*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 5 de junho de 2017

E lo galinheiro va

O Brasil é institucional. Não é caudilhesco, nem personalista. Seja quem for na PF, a investigação continuará. Não depende de pessoas, é institucional. Não é mais coisa de governo, nem de Ministério Público, de Judiciário. É uma demanda de Estado, da sociedade civil, da sociedade brasileira”. Torquato Jardim, durante a cerimônia de posse como ministro da Justiça, avisando que, embora pareça justamente o contrário, pensar em mudar o comando da Polícia Federal e cortar o orçamento destinado a operações policiais são maneiras bastante eficazes de fortalecer a Lava Jato” – Augusto Nunes/Veja

   
Em novembro de 2010, numa entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, o marqueteiro João Santana, deslumbrado com a vitória da dupla formada por Dilma Rousseff e Michel Temer, garantiu que a seita lulopetista havia chegado ao reino dos céus pela rota do Planalto.
Acabara de eleger uma mulher que tinha tudo para ocupar no imaginário brasileiro o trono à espera de uma rainha. E no banco de reservas, além do príncipe consorte Michel Temer, sentava-se ninguém menos que Lula, o Pelé da política.
Neste outono, nos depoimentos à Lava Jato, o delator premiado demonstrou que até Maria I, a Louca, era muito mais confiável e mentalmente equilibrada que a monarca provida de um neurônio só, transferiu o Pelé de araque para o banco dos réus e provou que Michel Temer fez bonito enquanto esteve alojado na corte infestada de vigaristas.
O que nem Santana consegue entender é por que tanta gente acreditou por tanto tempo nas fantasias que criou para apresentar como salvadores da pátria três estadistas de galinheiro. Augusto Nunes/Veja CONFERE LÁ

Não é preciso ter uma informação privilegiada para apostar na possibilidade de o ex-assessor do Palácio do Planalto Rodrigo Rocha Loures, preso ontem pela manhã em Brasília, fazer uma delação premiada, denunciando o presidente Michel Temer. Assim como também são consequências naturais das investigações as delações dos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega. Rocha Loures com mais razão ainda, pois não parece desses militantes convictos que se calam para ajudar o partido, como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari ou José Dirceu, que, condenado várias vezes por corrupção, tenta preservar artificialmente a narrativa do “guerreiro do povo brasileiro”.
Nem Palocci nem Mantega são desse tipo, embora petistas de raiz. Pelo que já se sabe, no esquema de corrupção implantado pelo PT, ajudaram o partido e se ajudaram, assim como Dirceu, mas não têm, mesmo falsa, uma biografia heroica a preservar - Merval Pereira/O GloboLeia na íntegra

Se o "7 a 1" virou sinônimo de humilhação no país após a derrota da seleção brasileira para a Alemanha na Copa de 2014, políticos e empreiteiras também se esforçam para deixar legado no mesmo sentido. Construídos ou reformados para o evento por cifras por vezes bilionárias, os estádios utilizados no Mundial têm aparecido recorrentemente em investigações como instrumentos de que os envolvidos nas obras teriam lançado mão para favorecimento próprio, seja sob a forma de sobrepreços, propinas ou caixa dois. Dos 12 estádios pelos quais desfilaram times do mundo todo entre junho e julho de 2014, dez já apareceram em investigações recentes de corrupção. As exceções são a Arena da Baixada, do Atlético-PR, e o Beira-Rio, do Internacional – Leia na íntegra
Nota de rodapé: Especialistas calculam o custo exato da corrupção no Brasil - Todos os dias são novas denúncias nos jornais. Novos relatos de negociatas, trapaças, mentiras atrás de mentiras. Parece que a gente não vai respirar nunca mais. O Brasil paga um preço alto, não só no sentido figurado. Especialistas calcularam para o Fantástico o custo exato da corrupção. Dinheiro que poderia se transformar em escolas, casas, hospitais. E que se fosse devolvido ao seu verdadeiro dono - o povo desse país - garantiria mais que um salário mínimo para cada brasileiro: R$ 300 bilhões! – CONFERE LÁ


   
E vai rolar a festa - Há 33 anos, o clamor por Diretas-Já aglutinou futuros rivais em torno de uma causa comum. Agora, as ruas voltam a pedir eleições diretas para escolher quem ocupará o Palácio do Planalto caso vingue a anunciada queda de um segundo presidente em menos de dois anos.
Mas não espere um "déjà-vu" de 1984 no ato previsto para este domingo (4) no largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, que reunirá artistas como Mano Brown, Pitty e Chico César, movimentos sociais e 40 blocos carnavalescos para pedir a cabeça de Michel Temer (PMDB) e um pleito popular.
Apesar de compartilharem a bandeira "Fora, Temer", grupos de mobilização à esquerda e à direita não conseguem se entender em 2017 – CONFERE LÁ

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