*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

"Olho vivo, que cavalo não desce escada!"
Ibrahim Sued jornalista, crítico e colunista social, lá pela década de 90

Pressionada a fazer uma reforma na equipe para garantir a governabilidade, a presidente Dilma Rousseff avisou ao PT e ao PMDB que não entregará ministérios com "porteira fechada" a nenhum partido da base aliada e disse não ter pressa para mudanças na equipe. "Se forem essas as concessões, não vou fazer. Podem tirar o cavalinho da chuva", disse Dilma durante reunião com 22 deputados da bancada do PT. Leia

É impressionante, embora já fosse hora de não me abalar mais com tais descasos. Mas mesmo assim fica o inconformismo, em saber, que o objeto de cada Ministério, sua eficácia e eficiência são coisas colocadas em segundo plano. Eles, em verdade, são grandes pacotes de moedas de troca, nesse mercado paralelo e decrépito que corre solto por baixo dos panos da República, dita democrática. Mas isso deve acabar em breve, pois a ABCC – Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, a ABPSL - Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano, a ABCR – Associação Brasiliense do Cavalo de Rédeas, estão movendo uma ação de “Reparação por Danos Morais e Materiais”, junto ao MP, pra que o Legislativo retire, imediatamente, o pequeno équus dessa intempérie política.

Nota de rodapé: Os Estados Unidos governam o mundo com cerca de 15 minitérios. A gente tem 39. Será que precisamos de tantos? Ruy Quintans, professor de finanças e economia do Ibemec.
Me permita, o Quintans, um pitaco nessa prosa: ... e com 39, mais que o dobro dos Estados Unidos, a turma não consegue administrar nem um partido... imagina então um país? Um mundo? Bem, só se for no mundo dos conchavos, tramados nas baias, entres as apostas das poules, dos placês, duplas e azarões nos grande prêmios disputados pelo turfe político brasileiro.

Para os que acreditam que beleza é fundamental, o mundo seria muito melhor se a maioria das pessoas fosse ao menos mais parecida com a modelo Gisele Bündchen ou com o ator Brad Pitt, por exemplo. Tratamentos de beleza à parte, já existe tecnologia para dar uma ajuda aos que querem conviver com pessoas mais bonitas. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia constataram que os voluntários que sofreram estimulação elétrica no cérebro passaram a achar as outras pessoas mais atraentes, de acordo com estudo publicado recentemente na revista “Translational Psychiatry”. Os cientistas observaram 99 pessoas que participaram de 15 minutos de “estimulação transcraniana por corrente contínua”. São eletrodos colocados de maneira não invasiva no couro cabeludo que dão choques controlados.  Leia

Mesmo preso a uma cadeira elétrica e sofrendo descargas de 2.000 volts, a cada quinze minutos, eu não me renderia a aceitar certas “caras e bocas”. Fico com o poetinha: “As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental. É preciso que haja qualquer coisa de flor em tudo isso... Não há meio-termo possível*. Pensando melhor, se pudesse escolher, em vez de cadeira elétrica, optaria pela guilhotina... para as muito feias é claro - *Trecho da poesia “Receita de mulher” de Vinícius de Moraes.

Surdos ao barulho do quebra-quebra e dos protestos nas ruas de Fortaleza e outras cidades do Ceará, o governador Cid Gomes e seu vice, Domingos Filho, entregaram o comando do governo ao presidente da Assembleia Legislativa, cruzaram o oceano rumo a distantes paragens. O tour começou dia 25 e vai durar 20 dias. Em 2007, Cid se envolveu num escândalo ao fretar por R$ 388 mil, com recursos públicos, um jatinho para viajar de férias para a Europa, com a família. Na ocasião, ele disse que não fez nada irregular. Já a assessora do vice Domingos Filho, Silvia Gois, não soube explicar qual a sua agenda no exterior. Questionada se a viagem tinha caráter particular ou oficial, ela disse que as duas coisas: “É um mix de viagem particular e oficial”, informando que não poderia detalhar a agenda. Leia

É uma agenda tipo pizza: meio cínica, meio corrupta. 

Cerca de 81% dos brasileiros consideram os partidos “corruptos ou muito corruptos”, segundo pesquisa Ibope divulgada ontem pela Transparência Internacional. Isso quer dizer que quatro de cada cinco pessoas põem em xeque a base da representação política no País. Os números do levantamento concluído em março traduzem uma insatisfação que ficou explícita três meses depois, com a série de manifestações que se alastraram pelas cidades brasileiras. A mesma pesquisa – feita em 2010 pela Transparência Internacional – mostra que, no Brasil, a situação se agravou: três anos atrás, o índice de descontentamento sobre o tema era de 74%. Leia

Tai, ó, não precisa fazer plebiscito. Qualquer criança sabe, qualquer criança brinca... é só perguntar pro Gabrielzinho. Mas é bom essa turma ir tocando a política com mais cuidado, pois pra esse índice de insatisfação chegar a 100%, não deve levar mais três anos não... e aí, a praça dos Três Poderes pode virar uma praça Taksim ou até coisa pior, como uma Tahrir, no Egito.

As semanas se arrastaram, sem nenhum sinal de que os estudantes seriam processados ou libertados em breve. O "comitê de presos" clandestino de apoio aos detidos conclamou os alunos das escolas secundárias de Córdoba a fazerem uma marcha pelas ruas exigindo sua liberdade. Alberto convidou Ernesto, então com 15 anos, a se juntar a eles, porém, surpreendentemente, ele se recusou. Ele aderiria, disse, somente se lhe dessem um revólver. Argumentou com Alberto que a planejada marcha era um gesto inútil, que pouco adiantaria, e os estudantes iam "levar uma surra monumental com cassetetes”.

No trecho acima, Ernesto é Ernesto Guevara, que aos quinze anos já sabia que para se fazer um bom omelete é preciso quebrar alguns ovos.  O texto foi retirado do livro “Guevara - uma biografia” de Jon Lee Anderson, que comecei a ler esta semana pra ver se, digamos, me inspiro um pouco. Já havia lido uma biografia sobre Che – faz tempo - mas achei meio fajuta, essa parece muito boa – foi lançada em 97... mas há de ter muita fé para se crer en la Revolución, pois são quase 900 páginas.