*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Dilma é o “cara batuta” de amanhã?

Cadê a grana que estava aqui?; foi lá pra Suíça...; tá malocada numa conta numerada; e o tal do Cerveró; só de olho na bolada.” Letra da marchinha de um bloco de carnaval no Rio. Enviado por Ana Maria Machado para Ancelmo Gois/O Globo

Punir e ser capaz de combater a corrupção não pode significar a destruição de empresas privadas também. As empresas têm de ser preservadas, as pessoas que foram culpadas é que têm que ser punidas - Dilma Rousseff aos seus 39 ministros, em pronunciamento sobre empreiteiras envolvidas em escândalos
As empreiteiras são protagonistas de um grande e danoso esquema criminoso de sangria de recursos públicos - Deltan Dallagnol,  procurador da República, ao contestar o argumento de que as empresas são vítimas



Tramitam no STF com o maior grau de sigilo 42 petições relativas ao envolvimento de autoridades no esquema de corrupção desvendado na Operação Lava-Jato. Os processos são ocultos - ou seja, não há no andamento do STF, de acesso público na internet, qualquer menção aos números das investigações, aos nomes dos suspeitos ou às datas de autuação. As petições devem ser transformadas em inquéritos depois da análise do Ministério Público Federal e, só então, as investigações serão oficialmente iniciadas...
Além da fatia das investigações que ficou no STF, foram transferidos casos para o Superior Tribunal de Justiça, que é o foro indicado para investigar governadores, por exemplo. Outros casos voltaram para as mãos do juiz federal Sérgio Moro, que conduz o caso na primeira instância, em Curitiba. CONFIRA
Tem mais: Durante o depoimento do delegado da Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo, um dos coordenadores da Operação Lava Jato, ficou claro que Ricardo Pessoa, dono da UTC, negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. CONFIRA#Q&MèVixe! Isso sinaliza que o número de petições, digamos, tende ao infinito.
Mas não é bolinho não: O procurador-geral Rodrigo Janot tem reclamado com amigos da pressão ostensiva de líderes de todos os partidos, do PT ao PSDB. Eles pedem para excluir nomes da lista de parlamentares envolvidos na Lava-Jato, que Janot pretende enviar nos próximos dias ao STF. Ancelmo Gois/O Globo 



No último domingo de 2014, os russos encara­ram de forma distinta a iminência de uma crise que pode fazer sua eco­nomia parar pelos próximos dois anos. Sob uma temperatura de 10 graus ne­gativos, cerca de 1500 pessoas protes­tavam no parque Gorki, ao lado do rio Moscou, que praticamente não se mo­via, coberto por blocos de gelo. A sú­bita desvalorização do rublo, que de­sestabilizou o país em dezembro, fez com que hipotecas tomadas em moeda estrangeira se tornassem, em questão de dias. impagáveis. "Minha prestação, que era de 60 000 rublos (o equivalente a 2500 reais), passou para 100.000 rublos", disse Olga Kuchkovskaya, executiva de uma fabricante de cos­méticos. Os demais manifestantes xin­gavam os bancos, que supostamente os teriam enganado, e colhiam assina­turas para uma petição ao Parlamento.
Nos últimos meses de 2014, os rus­sos foram assombrados por velhos, mas conhecidíssimos, fantasmas. His­toricamente dependente do petróleo, a economia russa vive tempos de pe­núria. Para piorar, a recente queda na cotação do petróleo pegou a Rússia num momento que já era difícil o bastante... Nos últi­mos seis meses, o rublo perdeu 44% de seu valor. Apenas no dia 16 de de­zembro, na "terça-feira negra", a que­da foi de 20%.  Trecho da reportagem “Cansados de crise” de João Werner Grando, para a revista Exame 21/01 2015. Leia na íntegra
Mas que o Putin é um bom companheiro, um cara batuta, ninguém pode negar: A vodca está um pouco mais barata na Rússia, depois que o governo baixou o preço mínimo regulamentado da bebida nacional, em meio à grave crise econômica e uma inflação galopante que encareceram praticamente todos os produtos de primeira necessidade.
"Com esta baixa querem tranquilizar o povo. Tentam diminuir o descontentamento das pessoas em razão da subida generalizada de outros produtos. Porque este país, na verdade, é um país bebedor", disse um consumidor. No mesmo dia em que o transporte público subiu uma média de 7% em Moscou, o preço mínimo de uma garrafa de meio litro de vodca passou de 220 para 185 rublos, quantidade que equivale a menos de US$ 3 ou pouco mais de 2 euros no câmbio atual. CONFIRA
#Q&MèSerá que nós seremos eles amanhã? E com uma agravante: nossa bebida nacional é a cachaça.



Após a previsão de crescimento para 2015 atingir o volume morto, o ministro do Apocalipse, Joaquim Levy, fez novas promessas para o ano que se inicia. "Já batemos nossas metas para o descumprimento dos abastecimentos de luz e água. Até o final do mês, de acordo com nosso austero planejamento, faltará gás. Estamos prevendo a falta de telefone para o segundo semestre", revelou, enquanto apertava o cinto.
Dilma anunciou que premiará o empenho do governador Geraldo Alckmin. "O estado mais rico do Brasil está sempre na vanguarda. Faltaram votos para mim. Agora, além de luz, água, telefone e gás, Alckmin prometeu criar condições para que falte Wi-Fi em São Paulo", celebrou a mandatária.
Nota de rodapé: Acusado de manter um olho no peixe e outro no gato durante as investigações da Operação Lava Jato, Nestor Cerveró, ex-diretor de abastecimentos ilícitos da Petrobras, foi condenado a permanecer em Curitiba. "Estou desnorteado...”, lamentou Cerveró.
The i-piauí herald/revistapiaui/estadão



Bastou um boato e uma reunião entre Maria das Graças Foster com a presidente Dilma para que o mercado começasse a precificar o quanto valeria a Petrobras caso tivesse outro presidente. Ou quanto valor a petroleira recuperaria caso Graça saísse de lá. Ao fim do pregão, a resposta dos investidores foi que o custo da administração desacreditada é de quase R$ 16,5 bi.
Volátil, o mercado procura por motivos para inflar ou esvaziar a cotação da empresa. Mas nesse caso o movimento parece vazio, sem razão. A troca de Graça Foster por outro executivo não mudaria quem de fato manda na administração da Petrobras...
O mercado parece acreditar, pela valorização de hoje, que a saída de Graça Foster resolve mais de R$ 16 bilhões em problemas da companhia. Se esqueceram que seu substituto será escolhido pelo Planalto, que continuaria determinando as decisões do Conselho, o mesmo órgão que aprovou a compra de Pasadena, que deixou passar as obras superfaturadas e a política de preços que sangraram os cofres da Petrobras nos últimos anos. O Conselho, atente, ainda é presidido por Guido Mantega. Miriam Leitão/O Globo - CONFIRA