*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

“Você não conquista mas­sas com coisas inteligentes” - Marques Rebêlo, escritor e jornalista

A turma se reunindo no Rio de Janeiro, pra comemorar o Dia do Professor 

Uma pesquisa recém-divulgada mostra que o Brasil não tem motivos de sobra para festejar o Dia Mundial do Professor [hoje, 15 de outubro], celebrado em mais de cem nações hoje. O país é um dos que menos respeitam os seus professores, de acordo com estudo inédito da Fundação Varkey Gems, sediada nos Emirados Árabes.

A entidade analisou a forma como o docente é valorizado em 21 países, escolhidos segundo critérios de representação regional e de desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). No chamado ranking de status do professor, o Brasil está em penúltimo lugar, à frente apenas de Israel. Do outro lado da lista, China, Grécia e Turquia, respectivamente, são os países que mais respeitam os seus docentes [...] Na questão salarial, dos 21 países pesquisados, o salário médio do docente brasileiro só é maior do que no Egito e na China. Confira

Nota de rodapé: A Justiça do Rio suspendeu a sessão plenária da Câmara dos Vereadores que aprovou a proposta do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, para servidores da rede municipal de ensino, nesta sexta-feira (11). A liminar foi concedida pela juíza Roseli Nalin, de acordo com o Tribunal de Justiça, após pedido de nove vereadores, que contestam a forma como a votação foi realizada, sem a presença de professores na plenária. Desta forma, a lei sancionada pelo prefeito Eduardo Paes está suspensa. Leia 

O ex-presidente Lula convocou o ministro Guido Mantega e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo para tratar dos efeitos do impasse americano na economia. O debate foi segunda-feira no Instituto Lula. Mantega disse que o Brasil está preparado para o calote americano. Belluzzo previu que o efeito no mundo será devastador. Ilimar Franco/O Globo

O Brasil pode até estar preparado para o calote americano – até porque duvido da castidade destas manobras - mas o Mantega não está preparado para o Brasil. Um cara, que teoricamente não exerce função pública nenhuma, que detenha tal poder, convoca o Ministro da Fazenda que... (em hipótese seria o cara que teria autoridade para fazer tal convocação, pois na verdade é quem detém etc. etc.)... acata a convocação do cara, que teoricamente não exerce etc... numa boa.

Fico cá a pensar com meus 51 neurônios - eram 34, porém, na última manutenção, recuperaram mais 17 (antes de morrer ainda consigo um QI) - mas não percamos o foco, como dizia fico cá a pensar se o ex-chanceler alemão, Gerhard Schröder, convocasse Philipp Rösler, (atual ministro da “Economia e Tecnologia” na Alemanha, que equivale ao nosso Ministério da Fazenda*), para dar explicações sobre os efeitos do calote americano sobre a economia germânica, qual seria a reação de Angela Merkel? Tenho a leve impressão que a resposta seria algo parecido a: “Fick Schröder!”, com todo o respeito. (*) pesquisa Q&M

Nota humorística de rodapé: “Mantega afirma que BNDES nada perdeu com a crise das empresas do Eike” - Enviado por Samuca Mac Dowell

Jim Morrison no dia de sua condenação
por “exposição indecente", no palco.
No princípio, o público achou aquilo muito estranho. Sempre ao final de “Jim”, peça sobre Jim Morrison, líder da banda The Doors, o ator Eriberto Leão faz um discurso inflamado. Na segunda, dia 7, falou algo assim: “Essas últimas semanas foram conturbadas. Tô pensando em parar. Sei que a casa tá cheia, mas a solidão dos loucos que fazem arte tá dolorida. Vocês ficam vendo essas palhaçadas e bobagens, como futebol, e pra gente a solidão tá foda.” Teve leitor que escreveu para a coluna achando que Eriberto, de 41 anos, tinha enlouquecido. Mas não é nada disso. É que o ator anda preocupado com o Brasil e quer provocar a plateia. Por isso escolhe sempre um discurso de Morrison, morto há 42 anos de overdose, aos 27 anos, e venerado até hoje pelo mundo afora. “O Brasil está num momento de mudança, mas a gente não pode ser morno. A gente tem que querer de fato mudar. É como dizia o Jim: Vamos recriar o mundo, somos jovens demais para sermos velhos.”
Quando você começou a fazer esses “discursos”?
Na noite em que o Leblon era incendiado por barricadas de fogo, em 17 de julho, começou, naturalmente, essa analogia de nosso país com os escritos de Jim. É um discurso improvisado em que Jim e eu, cidadão brasileiro, nos misturamos, usando como espinha dorsal a obra do cantor que dizia que a única obscenidade é a violência. Gosto quando ele diz “eu não estou falando de revolução, estou falando de amor!” O que falta aos políticos é amor pelo povo brasileiro. A falta de amor gera o egoísmo, o gosto pelo poder e pelo dinheiro. Isso é o estopim da corrupção.
O que inspirou você a fazer o discurso dizendo “eu vou parar com tudo”?
Jim, depois de ter sido preso, resolveu abandonar o rock e a vida de estrela nos EUA. Essa inspiração do abandono, e não do enfrentamento, se deu também pelas manifestações dos professores. Esperávamos “um milhão pela educação” na segunda passada, no Rio, com o gigante despertando de novo. Infelizmente, o que aconteceu não foi isso (a passeata acabou em pancadaria). Tem gente botando tudo a perder. Sempre inflamo a plateia, neste dia joguei água fria. Ancelmo Gois/O Globo

-Beatles ou The Doors? The Doors... disparado!

Pesquisa Q&M: “James Douglas Morrison (Melbourne, 8/12/1943 - Paris, 3/6/1971) foi um cantor, compositor e poeta norte-americano, mais conhecido como o vocalista da banda de rock The Doors. Foi o autor da maior parte das letras da banda. Após aumento explosivo da fama do The Doors em 1967, Morrison desenvolveu uma grave dependência de drogas e do álcool que culminou na sua morte com 27 anos de idade em Paris. Morrison era conhecido por muitas vezes por sua “spokenword”, textos e poesias improvisadas enquanto a banda tocava ao vivo. Devido à suas performances e sua personalidade selvagem, ele é considerado por críticos e fãs como um dos vocalistas mais icônicos, carismático e pioneiro do rock da história da música. Ele foi influenciado por Friedrich Nietzsche, cujas opiniões sobre a estética, moralidade e dualidade iria aparecer em sua poesia/canções. Dentre tantos outros ele leu as obras do francês simbolista poeta Arthur Rimbaud, cujo estilo também iria influenciá-lo mais tarde.”

As prioridades do programa de governo do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, segundo um dirigente tucano, são: “destravar a economia, combater a corrupção, estabelecer regras estáveis para o mercado e profissionalizar o funcionamento das agências reguladoras”. Não é conhecida ainda a abordagem para o social. Ilimar Franco/O Globo

Não é necessário conhecer “a abordagem para o social” e explico minha tese: Atualmente o enredo, genérico, das novelas é o seguinte: Uma família rica, rica não, riquíssima + uma família pobre com elementos meio debiloides + uma supercriança + um ou vários filhos bastardos + um grande segredo + um grande assunto do momento em voga na mídia (coisas tipo casais homo, bi ou tri sexuais; uma síndrome socialmente aceitável como down, autismo ou transtornos psicóticos do tipo bipolaridades, alcoolismo; tráfico de drogas, de pessoas; obesidade/aneroxia etc...) + fenômenos paranormais fashions + uma cidade no exterior para abertura da novela + meia dúzia de mulheres bonitas + meia dúzia de homens sarados + meia dúzia de poderosos patrocinadores... e aí é só misturar tudo, editar em capítulos e acompanhar as pesquisas de audiência.

Tirando a meia dúzia de mulheres bonitas e a meia dúzia de homens sarados, programa de candidato político segue a mesma generalidade, né não?

Quando Felipe Massa disse em entrevista que não iria mais ajudar Fernando Alonso, confesso que me animei. Era a hora de “faca nos dentes”. Em Cingapura, o brasileiro largou na frente do espanhol, mas não conseguiu cumprir a promessa porque Alonso disparou na frente. Mas no Japão, enfim, Massa peitou os italianos. O vice-campeão de 2008 estava na frente do companheiro e, ao receber a ordem pelo rádio, sequer respondeu. Alonso teve que passá-lo “no braço”. E, obviamente, conseguiu. É muito mais piloto do que Massa, os números e os títulos mostram isso. Mas o mais importante é a  atitude de Felipe. Isso porque, em 2010, o brasileiro cedeu e entregou de bandeja a liderança do GP da Alemanha para Alonso. De quebra, ganhou o carimbo eterno de “capacho” do espanhol. Demorou mais de três anos até, domingo, dar o recado que todo torcedor apaixonado por F-1 sempre quis que ele tivesse feito: “Quer passar? Então, te vira”. Isso é competição justa.

Nada como um pé-na-bunda pro cara virar macho... saudades de Nelson Piquet e Airton” comentou Sérgio Chear, que também enviou o texto acima. Confira na íntegra