Lago Paranoá.
O modelo, no
entanto, tem custo alto e depende quase exclusivamente de energia elétrica para
captar e distribuir o recurso – o que deixa o litro de água pelo menos três
vezes mais caro. Apesar de provisório, o projeto tem custo inicial de R$ 55,5
milhões (vindos da União) para sair do papel, e o governo já se prepara para
completar o valor com recursos próprios – LEIA
NA ÍNTEGRA
-A não ser que o
governador do DF vá usar dinheiro de algum caixa 2,
recursos próprios é o codinome de “dinheiro do povo”.
O Palácio do
Planalto divulgou neste sábado (18) uma nota em que diz
que, durante ligação telefônica, o presidente da República, Michel Temer,
tratou temas de "atualidade regional" com o presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, por iniciativa do norte-americano. Questionada pelo G1, a
assessoria da Presidência não detalhou quais assuntos "de atualidade
regional" foram abordados durante a conversa. CONFERE
LÁ
“Atualidade regional” poderia
ser, por exemplo... O Ministério da Agricultura afirma que problema é pontual.
Segundo a pasta, das quase 5 mil unidades produtoras, apenas 21 estão sendo
investigadas e só três foram interditadas na Operação Carne Fraca. O governo
federal montou uma força-tarefa para analisar os casos citados na Operação
Carne Fraca. O Ministério da Agricultura ressaltou que das quase 5 mil unidades
produtoras do Brasil, apenas 21 estão sendo investigadas e que só três foram
interditadas... “Os três SIFs que foram diretamente denunciados, já houve o
pedido de interdição dessa três unidades, elas já não podem mais expedir e nós
estamos fazendo o acompanhamento de quando a operação policial aconteceu, se
essa mercadoria ainda está nos frigoríficos ou se ela está em trânsito ou se
está nos supermercados. Mas, penso eu, que se essas mercadorias ou essa
fiscalização ocorreu há mais de dez dias, muito provavelmente ela não estará
mais nos supermercados, ela já foi consumida”, diz Maggi – CONFERE
LÁ
-Que bom saber que a “carne podre” não oferece mais riscos à população, pois ela
já não se encontra mais nas gôndolas dos supermercado... o povo já comeu.
Esta obra, “brasil com b minúsculo”, do poeta Sílvio Prado, está, a partir de
hoje, na exposição “Rio de versos”, no CCBB. Diz assim: “Aqui, ninguém é preso
ou devolve valores”. Só que essa realidade vem mudando desde a Lava-Jato,
concorda? – Ancelmo Gois/O Globo
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