*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

“El dia que me quieras, la rosa que engalana,
se vestirá de fiesta com su mejor color.”
Carlos Gardel

O último tango de Cristina Kirchner - Era quase meia-noite de domingo, 11, quando Cristina Kirchner, a bordo de um modelo preto cintilante, esboçou um sorriso no salão do Hotel Intercontinental, no centro de Buenos Aires. Dirigindo-se aos aliados, comentou os resultados das eleições primárias para o Legislativo. [...] Ninguém perdeu tanto quanto a presidente argentina no domingo, 11. Há pouco mais de ano e meio, ela emergiu das urnas reeleita com 54% dos votos - um recorde nacional em eleição presidencial. Na segunda-feira, a grande eleitora saboreou o gosto amargo de uma derrota acachapante. Seu governo não conseguiu respaldo de 27% do eleitorado, metade do apoio que conquistara na reeleição de 2011.

Salvo um milagre (em política, eles sempre são possíveis), para Cristina o sonho acabou. Os resultados das primárias sinalizam que em outubro não haveria maioria de votos suficiente na Câmara e no Senado para sustentar a principal batalha política planejada pelo governo para os próximos dois anos: mudar a Constituição com o objetivo de levar a presidente para um terceiro mandato. O que aconteceu? Faltaram votos. Leia 

Não ganham só os argentinos, ganha toda a América Latina orientada pelas cínicas políticas populistas chavista, evoista e tantas outras tendências antiqualquercoisabolivarista, mas - e sempre - a favor deles mesmos, os revolucionários de gabinete e marqueteiros, ditos seguidores de Bolívar, e cá nós 1: coitado de Simon Bolívar, pois que nem a democracia, quantas injúrias se cometem em seu nome.

Agora cá pra nós 2: “emergir das urnas com 54% dos votos” e tempos depois saborear “o gosto amargo de uma derrota acachapante” com 27% do eleitorado, é draft de um filme que promete estrear, em outubro de 2014, em todas as salas de exibição do circuito Eleições Brasileiras, né não?

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara rejeitou o projeto que substituía o nome de “Costa e Silva” por “Herbert de Souza — Betinho” para a Ponte Rio-Niterói. O ex-ministro Mário Negromonte, do PP baiano, relator, diz que a mudança de denominação da ponte “não deve parecer um ato de revanchismo ou de confrontação ideológica”. É. Pode ser. Ancelmo Gois/O Globo

E ó, não é por falta de trabalho não, pois coisa melhor pra fazer esses caras tem!

Cadê a mariola? O Senado gastou quase R$ 2 milhões com a compra de 1,4 milhão de selos - considerando o valor de R$ 1,20 para uma carta comum - em um ano e quatro meses, mas não sabe o que foi feito com o material. Uma auditoria, aberta em junho, apura as despesas dos senadores e da área administrativa com a chamada cota postal. Funcionários já foram afastados e a distribuição de mais selos, proibida. O que intriga os responsáveis pela auditoria é que não há previsão nas normas da Casa para a compra de selos. As correspondências dos senadores e da Casa são seladas por meio de uma máquina franqueadora, equipamento utilizado para imprimir o valor da postagem na correspondência, como um carimbo. Em outras palavras, não há a necessidade de selos em papel. Segundo fontes ouvidas pelo Estado, parte dos selos foi entregue a alguns senadores, que os requisitaram oficialmente, mas não há registro sobre o paradeiro da maior parte do material. Enviado por Samuca McDowel. Leia

Copiando Samuca, “Haja língua pra lamber tanto selos”, caso selos houvessem para ser lambidos, pois “as correspondências dos senadores e da Casa são seladas por meio de uma máquina franqueadora”. Ainda segundo a notícia, “o que intriga os responsáveis pela auditoria é que não há previsão nas normas da Casa para a compra de selos”. A mim, intriga mais é que se não há previsão nas normas da Casa para a compra de selos, como é que, e com que que finalidade, os compraram, pois não há registro sobre o paradeiro da maior parte do material. Com certeza não foram desviados para os redutos eleitorais, dos nossos nobres senadores, para postar cartas aos eleitores nas próximas eleições, pois suas excelências não seriam capazes de tal façanha. Ou seriam?

Seguindo o mote “Cadê Amarildo” e parodiando minha amiga #aachear, lanço a pergunta: Cadê a mariola? Não dá nem pra perguntar ao bispo, pois - com todo respeito – a cúria já vem comendo o “mariola” faz tempo. Aliás, “cúria”, segundo o Aurélio, significa também, o lugar onde o Senado se reunia na antiga Roma... mas aí é só um, digamos, acidente ortográfico sem grandes proporções na escala das corrupções.

Pra começar a semana

Chicana de rodapé: “Entreouvido na hora do recreio do STF: O Lewandowski, quando não faz chicana na entrada, faz na saída!” Tutty Vasques

Enquete O Globo: Os mensaleiros condenados à prisão vão para a cadeia?
Não: 52.0%
Sim, ainda este ano: 33.0%
Sim, mas só em 2014.6.0%
Sim, mas só depois de 2014.2.0%
Não sei.7.0%
Total de votos: MMM
Atualizado às 15:25 do dia 17.08