*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Indigne-se Brasil!

Todos esses fatos são estilhaços da mesma crise que tem agora o PMDB no epicentro. Há uma forma de fazer política que está sendo contestada no Brasil pela luta contra a corrupção, através da ação de pessoas, investigações policiais, atuação do Ministério Público e da Justiça. E os últimos dias foram cheios de contra ataques dos políticos a esse esforço de mudar a política no Brasil.

A reação da Justiça contra a nomeação de Moreira Franco para ministro repete a mesma situação que aconteceu com o ex-presidente Lula: cargo de ministro não pode ser biombo para proteger ninguém. Não são casos diferentes, ao contrário do que disse a advogada-geral da União. Se ele já estava no governo, para que mesmo recriar um ministério apenas para promovê-lo a ministro. Ele nem mudou de função Miriam Leitão para O Globo

   
Não é só a ORCRIM que manobra para destruir a Lava Jato. A imprensa também colabora. O Estadão publicou um editorial vergonhoso, cheio de mentiras sobre os procuradores de Curitiba. Leia um trecho:

Não é segredo para ninguém que procuradores atuantes na Lava Jato – entre eles o seu coordenador, o procurador da República Deltan Dallagnol – defendam a possibilidade de condenar uma pessoa mesmo que paire alguma dúvida se de fato ela cometeu o crime do qual é acusada” - Como é que é? A Lava Jato condena inocentes? E tem mais:

Prevalece, por exemplo, a tendência, a pretexto de combater a corrupção, de condenar todas as doações empresariais feitas a partidos e políticos, como se todas fossem igualmente ilícitas. Como se sabe, doação empresarial não é coisa boa para uma democracia, como bem reconheceu o STF, considerando-a incompatível com a Constituição. No entanto, por um bom tempo, elas foram legais. Tratar todas como se fossem propina é um despautério jurídico, com graves efeitos políticos e sociais. Se quem pode e deve falar se cala, dá assim sua vênia. Pode até ficar bem com certos colegas no momento, mas corre o sério risco de não ser perdoado pela história

Esse é exatamente o mesmo argumento usado pela ORCRIM para justificar o saque à Petrobras. Mas é mentira. A Lava Jato, com o Código Penal na mão, trata propina como propina, caixa dois como caixa dois, lavagem de dinheiro como lavagem de dinheiro, quadrilha como quadrilha e doação legal como doação legal – Do artigo “Imprensa contra a Lava Jato” - O Antagonista nesta quinta (9) 

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