“Você não conquista massas com
coisas inteligentes” - Marques Rebêlo, escritor e jornalista
A turma se
reunindo no Rio de Janeiro, pra comemorar o Dia do Professor
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Uma pesquisa recém-divulgada mostra que o Brasil não
tem motivos de sobra para festejar o Dia Mundial do Professor [hoje, 15 de
outubro], celebrado em mais de cem nações hoje. O país é um dos que menos
respeitam os seus professores, de acordo com estudo inédito da Fundação Varkey
Gems, sediada nos Emirados Árabes.
A entidade analisou a forma como o docente é
valorizado em 21 países, escolhidos segundo critérios de representação regional
e de desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). No
chamado ranking de status do professor, o Brasil está em penúltimo lugar, à
frente apenas de Israel. Do outro lado da lista, China, Grécia e Turquia,
respectivamente, são os países que mais respeitam os seus docentes [...] Na
questão salarial, dos 21 países pesquisados, o salário médio do docente
brasileiro só é maior do que no Egito e na China. Confira
Nota
de rodapé: A Justiça do Rio suspendeu a sessão plenária da Câmara
dos Vereadores que aprovou a proposta do Plano de Cargos, Carreiras e
Remunerações, para servidores da rede municipal de ensino, nesta sexta-feira
(11). A liminar foi concedida pela juíza Roseli Nalin, de acordo com o Tribunal
de Justiça, após pedido de nove vereadores, que contestam a forma como a
votação foi realizada, sem a presença de professores na plenária. Desta forma,
a lei sancionada pelo prefeito Eduardo Paes está suspensa. Leia
O ex-presidente Lula convocou o ministro Guido Mantega
e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo para tratar dos efeitos do impasse
americano na economia. O debate foi segunda-feira no Instituto Lula. Mantega
disse que o Brasil está preparado para o calote americano. Belluzzo previu que
o efeito no mundo será devastador. Ilimar
Franco/O Globo
O Brasil pode até estar preparado para o calote
americano – até porque duvido da castidade destas manobras - mas o Mantega não
está preparado para o Brasil. Um cara, que teoricamente não exerce função
pública nenhuma, que detenha tal poder, convoca o Ministro
da Fazenda que... (em hipótese seria o cara que teria autoridade para fazer tal
convocação, pois na verdade é quem detém etc. etc.)... acata a convocação do cara,
que teoricamente não exerce etc... numa boa.
Fico cá a pensar com meus 51 neurônios - eram 34,
porém, na última manutenção, recuperaram mais 17 (antes de morrer ainda consigo
um QI) - mas não percamos o foco, como dizia fico cá a pensar se o ex-chanceler
alemão, Gerhard Schröder, convocasse Philipp Rösler, (atual ministro da
“Economia e Tecnologia” na Alemanha, que equivale ao nosso Ministério da
Fazenda*), para dar explicações
sobre os efeitos do calote americano sobre a economia germânica, qual seria a
reação de Angela Merkel? Tenho a leve impressão que a resposta seria algo
parecido a: “Fick Schröder!”, com todo o respeito. (*) pesquisa Q&M
Nota humorística de rodapé: “Mantega afirma que BNDES nada perdeu com a crise das empresas do
Eike” - Enviado
por Samuca Mac Dowell
Jim Morrison no dia de sua condenação
por “exposição
indecente", no palco.
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No princípio, o público achou aquilo muito estranho.
Sempre ao final de “Jim”, peça sobre Jim Morrison, líder da banda The Doors, o
ator Eriberto Leão faz um discurso inflamado. Na segunda, dia 7, falou algo
assim: “Essas últimas semanas foram
conturbadas. Tô pensando em parar. Sei que a casa tá cheia, mas a solidão dos
loucos que fazem arte tá dolorida. Vocês ficam vendo essas palhaçadas e
bobagens, como futebol, e pra gente a solidão tá foda.” Teve leitor que
escreveu para a coluna achando que Eriberto, de 41 anos, tinha enlouquecido.
Mas não é nada disso. É que o ator anda preocupado com o Brasil e quer provocar
a plateia. Por isso escolhe sempre um discurso de Morrison, morto há 42 anos de
overdose, aos 27 anos, e venerado até hoje pelo mundo afora. “O Brasil está num momento de mudança, mas a
gente não pode ser morno. A gente tem que querer de fato mudar. É como dizia o
Jim: Vamos recriar o mundo, somos jovens demais para sermos velhos.”
Quando
você começou a fazer esses “discursos”?
Na noite em que o Leblon era incendiado por barricadas
de fogo, em 17 de julho, começou, naturalmente, essa analogia de nosso país com
os escritos de Jim. É um discurso improvisado em que Jim e eu, cidadão
brasileiro, nos misturamos, usando como espinha dorsal a obra do cantor que
dizia que a única obscenidade é a violência. Gosto quando ele diz “eu não estou
falando de revolução, estou falando de amor!” O que falta aos políticos é amor
pelo povo brasileiro. A falta de amor gera o egoísmo, o gosto pelo poder e pelo
dinheiro. Isso é o estopim da corrupção.
O
que inspirou você a fazer o discurso dizendo “eu vou parar com tudo”?
Jim, depois de ter sido preso, resolveu abandonar o
rock e a vida de estrela nos EUA. Essa inspiração do abandono, e não do
enfrentamento, se deu também pelas manifestações dos professores. Esperávamos
“um milhão pela educação” na segunda passada, no Rio, com o gigante despertando
de novo. Infelizmente, o que aconteceu não foi isso (a passeata acabou em
pancadaria). Tem gente botando tudo a perder. Sempre inflamo a plateia, neste
dia joguei água fria. Ancelmo
Gois/O Globo
-Beatles ou The Doors?
The Doors... disparado!
Pesquisa Q&M: “James Douglas
Morrison (Melbourne, 8/12/1943 - Paris, 3/6/1971) foi um cantor, compositor e
poeta norte-americano, mais conhecido como o vocalista da banda de rock The
Doors. Foi o autor da maior parte das letras da banda. Após aumento explosivo
da fama do The Doors em 1967, Morrison desenvolveu uma grave dependência de
drogas e do álcool que culminou na sua morte com 27 anos de idade em Paris.
Morrison era conhecido por muitas vezes por sua “spokenword”, textos e poesias
improvisadas enquanto a banda tocava ao vivo. Devido à suas performances e sua
personalidade selvagem, ele é considerado por críticos e fãs como um dos
vocalistas mais icônicos, carismático e pioneiro do rock da história da música.
Ele foi influenciado por Friedrich Nietzsche, cujas opiniões sobre a estética,
moralidade e dualidade iria aparecer em sua poesia/canções. Dentre tantos
outros ele leu as obras do francês simbolista poeta Arthur Rimbaud, cujo estilo
também iria influenciá-lo mais tarde.”
As prioridades do programa de governo do candidato do PSDB à
Presidência, Aécio Neves, segundo um dirigente tucano, são: “destravar a
economia, combater a corrupção, estabelecer regras estáveis para o mercado e
profissionalizar o funcionamento das agências reguladoras”. Não é conhecida
ainda a abordagem para o social. Ilimar
Franco/O Globo
Não é necessário conhecer “a abordagem para o social” e explico minha
tese: Atualmente o enredo, genérico, das novelas é o seguinte: Uma família rica,
rica não, riquíssima + uma família pobre com elementos meio debiloides + uma
supercriança + um ou vários filhos bastardos + um grande segredo + um grande
assunto do momento em voga na mídia (coisas tipo casais homo, bi ou tri sexuais;
uma síndrome socialmente aceitável como down, autismo ou transtornos psicóticos
do tipo bipolaridades, alcoolismo; tráfico de drogas, de pessoas;
obesidade/aneroxia etc...) + fenômenos paranormais fashions + uma cidade no
exterior para abertura da novela + meia dúzia de mulheres bonitas + meia dúzia
de homens sarados + meia dúzia de poderosos patrocinadores... e aí é só
misturar tudo, editar em capítulos e acompanhar as pesquisas de audiência.
Tirando a meia dúzia de mulheres bonitas e a meia
dúzia de homens sarados, programa de candidato político segue a mesma generalidade,
né não?
Quando Felipe Massa disse em entrevista que não iria mais
ajudar Fernando Alonso, confesso que me animei. Era a hora de “faca nos
dentes”. Em Cingapura, o brasileiro largou na frente do espanhol, mas não
conseguiu cumprir a promessa porque Alonso disparou na frente. Mas no Japão,
enfim, Massa peitou os italianos. O vice-campeão de 2008 estava na
frente do companheiro e, ao receber a ordem pelo rádio, sequer respondeu.
Alonso teve que passá-lo “no braço”. E, obviamente, conseguiu. É
muito mais piloto do que Massa, os números e os títulos mostram isso.
Mas o mais importante é a atitude de Felipe. Isso porque, em 2010, o
brasileiro cedeu e entregou de bandeja a liderança do GP da Alemanha para
Alonso. De quebra, ganhou o carimbo eterno de “capacho” do espanhol.
Demorou mais de três anos até, domingo, dar o recado que todo torcedor
apaixonado por F-1 sempre quis que ele tivesse feito: “Quer passar? Então,
te vira”. Isso é competição justa.
“Nada como um
pé-na-bunda pro cara virar macho... saudades de Nelson Piquet e Airton”
comentou Sérgio Chear, que também enviou o texto acima. Confira na íntegra