“Deve-se ser muito cuidadoso com
o que se escreve, pois como prever que se alguma coisa não é verdade agora,
poderá sê-lo no dia de amanhã” - Isabel Allende no livro “Paula”.
Se uma personalidade pública - condição que exige, ou deveria exigir, ponderação e
seriedade no que diz ou escreve - propõe iniciativas de inegável importância,
merece ser ouvida pela classe política e pela opinião pública em geral.
Note-se: ouvida, mas não necessariamente aplaudida.
Muitas vezes, para ser dissecada, criticada e discretamente jogada na lata de
lixo mais próxima. É possível - alguns diriam indispensável — que a proposta
seja usada para uma avaliação da sabedoria e das intenções do dono da ideia.
Está nesse caso a sugestão do ex-presidente Lula de
que os ministros do Supremo Tribunal Federal passem a ter mandato. No sistema
atual - nunca antes criticado - eles são indicados pelo presidente da
República, aprovados pelo Senado e aposentados obrigatoriamente aos 70 anos.
Não é uma invenção brasileira. Existe em outros países
de regime democrático, como os Estados Unidos - e nem lá como cá, até hoje,
apareceu quem sugerisse sistema diferente. Simplesmente porque funciona,
principalmente devido ao fato altamente relevante que mantém os ministros a
salvo de pressões de qualquer natureza ou origem - obviamente, um dado
indispensável para a sua independência.
Pelo visto, Lula não prestou atenção a isso. Ou, numa
hipótese impensável, ele prefere que os ministros sejam periodicamente forçados
a pedir votos no Congresso, o que obviamente enfraqueceria a independência do
STF. A não ser que prefira submeter a composição do tribunal ao voto popular.
Sejamos generosos: não acreditemos nisso.
Lula defende sua proposta com o argumento enfático de
que "tem que ter mandato em tudo que é lugar" Quem sabe, também no
Vaticano? Ele não é o pai da ideia: ela já circulou no PT quando o STF condenou
o ex-ministro José Dirceu, no julgamento do mensalão, a uma pena de prisão em
regime fechado. Alguns petistas defenderam que os ministros do tribunal
passassem a ter mandato de quatro anos, renováveis por mais quatro.
Cabeças sensatas prevaleceram e a sugestão não
prosperou. Lula parece empenhado em ressuscitá-la. Provavelmente sonha com um
tribunal enfraquecido, com dívidas políticas a pagar. Seu sonho seria um
pesadelo para o regime democrático. “L AN” - Leia a matéria na íntegra em Opinião/O
Globo.com
Nota de rodapé – “Se a nossa Constituição fosse aprovada,
certamente (o país), seria ingovernável porque nós éramos muito duros na queda
e muito exigentes” – Lula
em solenidade em comemoração aos 25 anos da Constituição.
Provável candidato do PSDB à sucessão de Dilma Rousseff em
2014, Aécio Neves casou-se esta semana no Rio de Janeiro com a
namorada, a ex-modelo gaúcha Letícia Weber. A loura tem as iniciais A. N.
tatuadas atrás da orelha direita. O padrinho da discreta cerimônia foi o melhor
amigo do político, o empresário Alexandre Accioly. Leia
Já José Serra amanheceu no domingo (6), com uma superpulga agarrada
atrás da sua orelha: "Estarei ao lado de Serra na campanha", afirmou Aécio
ao Estadão. Confira
Ainda no quesito uma pulga atrás
da orelha: “E Marina, hein? - A candidata
disposta a se eleger presidente da República para mudar o país foi incapaz de
montar um partido no prazo determinado pela lei. Dá para acreditar? Marina
ainda é um segredo de Estado. Poucos conhecem algo além de sua imagem pública.
Os que a conhecem bem não contam como Marina é - conservadora,
preconceituosa, centralizadora”. Ricardo
Noblat/O Globo
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros,
afirmou nesta quinta-feira, 3, que a imprensa é "insubstituível" na
democracia e disse ter o compromisso de interditar qualquer discussão para
controlar o livre debate no País. Leia
Aí tem. A gente sabe que Renan não dá ponto sem
nó. Será que ele tá querendo renegociar o
valor da pensão que paga a Mônica Veloso? Ou está querendo criar alguma “assessoria”
pra Mônica, pensando no futuro da sua pulga - Ops! - da sua filha com
Mônica? Ou é tudo isso junto... e muito mais? Outros vão mais longe: “Amigos de Renan Calheiros ficaram com uma pulga atrás da orelha ao ouvir o
senador dizer que a imprensa é a “essência” da democracia! Será que o cabra
está se engraçando com uma jornalista de novo? – perguntam-se uns aos outros os mais chegados de Maceió”. Tutty Vasques/Estadão
Vixe! Haja pulga pra tanta orelha. Se bem que no caso
do Renan a pulga não fica atrás da orelha... mas é melhor mudar o rumo desta
pulga - ops! - desta prosa ante que a gente comece a se coçar.
“Eu não estou à venda” - O criador do Solidariedade e
presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), está
arrependido de ter se reunido com a ministra Ideli Salvatti. “Entendi o jogo. O
governo quis nos manchar com essas histórias de cargos e emendas”. Admitindo
ter sido inocente, conta que foi até à ministra em respeito aos parlamentares
que têm relação com o governo. E, irritado, proclama: “Não trabalho com
emendas. Nós não temos cargos e eu não quero cargo. Não é por aí que o governo
resolve seus problemas comigo”. Ilimar
Franco/O Globo