*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Da série: Indigne-se Dilma – parte II

"Os traficantes devem estar assustados, mas o tráfico não vai parar. Há muita demanda, até porque a Indonésia é usada como centro de distribuição das drogas para outros países asiáticos...” Kathryn Bonella

Nevando em Bali, livro que expõe em detalhes o submundo das drogas na mais famosa ilha do arquipélago que forma a Indonésia, chama a atenção não apenas pela descrição da mistura de crime e hedonismo no paraíso turístico que recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano.

Muitos dos traficantes entrevistados pela escritora e jornalista australiana Kathryn Bonella para o livro eram brasileiros. Entre eles, Marco Archer, que no último sábado se tornou o primeiro brasileiro executado no exterior. Para Bonella, no entanto, o mais significativo foi o fato de Archer ter sido também o primeiro ocidental a receber a pena de morte na Indonésia. Para a australiana, a morte estourou o que ela chama de "bolha da fantasia" para os brasileiros envolvidos com o tráfico no país.

"A morte de Marco foi decididamente o que se pode chamar do fim de uma fase. Sempre se soube que o tráfico na Indonésia é punido com a pena de morte, mas as autoridades indonésias jamais tinham ido até o fim na punição a ocidentais... Ao mesmo tempo que isso não vai acabar com o tráfico em Bali, eu imagino que muitos brasileiros vão pensar duas vezes diante da próxima oportunidade de contrabandear drogas para a Indonésia. Mas duvido que isso vá durar para sempre. Há uma grande demanda por drogas em Bali, é um lugar para onde turistas do mundo inteiro vão para se divertir sem os mesmos limites vistos na maioria dos lugares do mundo. Rafael, um dos traficantes brasileiros mais ativos em Bali, tinha uma mansão que contava com um trampolim para pular do quarto à piscina...”,

"Os brasileiros que encontrei tinham basicamente o mesmo perfil. Eram surfistas que viram no tráfico, em especial de cocaína, uma chance de se manter em Bali e viver uma vida de fantasia, pegando ondas, indo a festas e encontrando belas mulheres... Eles eram todos de classe média, com escolaridade e conhecimento razoável de inglês. Entraram no tráfico pela curtição, não por uma necessidade econômica. Queriam viver tendo do bom e do melhor...” afirma Bonella, em entrevista à BBC Brasil. CONFIRA

#OPINIÃO: Desde a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso, condenado à morte por tráfico de drogas e fuzilado pelas autoridades da Indonésia no último sábado (17), surgiram nas redes sociais comunidades comemorando a morte do carioca. Eventos falsos chegaram a anunciar a transmissão ao vivo dos últimos momentos de Cardoso com a narração de Galvão Bueno. “Ele merecia isso", "bem feito!"  foram frases que apareceram nos últimos dias. Talvez cause estranhamento o fato de aplaudir a execução de um compatriota no exterior... CONFIRA
#OPINIÃOQ&M: Não sou - nunca serei - a favor da pena de morte, ponto! Mas que é preciso mais austeridade e menos direitos humanos hipócritas, é! Senão, descamba, como por exemplo, no ocorrido abaixoê
O maior traficantes de Goiás e do Entorno do Distrito Federal, segundo as polícias das duas unidades da Federação, ganhou a liberdade na noite desta terça-feira (20/1). A decisão partiu do juiz federal Leão Aparecido Alves, titular da 11ª Vara Criminal de Goiânia, que concedeu o alvará de soltura a Marcelo Gomes de Oliveira. 
No habeas-corpus, o magistrado argumentou somente que Marcelo é réu em dois processos, que tramitam na 1ª e na 2ª Vara de Execução Penal de Goiânia. Marcelo aguardava julgamento na Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia. Ele estava preso em uma cela de segurança máxima na Penitenciária Odenir Guimarães.” CONFIRA