"Não me sinto
confortável em ficar num partido que permanece no governo Temer mesmo depois de
todos os fatos revelados. Não dá para relativizar a questão ética. Participei
de momentos importantes do partido. Mas cansei de vacilações. Espero que o muro
do PSDB seja bastante grande para que o partido se enterre nele"
Miguel Reale Junior, ex-ministro da Justiça, justificando sua saída do PSDB
após o partido decidir ficar no governo do presidente Michel Temer, nesta
segunda 12
O Brasil do faz de
conta
Com
o governo do presidente Michel Temer em crise permanente, a estratégia do Planalto para mostrar que não está paralisado
deverá ser a de adotar medidas com impacto na vida cotidiana das pessoas. O
governo estuda, entre as ações imediatas, a revisão da tabela do Imposto de
Renda, podendo reduzir a maior alíquota cobrada de pessoa física de 27,5% para
18%, agradando a classe média.
A compensação
para a perda de receita viria na taxação de dividendos de pessoas jurídicas.
Sem ter sido debatida ainda pela equipe econômica, a ideia é do núcleo político
do governo. E não é só isso. O pacote de bondades também inclui reajuste
do 4,6% do Bolsa Família. O martelo já foi batido pelos ministros Osmar Terra
(Desenvolvimento Social) e Dyogo Oliveira (Planejamento) - Leia
na íntegra
Quase
um mês depois de o ministro Edson Fachin, relator da
Lava-Jato no STF, ter determinado o afastamento do senador Aécio Neves do
cargo, o Senado ainda não tomou nenhuma providência, e o nome do tucano
continua no painel eletrônico do plenário, o que não o impediria de votar. Em
nota, o Senado informou que não descumpriu a decisão de Fachin e que comunicou
a Aécio seu afastamento por meio de ofício. Ressaltou, porém, que não há
previsão legal para afastamento de senador. “Nem a Constituição Federal nem o
Regimento da Casa preveem a figura do ‘afastamento do mandato de senador’ por
decisão judicial”, afirmou o Senado, acrescentando que aguarda com “serenidade”
informações de como proceder – Leia
na íntegra
O
ministro Marco Aurélio Mello, do STF, cobrou nesta
segunda-feira (12) o cumprimento da decisão judicial que determinou o
afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato de senador.
"Enquanto
não alterada a decisão judicial, ela tem que ser cumprida. Mas, como parece que
nessa quadra é comum deixar-se de cumprir decisão judicial, tempos estranhos,
tempos estranhos", disse o relator do caso – CONFERE
LÁ
O Brasil dos políticos
Os
partidos políticos brasileiros devem quase R$ 120
milhões aos cofres públicos. Alguns desses débitos estão inscritos na Dívida
Ativa da União há mais de 30 anos, segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, responsável por compilar os dados a pedido da Folha, via Lei de
Acesso à Informação. O total da dívida era desconhecido até mesmo por
parlamentares que discutem, neste momento, no âmbito da reforma política, a
possibilidade de conceder um parcelamento
especial para as legendas.
Quase metade da
dívida – R$ 55,6 milhões – é referente a multas eleitorais. O valor inclui
débitos de todas as instâncias partidárias. Hoje, partidos e candidatos estão
sujeitos a multas por irregularidades como campanha antecipada, propaganda
irregular e compra de votos - CONFERE
LÁ
No mais, vida que
segue... Depois de aprovar
uma viagem de 11 deputados para Londres, Atenas e Barcelona, para “conhecer o
legado das Olimpíadas”, a Comissão de Esporte aprovou agora viagens a Moscou e
a São Petersburgo, na Rússia, para, acredite, “tomar
conhecimento de como o país se preparou para sediar a Copa das Confederações de
2017” - Lauro jardim/O Globo
O Brasil dos
economistas
O
Brasil saiu ou não da recessão profunda iniciada há
três anos? Essa dúvida está para a economia assim como a incerteza sobre a
continuidade do governo Michel Temer está para a política nacional.
Ela foi alimentada
pela divulgação recente de dados que mostraram que o PIB (Produto Interno
Bruto) cresceu 1% no primeiro trimestre em relação ao último de 2016,
interrompendo uma sequência de oito quedas consecutivas.
Na opinião dos
sete integrantes do Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos), grupo
formado pela Fundação Getulio Vargas que se dedica a marcar o início e o fim de
períodos de expansão e queda da atividade no Brasil, é prematuro concluir que a
recessão acabou.
Essa não é uma
posição oficial do comitê, que só se manifesta por meio de comunicados por
escrito e é formado pelos economistas Affonso Celso Pastore, Edmar Bacha, João
Victor Issler, Marcelle Chauvet, Marco Bonomo, Paulo Picchetti e Regis Bonelli.
Mas a Folha entrevistou individualmente todos os membros do grupo,
que afirmaram compartilhar dessa opinião – Leia
na íntegra
O Brasil real
Sem
salário há quase três meses (e com atraso também no 13º
salário e nas férias de 2016), o engenheiro químico Evandro Brum Pereira, 61,
resolveu postar neste domingo (11) uma foto pedindo trabalho –e a imagem acabou
viralizando nas redes sociais.
Na imagem feita
pela filha do docente, Thais, 19, Pereira descreve um currículo impecável e
deixa o celular para ofertas de trabalho. “Recebi muitas ligações de gente
pedindo a minha conta bancária para fazer um depósito”, disse ao Abecedário.
“Fiquei emocionado.”
A proposta do
docente ao divulgar a imagem, diz, foi fazer uma manifestação. “As pessoas
precisam saber que docentes e funcionários da UERJ estão sem salário há meses.
Alguém precisa resolver essa situação.”
O engenheiro
químico conta que deixou a iniciativa privada na década de 1990 no setor de
petróleo para entrar na carreira docente. [...]. Para se ter uma ideia, um
docente em final de carreira com um currículo equivalente ao de Pereira (o que
inclui doutorado e pós-doc no exterior) receberia, hoje, um salário líquido de
cerca de 12 salários mínimos ao mês [pouco mais de R$ 11.200]. Os salários,
diz, estão sem reajuste há cerca de uma década –Leia
na íntegra
Nenhum comentário:
Postar um comentário