*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

terça-feira, 12 de abril de 2011

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou disposição ontem para intermediar uma solução para o conflito na Líbia. [...] "Ninguém me chamou. Não sei se ninguém quer. Se a minha presidente ou alguém achar necessário e disser que o Lula pode contribuir, eu contribuiria tranquilamente", afirmou. Estadãonline 07.04.11

Já que ninguém chamou, então que continue todo mundo de bico fechado. Gente, segura esse homem, pois ele é capaz de pedir asilo político para o Kadaf, aqui no Brasil, e aí periga esse cara se candidatar a um cargo político, nas próximas eleições, pelo partido quântico do Kassab – porque quântico? Se a entidade não é de centro, nem de esquerda e nem de direita, é uma experiência probabilística -, mas vamos nos ater ao assunto principal desta prosa que é sobre Lula e suas insinuações pró Kadaf. Pense em outra hipótese, pois em no futebol tudo é possível: vai que ele, Kadaf, se encante e resolva investir no futebol brasileiro e aí vem o Flamengo e o contrata como treinador para colocar ordem na casa... Não, chega, um Adriano no Coríntias e Alexandre Pato namorando a filha do Berslusconi já são emoções demais pro nosso futebol. Dilma segura o Lula, diz pra ele que não é necessário, mas age rápido enquanto é tempo.

E a saga continua: Sobre o imbróglio ocorrido semana passada, onde o jogador do Vôlei Futuro, Michael, foi vítima de uma manifestação generalizada de homofobia, vinda das arquibancadas, em um jogo na cidade de Contagem (MG), ele declarou a Folha: "Foi a primeira vez que vi um ginásio inteiro gritando 'bicha' em alto e em bom som". Michael disse ainda que não poderia se calar diante de tal situação e para isso teve que se expor e revelar publicamente sua homossexualidade.

Esse cara tem que relaxar.  Em entrevista com Ivete Sangalo, um repórter perguntou se ela se sentia ofendia quando, em suas apresentações, o povo gritava em coro “gostosa, gostosa...”, ela respondeu que não, pois “além de se considerar uma grande cantora se achava gostosa mesmo”. Um dos grupos vocais, mais exótico que já existiu por aí foi o “Secos e Molhados”, – isso por volta de 1970 que com certeza era uma época bem mais homofóbica que a de hoje, – fizeram sucesso, deixaram sua marca na música brasileira, mas, tiveram que enfrentar muito preconceito por parte de grupos sociais da época, inclusive da própria imprensa. Foram tantos constrangimentos que acabaram afetando a própria banda, em função da homossexualidade, assumida, de Ney Matogrosso - que na verdade era o único gay do grupo. Resultado: ele saiu do grupo, atropelou os preconceitos e está aí até hoje, fazendo sucesso e sendo respeitado. Por que? Porque era um profissional acima de qualquer preconceito.

Histórias semelhantes devem ter vividos Cauby Peixoto, Cazuza, Cássia Eller e vai por aí... -Ah, mas são artistas, fica mais fácil! Talvez, mas antes de se tornarem artistas e famosos eram, acima de tudo, seres humanos que enfrentaram os desafios das suas opções de vida, superaram conceitos e pré-conceitos e se impuseram como profissionais. É como disse a Ivete: “...sou gostosa mesmo”.

Não seriam esses, alguns bons exemplos para o nosso amigo Michael refletir e assumir que pode ser um bom atleta, independente da sua opção sexual e que o resto, bem o resto são as lantejoulas do oficio... Leis contra descriminações e preconceitos, seja lá de que forma estes se manifestem, podem punir e prender pessoas, mas não acabam com eles. O oprimido é que precisa se conhecer melhor, aceitando e reformulando seus conceitos e estimas.

No almoço, de amanhã (11.04), na da Academia Brasileira de Letras, para festejar os 110 anos de Zé Lins do Rêgo, o mais rubro-negro dos imortais, Ronaldinho Gaúcho vai degustar de entrada um creme de macaxeira com carne seca. O prato principal é carne de sol. A sobremesa bolo de rolo. O cardápio segue as ordens gastronômicas de presidente da casa, o pernambucano Marcos Vilaça. Joaquim F. dos Santos para o jornal O Globo 10.04.11

Até a Academia de Letras já não é mais a mesma. Breve, breve Francisco Everardo Oliveira Silva, o deputado Tiririca, ocupa uma cadeira por lá.     

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