*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Especial: Cadê a Petrobras que tava aqui?

Episódio2: La nave era 


Ação: A Petrobras afirmou nesta quinta-feira (29) que irá reduzir os investimentos e desacelerar o ritmo de alguns projetos em razão da atual situação financeira da companhia e das perdas relacionadas ao esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Segundo a presidente da estatal, Graça Foster, a carteira de exploração da Petrobras vai se restringir ao "mínimo necessário".
O investimento previsto no plano de negócios foi revisto para US$ 42 bilhões por ano, redução de 25%. No fim de 2015 haverá desinvestimentos (venda de ativos) de US$ 3 bilhões, perto do que foi registrado em 2014 de US$ 3,5 bilhões.
"A essência do plano é a revisão do crescimento da Petrobras em 2016. Vamos reduzir o investimento, e evitar contratar novas dívidas. A área de produção que era prioritária, hoje toma maior dimensão", disse Graça. CONFIRA
Reação: O escândalo de corrupção na Petrobras criou um novo efeito colateral: adiou a meta de autossuficiência na produção de derivados (diesel e gasolina), que a Petrobras previa atingir até 2020. A decisão da Petrobras de reduzir seus investimentos em refinarias vai resultar já neste ano em um aumento de mais de 27,5% nas importações de diesel, de acordo com estimativa do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Em 2016, a balança comercial do setor será ainda mais negativa, quando se prevê uma alta de 43% nas compras do combustível, aumentando a dependência do Brasil, na avaliação de especialistas do setor. CONFIRA
Reação em cadeia: A Odebrecht Ambiental era a única empresa que fazia o tratamento da água de produção nas plataformas da Petrobras. Por conta da Lava-Jato, a estatal não renovou o contrato. Toda essa água imunda está sendo despejada de volta no mar. Ancelmo Gois/O Globo

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou todos os ratings da Petrobras na noite desta quinta-feira (29), citando preocupações com investigações sobre corrupção na estatal e possível pressão sobre a liquidez da companhia em função de atraso na divulgação de resultados financeiros auditados... A avaliação de risco é um sistema de nota desenvolvido por agências de análise de riscos para alertar os investidores de todo o mundo sobre os perigos do mercado ou da empresa que eles escolhem para aplicar seu dinheiro.
Na tarde desta quinta-feira, a Petrobras admitiu a possibilidade de não pagar dividendos a acionistas, dependendo da avaliação da situação financeira da companhia. Dividendos correspondem a parcela dos lucros da companhia que são distribuídos entre os acionistas. CONFIRA

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda nesta sexta-feira (30), pressionada pelas perdas nas ações da Petrobras, depois que a estatal anunciou, na véspera, que pode não pagar dividendos a seus acionistas por causa dos desdobramentos das denúncias de corrupção envolvendo a estatal.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caiu 1,79%, aos 46.907pontos. Veja a cotação. Este é o menor patamar de fechamento desde o dia 19 de março de 2014, quando a bolsa fechou aos 46.567 pontos. Na semana, a bolsa caiu 3,83% e no mês, 6,20%. No ano, há baixa acumulada de 6,20%. As ações da Petrobras voltaram a cair. Os papéis ordinários (com direito a voto) caíram 5,08%, cotados a R$ 8,04 CONFIRA #Q&Mè... bota ordinário nisso. 

O jornal britânico “Financial Times” cobrou da presidente Dilma Rousseff que ela explique “o que sabia” do esquema de corrupção na Petrobras e “quando soube” dele. Em artigo publicado na última sexta-feira, o jornal destaca que, apesar de não haver acusações de que Dilma estaria diretamente envolvida no esquema alvo da Operação Lava-Jato, ela deve explicações, já que fez parte do Conselho de Administração da estatal durante boa parte do período investigado. Ao se referir à diretoria da Petrobras, a publicação afirma que “o tempo para ser indulgente já passou”.
No texto, intitulado “Limpando a bagunça na Petrobras”, o “Financial Times” afirma que a empresa “representa o melhor e o pior do Brasil”, referindo-se à competência técnica, de um lado, e à corrupção, de outro. “Isso não tem apenas consequências corporativas”, ressalta o artigo, destacando que as denúncias também ameaçam a economia brasileira e o governo. “A Petrobras é grande demais para fracassar. Mas também é corrupta demais para continuar como está”, argumenta. CONFIRA
Nem tudo está perdido: Após escândalo de corrupção, investigado na Operação Lava-Jato, o papel da estatal vem perdendo valor e chegou a R$ 8,18 no pregão de sexta-feira, 30 de janeiro, na Bolsa de Valores de São Paulo. Foi o menor nível da ação em 11 anos. Com esse valor, por exemplo, dá pra comprar:
2 abacaxis (R$ 4 cada) nas feiras livres, para neutralização um possível má digestão.
1 pacote de lenços de papel Kleenex de bolso (4x10 Unidades), para chorar o prejuízo
1 terço de madeira com 1.000 Ave-Marias por R$ 7,59 para rezar para a ação subir.
2 pacotes de Papel Higiênico Personal Neutro 60m Com 4 Unid por R$ 4,05, para... cê sabe.
Fonte inspiradora: O Globo/Economia

Após permitir que os recursos da companhia escoassem pelo ralo, o Conselho da Petrobras admitiu que as ações da empresa atingiram, pela primeira vez, o Volume Morto. "Estamos estudando o bombeamento via BNDES", explicou Graça Foster, enquanto trocava duas ações majoritárias por uma média requentada numa padaria.
O Conselho da empresa estuda ainda a aquisição de uma bacia hidrogáfica no deserto do Atacama. "O investimento inicial para perfurarmos o local em busca de contratos aditivados foi orçado em R$ 44 bilhões, mas estamos negociando. A ideia é fechar em torno de 86 bilhões", explicou Patrício Antunes, diretor de Ílicitos.
Graça Foster espera que outro recorde importante seja alcançado esta semana: "Além da marca histórica do Volume Morto, nossas ações estão prestes a atingir um nível mais baixo do que esta edição do Big Brother", comemorou.