*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

sábado, 16 de abril de 2011

Para tentar mais uma vez dar uma resposta a um fato que chocou o País, o Senado vai discutir agora a possibilidade de fazer um novo referendo sobre a venda de armas. A proposta será levada pelo presidente da Casa, José Sarney, aos líderes partidários, na reunião de hoje, como reação ao massacre na Escola Tasso da Silveira, no Rio. Ontem, o governo federal anunciou que vai adiantar o início da Campanha de Desarmamento para 6 de maio. Estadãonline 12.04.11

Parece grade de programação de Tv paga, de tempos em tempos, tudo se repete. É preciso uma tragédia para sacudir a sensibilidade das autoridades. Sensibilidade ou oportunismo? Pois veja esta matéria publicada no G1 em 09.04.11: Propostas de lei em andamento na Câmara dos Deputados ampliam as possibilidades de porte de arma no país. [...] Em toda a Câmara dos Deputados, tramitam 126 projetos de lei que tratam do porte de arma.

Assim como a finalidade, principal, de um hospital é salvar vidas a de uma arma é matar. Seja ela utilizada em situações justificáveis ou não, quase sempre, cumpre com sua finalidade principal: mata! Existe uma expressão muito usada no noticiário das guerras: “o fogo amigo”, que mata parceiros da mesma ideologia, mata civis, destrói escolas, hospitais e vai por aí. Mas no final fica tudo bem, pois essas perdas são computadas na conta do “fogo amigo”, justificadas pelas falhas humanas, erros de cálculos e equipamentos etc. No final um “-Sentimos muito” das autoridades enterra o assunto, os culpados e os mortos. Fora desse cenário, no nosso dia a dia, sabemos bem o que acontece, é só ler os jornais em qualquer dia da semana, a diferença é que na guerra urbana esses casos são computados como “bala perdida”, mas que promovem a mesma lambança ao final: depois de alguns “sentimos muito”, mortos e culpados são enterrados na vala da banalização da violência.

Fica a pergunta: até onde podemos acreditar na sinceridade das propostas de um Congresso dicotômico onde, de um lado, tramitam propostas que pretendem legalizar o porte de armas e de outro, prepara um referendo propondo desarmar a população? É o samba do crioulo doido ou mais corretamente, do afrodescendente com desvios de comportamento. Ou existem outros interesses, os quais o povo - que é sempre a inspiração para estes enredos psicóticos - desconhece?  

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou nesta terça-feira (13) a criação de um cartão destinado a atender municípios atingidos por catástrofes naturais. [...] “Vamos passar a utilizar o cartão de defesa civil para a transferência de recursos para municípios atingidos. O cartão proporcionará maior agilidade na liberação de recursos, uma vez que evita a abertura de conta para a liberação dos recursos.”, afirmou o ministro. G1 12.04.11

É bom explicar muito bem as regras de utilização deste cartão, aos Srs. Governadores e Prefeitos, pois senão ao primeiro retumbar de um trovão, vai ter político, agilmente, fazendo compra de mês, pra sua dispensa doméstica, utilizando-se das benesses deste cartão.

Falcão foi apresentado como técnico do Internacional-RS nesta segunda-feira e as suas primeiras palavras foram uma espécie de desculpas pela vida de quase 16 anos como comentarista da TV Globo e da rede RBS.  "Como homem de imprensa, por ser muito profissional, eu era remunerado para dar opinião, para elogiar e criticar, mas era aquela minha função, era para isto que era pago", disse Falcão. "Hoje, isto muda, com todo respeito às pessoas da imprensa, mas eu hoje estou do outro lado. Não quer dizer que tem que ser contra, mas estou do lado dos atletas e da instituição, do Internacional", completou. Folhaonline 12.04.11

Como dizia minha vó: -Que conversa de mulherzinha é essa? Pra que tanta explicação? Parece até que ficou devendo alguma coisa ou andou falando o que não devia. Mas “Como homem de imprensa, e por ser muito profissional”, não era pra estar tão preocupado assim. Com toda esta segurança profissional acho que o Internacional está comprando gato por lebre, ou melhor, pombo por falcão.

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