*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Vejo que está chocado, meu amigo. Por favor, não leve o meu caso demasiadamente a sério nem me consi­dere cínica. Quem sabe se o que o escandaliza não é o caso em si e sim o fato de eu tê-lo verbalizado tão crua­mente? Acho que no fundo temos mais medo às palavras do que às coisas que elas representam, e isso nos tem le­vado a equívocos tremendos.


Pense bem, a sombra da rosa não é mais bela que a rosa. A sombra do bandido não é mais perigosa ou cruel que o próprio bandido. Na mi­nha opinião, as palavras são as sombras das coisas, das pessoas, dos fatos e das ideias que representam. A fidelidade da sombra com relação ao seu objeto... quero dizer: o tamanho, a forma, a in­tensidade, depende da posição do foco de luz, isto é, o temperamento da pessoa e sua maior ou menor habilida­de no uso da linguagem.  - Trecho do livro “O Prisioneiro” de Erico Veríssimo.


Peça #1 - A primeira auditoria do TCU sobre a participação do BNDES nos negócios de Eike Batista desde a eclosão da crise do grupo EBX, mantida sob sigilo pelo tribunal, indica “fortes indícios de operação antieconômica e de potencial perda patrimonial” para o banco. O braço investiu R$ 993,9 milhões em ações de cinco empresas ligadas ao empresário. O relatório cita dois períodos: dezembro de 2007 e julho de 2012. Em julho deste ano, quando a análise do TCU começou a ser feita, o valor de mercado dessas ações era de R$ 551,8 milhões. Confira

Peça #2 - O Tesouro Nacional recebeu ontem o aval da presidente Dilma Rousseff para repassar R$ 24 bilhões ao BNDES. Mais uma vez, o objetivo do governo é aumentar o fôlego da instituição para que ela possa conceder mais empréstimos ao setor produtivo. Nos últimos quatro anos, já foram injetados mais de R$ 300 bilhões no banco de fomento.

Essas operações, no entanto, têm sido alvo de críticas do mercado. Como o Tesouro precisa emitir títulos públicos para fazer os aportes no BNDES, ele acaba elevando a dívida bruta da União, que é um dos indicadores de solvência mais observados pelas agências de classificação de risco. O Brasil tem hoje um endividamento bruto equivalente a 59% do PIB, um dos mais altos entre as economias emergentes. Na China, por exemplo, ele é de 22% e na Rússia, de 14%. - Por Martha Beck/O Globo

Peça #3 - Dois dias após um acidente matar dois operários nas obras do Itaquerão, o Corinthians assinou acordo de financiamento de R$ 400 milhões com o BNDES, via CEF. O valor representa quase a metade do custo da construção. Até agora, os custos foram bancados por empréstimos convencionais. A obra estava orçada em R$ 859 milhões, mas o valor já teria ultrapassado R$ 1 bilhão antes do acidente, que será coberto pelo seguro.

Estiveram na obra, ontem, o presidente do Instituto de Engenharia, Camil Eid, técnicos da Defesa Civil, e representantes da Liebherr, fabricante do guindaste que tombou. O objetivo é analisar o conteúdo da caixa preta (um HD) do guindaste. Segundo Eid, quando há algum desiquilíbrio que comprometa o trabalho, o guindaste é travado automaticamente. E esse procedimento não aconteceu. Por Carol Knoploch/ O Globo

Chegar e partir, são só dois lados da mesma viagem”, versejou Milton Nascimento. A verdade depende da consciência do observador, em um específico momento: O copo está meio vazio ou meio cheio?  Estão montando ou desmontando o banco, Ops! – o quebra-cabeças? A resposta vai depender da “posição do foco de luz” e pra mim isso é primordial... sou daltônico. Agora cá pra nós, se o “sistema de travamento automático” do guindaste não funcionou, seu equivalente, no BNDEs, deve tá desativado há anos. 

Só se falou, ontem, no tal Black “é o cacete” Friday. Afinal, o brasileiro adora uma novidade. Até a Solarium, casa de saliência na Zona Sul do Rio, aderiu à moda que veio da terra de Obama. O danadinho que levasse este panfleto [ao lado] da termas, criado especialmente para a ocasião, ganhava 50% de desconto na entrada, que custa RS 100. Aliás, ontem, na filial das Lojas Americanas, no BarraShopping, anunciaram promoções da... "Réd fridêi" - Ancelmo Gois/O Globo

“Black Friday, Black Block, Black Power, Black September, Black Conscience, Black Label, Black is Beautiful, Black Panthers, Black Sabbath, Black Light, Black Music, e mesmo a “Back to Black” de Amy Winehouse, não tem negritude suficiente pra superar o Black Blog Q&M... e ponto.” Texto enviado por Cacau Quil, nossa correspondente internacional - sei lá de aonde - em esfuziante e declarada demonstração de puxa-saquismo explícito, numa tentativa de sensibilizar meu Black Ego. Valeu Quil!   

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta sexta-feira que o laudo que afirmou que o deputado José Genoino não pode ser considerado impossibilitado de trabalhar em definitivo foi “manipulado”. “E agora, não contentes com esse tipo de condenação política, humilham os companheiros na forma do cumprimento da pena. Colocam em risco, e serão responsabilizados por isso, a vida do companheiro Genoino, que padece de uma cardiopatia grave e manipula inclusive laudos para mantê-lo na prisão em condições que ele não pode suportar”, afirmou Falcão, durante encontro com intelectuais em São Paulo. Ele ainda declarou que Genoino, um dos presos do caso do mensalão, deve ter o direito não só a prisão domiciliar como a aposentadoria. Segundo ele, “ninguém na prisão tem a mesma situação que tem em casa”. Confira

O Dr. Rui Falcão que é “formado” em Direito pela USP, mas tem registro de “jornalista” (já trabalhou na “A Gazeta” e na “Folha de S. Paulo”) e atualmente é um “Nem Nem” (nem trabalha e nem faz porra nenhuma, pois vive às custas do PT), discorda do laudo de 9 médicos - cinco que fizeram o laudo pra o STF + 4 para o laudo da junta médica da Câmara. Fazer o que? Cabe aos médicos que compuseram as devidas juntas, se pronunciarem, pois foram acusados de trapaceiros, impostores, charlatães, curandeiros, xamãs, ... e o escambau.

Nota de rodapé: Uns são mais iguais - Um agente penitenciário relata que antes de receber a banqueira Kátia Rabello e Simone Vasconcelos, condenadas no mensalão, foram construídas duas celas para abrigá-las na prisão feminina da Papuda (DF). Ilimar Franco/O Globo