*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

“Minha geração acreditava que para o Brasil mudar por completo bastava o fim da ditadura. Linda ingenuidade. Da esquerda à direita, há uma unanimidade de que educação e cultura são conversas de salão”. Luiz Costa Lima, crítico literário

A Light [Rio de Janeiro] foi autorizada a reajustar as tarifas de energia elétrica em 4,68% a partir desta quinta-feira (7), com objetivo de cobrir os custos da empresa e os “gatos” na rede. Para reduzir os "gatos'', a Aneel quer que a Light crie uma tarifa diferencida para áreas onde ocorrem roubo de mais de 30% de energia. A Light tem 180 dias para apresentar este projeto, que tem como objetivo estimular os consumidores a buscar a regularização.

Poucos meses atrás, a presidente Dilma anunciou, em cadeia nacional, a redução da tarifa de energia elétrica. Agora, alegando perdas com furto, o manjadíssimo "gato", a Light penaliza os consumidores que pagam regularmente suas contas, com aumento de 4,68% nas tarifas residenciais. O emaranhado de fios nas comunidades carentes sugerindo a adoção de tal prática é visível, já tendo sido registrado inúmeras vezes em jornais e TVs. Usam e abusam da energia elétrica, o dia inteiro, às custas dos tolos.

E continuarão usando, cada vez mais, estimulados e beneficiados pelos programas sociais do governo a adquirir novas máquinas de lavar, aparelhos de ar, ventiladores, computadores etc. A Aneel somente tomou conhecimento disso agora? Se sabia, não previu a perda? Deveríamos - naquele dia do anúncio da presidente - ter vestido o modelito de "gato escaldado", traje apropriado para a sofrida população pagante de impostos, agora surpreendida com esse "presente pré-natalino". – Comentário de Maria da Graça Cunha Fabor para Seção Cartas/O Globo

Legal né? Em vez de coibir o abuso – aliás, furto de energia elétrica é crime previsto em lei - a Light, em conluio com a Aneel, repassa ao consumidor a conta da sua incompetência, ou como disse a Maria, repassa à população a responsabilidade de cuidar destes felinos... meliantes. 

Tá certo isso Arnaldo? - “É aqui mesmo, patrão, R$ 150 na minha mão. Falta meia hora pra começar, essa chuva que não para, vamos ali para debaixo da marquise. Setor Norte? Esgotado nada. Ô, Carlos Eduardo, o patrão aqui quer do lado do Mengão! (Carlos Eduardo se chama Gelson, mas é gordo e não joga nada, igual àquele camisa 20 dos infernos, o senhor concorda?) Na nossa mão sempre tem. Atende aqui, Carlos Eduardo! Vamos arrumar um lugar caprichado pro patrão aqui ver de pertinho o Brocador meter gol neles. Padrão Fifa, meu camarada!”

Ô meu patrão, Setor Norte é o lugar mais caro do estádio, a área VIP do Maraca, onde fica a nação rubro-negra! Ali acontece a festa, a emoção de verdade. Garantido. Isso, o meio é pra turista, notei que o senhor entende do babado aqui. Só porque é pro senhor, que é patrão, R$ 200. Mais cedo, estava R$ 250. Sei que o preço oficial é R$ 100, no sócio-torcedor é R$ 50, mas todo mundo quer — e olha ali, a bilheteria já fechou. Posso confessar? O senhor deu sorte. No Flamengo x Botafogo, foi tudo embora rapidinho, a R$ 250”.

“Todo jogo grande, eles se enrolam para vender os ingressos. Ontem, informaram que tinha esgotado, as bilheterias não abriram mais, e o povo que fez aquela fila foi embora. Estava aqui, foi um tumulto, todo mundo reclamando um monte. Mas na nossa mão ainda tem. Na nossa mão sempre tem! Carlos Eduardo, corre aqui, depressa. Vamos perder essa pança, meu querido!”

O pessoal tem até ingresso de cativa para vender. Mas o que o povo procura mesmo é o Setor Norte. Pode acreditar: vai ter lugar vazio lá dentro. Pena, porque estádio lotado, ainda mais de vermelho e preto, fica muito mais bonito. Se depender da gente, vendemos tudo.”

“Veio de carro, meu patrão? Temos aqui um lugarzinho VIP para estacionar, sem estresse. Suave, suave. O guardinha é parceiro, não só não multa como toma conta. A calçada é nossa, sem susto. O reboque passa do outro lado, nem é com ele. Seu carro fica no sossego. Preferiu o táxi? Tá certo. Nessa chuva, com esse trânsito, muito melhor. Bacana é que sabe viver”. Por Aydano André Motta/O Globo - Leia na íntegra

Cunversinha de minerim: O presidente do PSDB e candidato tucano à presidência, o senador Aécio Neves (MG), está minimizando a declaração da ex-atleta Fernanda Venturini, mulher do técnico da seleção brasileira masculina de Vôlei, Bernardinho. Esta disse hoje que ele não será candidato ao governo do Rio embora tenha se filiado ao PSDB.
-A mulher do Bernardinho não quer que ele seja candidato - disse um senador tucano ao abordá-lo agora à noite.
Aécio Neves, que recém casou-se com a ex-modelo gaúcha Letícia Weber,  contra-atacou com bom humor:
-Imagina a minha mulher. Ela também não quer que eu concorra à presidência. A Letícia me disse um dia desses que se eu perder o pleito por um voto, foi o dela. Ilimar Franco/O Globo

Nunca antes na história daquele país acontecera algo igual. Sete anos depois de levar Michelle Bachelet à Presidência, na primeira eleição de uma mulher para o mais alto cargo de uma nação sul-americana, o Chile inova mais uma vez. Não apenas uma, mas duas mulheres lideram as pesquisas nas eleições presidenciais chilenas, marcadas para o dia 17. De um lado está a própria Bachelet, socia­lista e hoje na oposição. Do outro, a candidata da direitista UDI, Evelyn Matthei... É a primei­ra candidata presidencial feminina de seu bloco político. Trata-se de mais um forte sinal de que, na América do Sul, lugar de mulher é no poder. Por Rodrigo Turrer/Época

Mas nem todas as mulheres pensa assim: “Toda mulher é burra” - É de Susana Vieira a frase [ao lado]. Entrevistada no "Damas da TV" ela conta que foi abordada por uma espectadora que reclamou da burrice de Pilar, sua personagem na novela. "Aí eu falei assim: 'Querida, todas as mulheres são burras em relação aos homens. Todas já fomos traídas, todas somos idiotas, todas cuidamos do marido que volta, doente, porque a amante não quis. Enfim, todas as mulheres são burras." Vai ao ar quarta-leira, no Viva. Por Cleo Guimarães/Gente Boa/O Globo

#Só se fala disso na sociedade goiana: Andressa Mendonça, a fabulosa patroa de Carlinhos Cachoeira, ficou visivelmente incomodada com o surgimento no noticiário de Vanessa Caroline, a jovem ex-amante de um dos fiscais do esquema de fraudes no recolhimento do ISS em São Paulo.

São casos absolutamente diferentes – Andressa defendeu seu companheiro o tempo todo que ele passou na cadeia –, mas desde a aparição de Vanessa no ‘Fantástico’ entregando as mamatas do pai de seu filho, o circuito da corrupção no Brasil tem nova musa em evidência.

Além de muito mais loura, Vanessa leva sobre Andressa a vantagem de posar de testemunha-chave da roubalheira, ou seja, só pensa em fazer as mãos com a própria Justiça – e vice-versa! Não importa de que lado esteja, Vanessa chegou às páginas de jornal para ocupar a lacuna que Andressa deixou no noticiário: a imprensa, como se sabe, adora alimentar o mito da mulher de bandido. Desde Maria Bonita é assim! Tutty Vasques/Estadão

#Prostitutas passam a aceitar cartões para pagamento de programa em MG. Depois de investir em capacitação com aulas de idiomas, profissionais do sexo mais uma vez buscam aprimorar o atendimento aos clientes em Minas Gerais. A partir de agora, algumas prostitutas também receberão pelos programas por meio de cartões de crédito e débito. A novidade, segundo a presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira, somente foi possível graças a uma parceria com a Caixa Econômica Federal. “Foi o primeiro banco a reconhecer a nossa profissão, sem preconceito”, pontua. Leia

Você disse que uma das desilusões de sua geração é o fato de o o país não ter se transformado por completo depois da ditadura... Como mudou o ambiente intelectual do pais nesse período?
O Brasil não tem tradição forte de debate intelectual, por vários motivos. Uma razão é que a universidade como grande centro de reflexão, uma tradição no Ocidente, é muito recente entre nós. Uma segunda razão é o analfabetismo generalizado. Fui posto fora da universidade pela ditadura porque trabalhava com o serviço de alfabetização de Paulo Freire, que, aliás, sofria oposição tanto da direita quanto do Partido Comunista. Penso que o problema hoje se alastrou, em vez de ter diminuído como apresentam as cifras oficiais, porque temos um analfabetismo alfabetizado, o que chamam de "analfabetismo funcional". É um problema mais amplo do que se imagina, atinge até professores. Trecho da entrevista com Guilherme Freitas, por Leo Martins/Prosa/O Globo - Enviado por Antonio de Pádua