Segundo episódio: Haja poço
nesse fundo
A Polícia
Federal abriu inquérito para apurar supostas irregularidades no Petros, o fundo
de pensão dos funcionários da Petrobras. Em depoimento à PF, no ano
passado, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, um dos auxiliares do
doleiro Alberto Youssef, apontou uma conexão entre o fundo de pensão, Youssef e
o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O doleiro foi preso durante a Operação
Lava Jato, que investiga desvio de dinheiro e pagamento de propina em contratos
da Petrobras.
lSegundo o depoimento do advogado, o Petros adquiriu
R$ 13 milhões em créditos da Indústria de Metais do Vale, como parte de um
acerto que teria incluído o pagamento de R$ 500 mil em propina a dirigentes do
fundo. CONFIRA... tem maisè: A agência de classificação de risco
Moody's informou nesta terça-feira (24) que rebaixou todas as notas de crédito
da Petrobras. A empresa perdeu grau de investimento - aplicações
consideradas seguras para os investidores. A nota de risco da dívida foi
rebaixada de Baa3 para Ba2. A empresa passou a ter grau especulativo. A Moody's
foi a primeira das três grandes agências de risco a rebaixar a nota de crédito
corporativo da Petrobras para grau especulativo. A empresa ainda tem grau de
investimento pelas agências Fitch e Standard & Poor's. CONFIRA.
Em
um ato precedido por confronto entre militantes petistas e defensores do
impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva partiu nesta terça-feira, 24, em defesa de sua afilhada política após
um dos períodos mais longos de afastamento entre os dois. Para o petista, a
presidente “não pode dar trela” e deve “levantar a cabeça” ante as
investigações do esquema de corrupção na Petrobrás.
“A nossa companheira
Dilma Rousseff tem que deixar o negócio da Petrobrás para a Petrobrás, a
corrupção para o ministro da Justiça ou para a Polícia Federal. A Dilma tem que
levantar a cabeça e dizer ‘eu ganhei as eleições’... Dilma não pode e não deve
ficar dando trela, se não a gente fica paralisado”, afirmou Lula no evento
convocado pela Central Única de Trabalhadores (CUT) e Federação Única dos
Petroleiros (FUP) em defesa da Petrobrás, realizado na sede da Associação
Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio... CONFIRA
A presidente
Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 25, que o rebaixamento da nota de
crédito a Petrobrás é "uma falta de conhecimento" do que está
acontecendo na empresa... Ela ponderou, no entanto, que a estatal tem
"grande capacidade de se recuperar sem grandes consequências". A
presidente disse ainda que o governo sempre tenta evitar este tipo de
rebaixamento, mas lamentou que não tenha ocorrido "correspondência"
por parte agência. Questionada, a petista disse não acreditar que o downgrade
sofrido pela Petrobrás afete a nota de risco do País. CONFIRA
êAs
ações da Petrobrás, como era de esperar, abriram em queda o pregão desta
quarta-feira, 25... Por volta das 11h30, os papéis ordinários da empresa caiam
7,08%; preferenciais, 7,71%. Ambos os papéis eram vendidos por pouco mais de R$ 9,00...
CONFIRA
è Em verdade em verdade, toda
essa barafunda entre Ministério Público, Policia Federal, advogados pra cá e
promotores pra lá - o que consome milhões, milhões e outros tantos milhões de Reais,
diários - é culpa da Moody's e, portanto, se a Justiça brasileira pedir o
impedimento, o bloqueio, o embargo etc.., da Moody's*, o problema “Petrobras” tá
resolvido? Simples assim!
Nota de rodapé:
Temendo um risco de contágio para a
economia brasileira, o governo Dilma Rousseff tentou o quanto pôde demover a
Moody's da decisão de rebaixar a nota da Petrobras. Alertada há um mês da
possibilidade de perder o selo de boa pagadora, a presidente da República
escalou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para tentar convencer a agência a
recuar. CONFIRA
Da série: Porque me ufano do meu
País!
“Momento Odebrecht”
MO1 - O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou durante
visita ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos, no Estaleiro e Base Naval,
em Itaguaí, no Rio, nesta terça-feira, que não se pode " parar o país para
ficar assistindo ao espetáculo da investigação", em referência à Operação
Lava-Jato. O ministro defendeu a importância das grandes empresas e disse que
são motivo de orgulho para a imagem do Brasil no exterior, citando como exemplo
a Odebrecht...
“Eu entendo que o
Brasil tem que separar duas coisas: as investigações que correm pelo MP, pelo
poder judiciário e pela PF e a nossa agenda de governo. A luta contra a
corrupção é ininterrupta, porque onde tem dinheiro tem sedução. Infelizmente é
assim em qualquer parte do mundo. Agora, não vamos parar o país para ficar assistindo
o espetáculo da investigação... Eu digo sempre que um país é conhecido em
outros países pelo seu futebol, pela sua música, pela sua cultura, pela sua
natureza, mas é muito conhecido pelas suas empresas nacionais. A gente quando
fala da Alemanha lembra da Siemens, da Volkswagen, quando fala dos EUA a gente
lembra da IBM e por aí vai. E hoje a gente tem o orgulho de dizer que lá fora
também nos conhecem por algumas das empresas, inclusive a Odebrecht, que
construiu o aeroporto de Miami e faz obras no mundo inteiro... Eu separo e não
tenho nenhum constrangimento da gente estar aqui. A empresa é uma grande
empresa e se tiver problema, graças a Deus funciona o poder judiciário, a
Polícia Federal e o MP. Vamos investigar, mas não vamos jogar a criança com a
água suja fora. Vamos só jogar a água suja e proteger a criança, que são as
nossas empresas”, afirmou Wagner - CONFIRA
MO2 - A
decisão do governo Dilma Rousseff de financiar a construção de térmicas a
carvão na República Dominicana levou alegria ao Palácio Nacional, em Santo
Domingo, e à sede da Odebrecht, na Praia de Botafogo, no Rio. Os seis mil
quilômetros que separam os edifícios foram abstraídos no mapa de interesses dos
governos e da empreiteira brasileira.
Dilma ajudou a revigorar a campanha do presidente dominicano
Danilo Medina em sua batalha doméstica para mudar a Constituição, para poder
disputar novo mandato em 2016. E renovou o fôlego da Odebrecht em plena crise,
detonada pelas investigações sobre corrupção na Petrobras, que expõe as
construtoras em indigência de caixa e de crédito.
lO empréstimo de US$ 550
milhões do BNDES Social à República Dominicana foi autorizado na terça-feira,
30 de dezembro. Negócio regular, mas peculiar. Em valor ultrapassa a soma do
apoio dado pelo BNDES nos últimos 17 anos às exportações para países vizinhos
como o Chile. Equivale à metade dos financiamentos do banco à Venezuela durante
os governos Hugo Chávez e Nicolás Maduro, até setembro. É pouco mais de meio
bilhão de dólares para duas usinas térmicas a carvão. Créditos a esse tipo de
indústria, altamente poluidora, estão praticamente banidos do cardápio de
instituições internacionais, como o Banco Mundial. No BNDES, a prioridade é a
venda do “conteúdo nacional”. O banco repassa os recursos diretamente à
exportadora - no caso Odebrecht, em consórcio com a italiana Tecnimont e o
empreiteiro dominicano Manuel Estrella. José Casado/O
Globo em 24/02/2015 - Leia
na integra
*A Moody fornece avaliações de crédito, pesquisa,
ferramentas e análises que contribuam para os mercados financeiros transparentes
e integrados. Corporação Moody (NYSE: MCO) é a empresa-mãe da Moodys
Investors Service, que oferece ratings de crédito e instrumentos e títulos de
dívida de pesquisa que abrange, e Analytics Moody, que oferece software de
ponta, serviços de consultoria e pesquisa de crédito e análise
econômico-financeira gestão de riscos. A Corporação, que registrou receita
de US $ 3,3 bilhões em 2014, emprega cerca de 9.900 pessoas no mundo e mantém
uma presença em 33 países. A sede da empresa é em Nova Iorque.