“Cadê a grana que estava aqui?; foi lá pra Suíça...; tá
malocada numa conta numerada; e o tal do Cerveró; só de olho na bolada.”
Letra da
marchinha de um bloco de carnaval no Rio. Enviado por Ana
Maria Machado para Ancelmo Gois/O Globo
Punir e ser capaz de combater a corrupção não pode
significar a destruição de empresas privadas também. As empresas têm de ser
preservadas, as pessoas que foram culpadas é que têm que ser punidas - Dilma Rousseff aos seus 39 ministros, em
pronunciamento sobre empreiteiras envolvidas em escândalos
As empreiteiras são protagonistas de um grande e danoso
esquema criminoso de sangria de recursos públicos - Deltan Dallagnol, procurador da
República, ao contestar o argumento de que as empresas são vítimas
Tramitam
no STF com o maior grau de sigilo 42 petições relativas ao envolvimento de
autoridades no esquema de corrupção desvendado na Operação Lava-Jato. Os
processos são ocultos - ou seja, não há no andamento do STF, de acesso público
na internet, qualquer menção aos números das investigações, aos nomes dos
suspeitos ou às datas de autuação. As petições devem ser transformadas em
inquéritos depois da análise do Ministério Público Federal e, só então, as
investigações serão oficialmente iniciadas...
Além da fatia das investigações que ficou no STF, foram
transferidos casos para o Superior Tribunal de Justiça, que é o foro indicado
para investigar governadores, por exemplo. Outros casos voltaram para as mãos
do juiz federal Sérgio Moro, que conduz o caso na primeira instância, em
Curitiba. CONFIRA
Tem mais: Durante o depoimento do delegado da Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo, um dos coordenadores da Operação Lava Jato, ficou claro que Ricardo Pessoa, dono da UTC, negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. CONFIRA – #Q&MèVixe! Isso sinaliza que o número de petições, digamos, tende ao infinito.
Tem mais: Durante o depoimento do delegado da Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo, um dos coordenadores da Operação Lava Jato, ficou claro que Ricardo Pessoa, dono da UTC, negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. CONFIRA – #Q&MèVixe! Isso sinaliza que o número de petições, digamos, tende ao infinito.
Mas não é
bolinho não: O procurador-geral Rodrigo Janot tem reclamado com
amigos da pressão ostensiva de líderes de todos os partidos, do PT ao PSDB. Eles
pedem para excluir nomes da lista de parlamentares envolvidos na Lava-Jato, que
Janot pretende enviar nos próximos dias ao STF. Ancelmo
Gois/O Globo
No
último domingo de 2014, os russos encararam de forma distinta a iminência de
uma crise que pode fazer sua economia parar pelos próximos dois anos. Sob uma
temperatura de 10 graus negativos, cerca de 1500 pessoas protestavam no
parque Gorki, ao lado do rio Moscou, que praticamente não se movia, coberto
por blocos de gelo. A súbita desvalorização do rublo, que desestabilizou o país
em dezembro, fez com que hipotecas tomadas em moeda estrangeira se tornassem,
em questão de dias. impagáveis. "Minha prestação, que era de 60 000 rublos
(o equivalente a 2500 reais), passou para 100.000 rublos", disse Olga
Kuchkovskaya, executiva de uma fabricante de cosméticos. Os demais
manifestantes xingavam os bancos, que supostamente os teriam enganado, e
colhiam assinaturas para uma petição ao Parlamento.
Nos últimos meses de 2014, os russos foram assombrados por
velhos, mas conhecidíssimos, fantasmas. Historicamente dependente do petróleo,
a economia russa vive tempos de penúria. Para piorar, a recente queda na
cotação do petróleo pegou a Rússia num momento que já era difícil o bastante... Nos últimos seis meses, o rublo perdeu 44% de seu valor. Apenas no
dia 16 de dezembro, na "terça-feira negra", a queda foi de 20%. Trecho da
reportagem “Cansados de crise” de João Werner Grando, para a revista Exame
21/01 2015. Leia
na íntegra
Mas que o Putin
é um bom companheiro, um cara batuta, ninguém pode negar: A vodca
está um pouco mais barata na Rússia, depois que o governo baixou o preço mínimo
regulamentado da bebida nacional, em meio à grave crise econômica e uma
inflação galopante que encareceram praticamente todos os produtos de primeira
necessidade.
"Com esta baixa
querem tranquilizar o povo. Tentam diminuir o descontentamento das pessoas em
razão da subida generalizada de outros produtos. Porque este país, na verdade,
é um país bebedor", disse um consumidor. No mesmo dia em que o
transporte público subiu uma média de 7% em Moscou, o preço mínimo de uma
garrafa de meio litro de vodca passou de 220 para 185 rublos, quantidade que
equivale a menos de US$ 3 ou pouco mais de 2 euros no câmbio atual. CONFIRA
#Q&MèSerá
que nós seremos eles amanhã? E com uma agravante: nossa bebida nacional é a
cachaça.
Após
a previsão de crescimento para 2015 atingir o volume morto, o ministro do
Apocalipse, Joaquim Levy, fez novas promessas para o ano que se inicia.
"Já batemos nossas metas para o descumprimento dos abastecimentos de luz e
água. Até o final do mês, de acordo com nosso austero planejamento, faltará
gás. Estamos prevendo a falta de telefone para o segundo semestre",
revelou, enquanto apertava o cinto.
Dilma anunciou que premiará o empenho do governador Geraldo
Alckmin. "O estado mais rico do Brasil está sempre na vanguarda. Faltaram
votos para mim. Agora, além de luz, água, telefone e gás, Alckmin prometeu
criar condições para que falte Wi-Fi em São Paulo", celebrou a mandatária.
Nota de
rodapé: Acusado de manter um olho no peixe e outro no gato durante
as investigações da Operação Lava Jato, Nestor Cerveró, ex-diretor de
abastecimentos ilícitos da Petrobras, foi condenado a permanecer em Curitiba.
"Estou desnorteado...”, lamentou
Cerveró.
The i-piauí
herald/revistapiaui/estadão
Bastou um boato e uma reunião entre Maria das Graças Foster
com a presidente Dilma para que o mercado começasse a precificar o quanto
valeria a Petrobras caso tivesse outro presidente. Ou quanto valor a petroleira
recuperaria caso Graça saísse de lá. Ao fim do pregão, a resposta dos
investidores foi que o custo da administração desacreditada é de quase R$ 16,5
bi.
Volátil, o mercado procura por motivos para inflar ou
esvaziar a cotação da empresa. Mas nesse caso o movimento parece vazio, sem
razão. A troca de Graça Foster por outro executivo não mudaria quem de fato
manda na administração da Petrobras...
O mercado parece acreditar, pela valorização de hoje, que a
saída de Graça Foster resolve mais de R$ 16 bilhões em problemas da companhia.
Se esqueceram que seu substituto será escolhido pelo Planalto, que continuaria
determinando as decisões do Conselho, o mesmo órgão que aprovou a compra de
Pasadena, que deixou passar as obras superfaturadas e a política de preços que
sangraram os cofres da Petrobras nos últimos anos. O Conselho, atente, ainda é
presidido por Guido Mantega. Miriam Leitão/O
Globo - CONFIRA