*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 2 de março de 2017

Um Moro de saias

A mulher do momento em Mato Grosso tinha planos de pular Carnaval no domingo (26). Mas, para isso, precisava levar seu "bloco" particular: Selma Arruda, 54, juíza da 7ª Vara Criminal do Estado, não dá um pulo fora do cordão de seguranças que a cerca 24 horas por dia. "Ano passado deu um nó danado com os seguranças. Queria ficar mais, mas eles acharam melhor eu voltar para casa", conta, rindo.

Quatro policiais grandalhões escoltam a juíza de 1,50 metro, que se destaca sobre saltos altíssimos, colares e pulseiras reluzentes. Ganhou a guarda no ano passado. Foi nessa época que as ameaças a ela ficaram constantes. A juíza decretou a prisão do ex-governador Silval Barbosa (2010-2014), do PMDB, e de outros poderosos de Mato Grosso, investigados pela Operação Sodoma.
  
Apelidada de Lava Jato pantaneira, apura desvio em compras de terrenos, fraude em licitações e propina para cobrir custos de campanha. São tramas que se desenrolam com delações premiadas, conduções coercitivas, interceptações telefônicas e prisões preventivas. Os juízes que escrevem as decisões das duas operações têm perfil parecido: "caneta pesada", na visão dos advogados de defesa da Sodoma.


Como Sergio Moro, Selma Arruda é conhecida por ser dura e não hesitar em manter prisões preventivas. A magistrada diz que é uma "falácia" que o Brasil encarcera demais, é contrária às audiências de custódia ("um absurdo, o cara entra numa porta e sai pela outra e não entende nada que está acontecendo") e defende penas duras. Também como Moro, virou celebridade no Estado. É aplaudida na rua e reconhecida e apoiada por nove em dez cuiabanos com quem a reportagem conversou. Leia na íntegra

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