“Ponha-se na
presidência qualquer medíocre, louco ou semianalfabeto, e vinte e quatro horas
depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma,
convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que
faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco
em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição,
empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela
bajulação, transforma-se num monstro perigoso.” General
Olímpio Mourão Filho que participou ativamente do movimento integralista e do Golpe
de Estado no Brasil em 1964
A economia vai sobreviver à crise política?
-Estamos fazendo
um esforço enorme para que haja uma separação, uma manutenção do nível de
confiança. Vivemos uma crise fiscal, que é mais complicada, demora mais tempo
para ser resolvida. A inflação você entra, dá um corte, e os problemas são
solucionados muito rapidamente. Uma crise fiscal é um hábito de gastos do
governo que traz questões políticas muito mais complicadas.
Que questões são essas?
-As pessoas
gostam de gastar. Acham que o dinheiro do governo é infinito. Mas o governo não
produz riqueza. Ele vive da riqueza produzida pelo cidadão. A solução dessa
questão econômica é vital para o futuro do país. - Essas pérolas e tantas outras são trechos
da entrevista de Moreira Franco ao Correio Braziliense no domingo 25 – leia
na íntegra.
-A afirmação
“o governo não produz riqueza. Ele vive da riqueza produzida pelo cidadão”
deveria ser um mantra cantado sempre antes da abertura dos trabalhos no
Congresso brasileiro pra lembrar a estes caras que o Estado existe para servir
o indivíduo e a sociedade e que eles, os nobres deputados e senadores, são
pagos - e muito bem pagos - pra fazer este serviço. Aliás, esta frase deveria
estar impressa na bandeira nacional ao lado da “Ordem e Progresso”.
Empresário pode
trabalhar sem pagar propina? – Aqui, dois líderes
empresariais contestam Joesley Batista (foto), o comprador de boi e de
políticos (não necessariamente nesta ordem) que disse à “Época” que
“empresários obrigados a lidar com agentes públicos no Brasil têm de pagar para
conseguir trabalhar”.
Eduardo Eugênio,
presidente da Firjan, diz ser inacreditável, além de imoral, alguém pensar
assim. “Isso é coisa de quem não gosta de concorrência. Faz uma opção pela lei
do menor esforço, quer ganhar dinheiro fugindo da competição”.
Ângela Costa, presidente
da Associação Comercial, também rechaça a ideia. “Ninguém pode negar que,
muitas vezes, agentes públicos (não todos, claro) impõem dificuldades às
empresas, na expectativa de venderem ‘facilidades’”. Ainda assim, segundo ela,
a maioria das empresas resiste: “Talvez seja mais difícil resistir para aqueles
que são dominados só pela ambição pelo dinheiro”.
Em tempo: Ângela
é a primeira mulher a presidir essa associação patronal, fundada em 1834. Mas
aí é outra história - Ancelmo Góis/jornal O Globo
Aliás e a despropósito: O Conar recebeu denúncias
contra as propagandas da operadora de turismo CVC. Elas tinham como título “CVC
Brasil: Eu não preciso de um psicólogo. Só de uma boa viagem”, e “Você não
precisa de terapia... apenas de uma boa viagem”. De acordo com as queixas, as
mensagens “discriminam e desvalorizam” psicólogos e terapeutas. A CVC
desculpou-se e retirou os anúncios da internet, mas nem seria preciso. O Conar
não viu nada de ofensivo e arquivou todas as denúncias - Cleo Guimaraes/Blog
Gente Boa/jornal O Globo
-É como reza a lenda: Quem não tem competência não se estabeleça... e ponto final.
No ano passado, enquanto UPAs, escolas técnicas, universidades, hospitais e até
batalhões da PM funcionavam com dificuldades, o Ministério Público decidiu
comprar “notebooks diferenciados para trabalhos gráficos” por R$ 107 mil. Eram
computadores da Apple novinhos em folha, além de estojos e equipamentos. Aliás,
quando o assunto é tecnologia, o Tribunal de Justiça não fica atrás: pagou R$
17,5 mil por 12 fones de ouvido — ou seja, salgados R$ 1.458 por cada aparelho.
[...].
Um levantamento
feito pelo gabinete do deputado Eliomar Coelho (PSOL), a pedido do GLOBO,
mostra que, enquanto o Executivo era forçado a reduzir despesas, algumas
instituições que recebem repasses do estado aumentavam o custeio e os
investimentos. Entre 2014 e 2016, o Tribunal de Justiça, a Assembleia
Legislativa, o TCE, o Ministério Público e a Defensoria Pública aumentaram em
R$ 1,3 bilhão as despesas nos cofres fluminenses. [...].
O levantamento
feito pelo gabinete do deputado Eliomar Coelho mostra exemplos de excesso de
gastos. O TCE, por exemplo, que deveria zelar pela austeridade do estado, teve
uma explosão de despesas com combustíveis, diárias de viagens, alimentação e
limpeza. Entre 2014 e 2016, aumentaram 301%, passando de R$ 58,6 milhões para
R$ 235,5 milhões... Desde o ano passado, é possível identificar extravagâncias
em contratos disponíveis no site do TCE. Em 2016, o tribunal decidiu reformar
seu auditório, a um custo de R$ 1,3 milhão. Também gastou R$ 53 mil na produção
de filmes institucionais educativos que explicam suas atribuições - Leia
na íntegra
Sempre que ligo
a tevê no noticiário político, o PSDB está deixando o
governo ou decidindo ficar com ele. O partido não conhece aquela teoria da
dissonância cognitiva. Ela afirma que, uma vez feita uma escolha, a tendência é
reforçá-la com racionalizações.
Se escolhemos
rosas brancas no lugar das amarelas, tendemos a ressaltar a beleza das brancas
e a enfatizar os defeitos das amarelas.
O PSDB ou está
saindo ou ficando. Se decide ficar, faz precisamente o contrário do que
acontece na dissonância cognitiva: começa a refletir sobre as vantagens de
sair.
No momento em
que toma a decisão do desembarque, certamente vai falar muito das vantagens de
ficar no governo. Enfim, parece ter uma permanente incapacidade de tomar
decisões e seguir com elas - Trecho do artigo “O futuro dos predadores” de Fernando
Gabeira/O Globo – Leia
na íntegra
-Que me perdoe a tal “dissonância cognitiva”, mas
nas reuniões do Clube dos Vigaristas Internacionais essa tática é mais conhecida
como “The syndrome of sit on the fence“
motivada pela pouca-vergonha; descaramento; impudência e cinismo... e não necessária,ente
nesta ordem.
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