*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O governo do Japão começou a entregar neste sábado (8) as primeiras casas pré-fabricadas para famílias que perderam tudo após os desastres naturais de 11 de março. Os imóveis provisórios foram erguidos na província de Iwate, no nordeste do país. Segundo informou a agência local Kyodo, por enquanto foram construídas 36 residências temporárias na localidade de Rikuzentakata, uma das áreas mais afetadas pelo terremoto e o posterior tsunami. G1 09.04.11

Em menos de um mês o Japão já começa a repor a cidadania perdida, levada pelas ondas da tsunami, à algumas famílias. Mantendo este ritmo é provável que em pouco tempo a maioria das famílias que perderam tudo na tragédia, já esteja morando em algum lugar descente. Esse é o Japão. E como andará o povo que também perdeu tudo nos deslizamentos ocorridos na região serrana do Rio em Janeiro deste ano?

Segundo Patricia Kogut – revista Tv – jornal O Globo, de acordo com as declarações do Faustão, no último domingo (03), deve estar tudo bem, pois ele disse que “após um ano, Nova Friburgo está 100% recuperada” e que iria comemorar com um show...” Além da alienação do apresentador, que chega a ser uma falta de respeito com o povo da região, pois a tragédia ocorreu em Janeiro deste ano, a coisa não é bem assim: não só em Friburgo, mas em Petrópolis e Teresópolis existem áreas em que a defesa Civil ainda nem entrou para avaliar os estragos. Em 28.01 eram 844 o número de mortos contabilizados pelo Instituto Médico Legal e os desaparecidos chegavam a 449, segundo o Ministério Público Estadual. O número de desabrigados [aqueles que perderam tudo e necessitam de abrigos públicos] na Região Serrana chegava a 8.777, enquanto o de desalojados [aqueles que estão na casa de vizinhos ou familiares] é de 20.790. Esses são números de Janeiro e de lá pra não se falou mais no assunto, pois com certeza novas tragédias ocorreram nesse tempo e as prioridades vão se alterando nesse funéreo cronograma das tragédias.

As autoridades só agem enquanto as lentes da mídia estão focadas em cima do problema e este só existe, para a mídia, enquanto for notícia que justifique seu espaço na venda de jornais e revistas. No mais é esperar para que nos próximos dez anos não chova tanto nestas regiões e a Natureza possa fazer o trabalho de restauração do ambiente, pois se depender das autoridades as únicas alterações reais serão as do aumento, nos registros estatísticos, do número de mortos e desaparecidos. cdantas


A Polícia Militar de São Carlos, a 232 km de São Paulo, prendeu nesta quinta-feira (7) um homem suspeito de assaltar quatro vezes a mesma farmácia - duas delas em menos de 24 horas. A farmácia fica no bairro Cruzeiro do Sul.  Folha.com 09.04.11

O correto, e mais prudente, seria oferecer a esse homem sociedade na farmácia.


Em vez de dar auxílio em dinheiro. O governo deveria nos dar incentivo para trabalhar” – de Marilena Ferreira assentada, em entrevista a Letícia Lins - jornal O Globo em 08.04.11   

Stédile reconheceu que o fato de o então presidente Lula ter prometido que faria a reforma agrária "com uma canetada" [...] Mas, segundo Stédile, não foi isso o que ocorreu. Para ele, Lula priorizou o agronegócio em detrimento da agricultura familiar e fez pouco para mudar o modelo agrário do país, Stédile cobra de Dilma mudança na política de Lula e diz que Bolsa Família acomoda militantes. [...]. trecho da mesma matéria - jornal O Globo em 08.04.11   

Quando um tratamento não restabelece a saúde do doente ou se revê o diagnóstico e muda-se a medicação ou então busca-se a opinião de outro doutor. É o caso: se o próprio cidadão reage as esmolas oficiais e o coordenador do MST reconhece que o “Bolsa Família acomoda militantes”, tá na hora de rever essa medicação ou trocar de médico. Sabemos, o que vem de graça não tem o seu valor reconhecido. Sou a favor dessas generosas bolsas, mas como uma solução paliativa até o momento em que, aqueles necessitados, tenham condição de seguir em frete com os recursos gerados pelo seus próprios esforços. Como fazer? Estão aí os doutores das políticas sociais do governo para desenvolver a medicação necessária à cura das nossas doenças sociais. Tem uma música do Gonzaguinha que retrata bem a angústia do sentimento desta exclusão social, imposta pelas bolsas esmolas oficiais. Abaixo, um trecho dos versos dessa música:   

“Um homem se humilha
Se castram seu sonho.
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho...
E sem o seu trabalho
O homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata...
Não dá prá ser feliz!”

Veja na integra a reportagem da Letícia Lins no link:

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