*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

“O mais difí­cil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definir o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra”
Guimarães Rosa

Registro histórico do momento em que Jesus de Nazaré
 expulsa, do Congresso – Ops!,
do Templo, os comerciantes ilegais
O mercador do tempo na TV: Para obter adesões ao seu novo partido, o Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva, está oferecendo aos governadores os cerca de dois minutos de propaganda que a nova legenda terá direito. O partido deve nascer com uma bancada de 30 deputados. O acordo é feito assim: o governador transfere um ou mais deputados para o Solidariedade e ganha o tempo de TV no pleito estadual.

Paulinho já fez este acordo com os governadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Beto Richa (PSDB-PR), André Puccinelli (PMDB-MS), Cid Gomes (PSB-CE) e Eduardo Campos (PSB-PE). O presidente do PSDB, Aécio Neves, que ontem esteve com Paulinho, está transferido três tucanos para garantir o tempo de TV do futuro aliado. Na semana passada, numa casa no Lago Sul de Brasília, no escritório do advogado Tiago Cedraz, cerca de 30 deputados participaram de encontro do novo partido. Devido ao alinhamento com a oposição, o Solidariedade só aceita deputados do PSB e do PSDB quando estes têm problemas regionais internos para disputar a reeleição.

O Solidariedade está bombando. Os governadores estão loucos. Eles estão doidos para ter os dois minutos de TV na eleição. O patinho feio virou cisne”, disse um deputado federal que participa ativamente da formação do novo partido

Mas: O promotor Mauro Faria de Lima (DF) abriu inquérito sobre fraudes na formação do Solidariedade. Uma denúncia apontou o uso de assinaturas falsas, já constatadas, nas fichas de adesão. A suspeita é que cerca de dois mil cidadãos, do cadastro de sócios do Sindicato dos servidores do Congresso, foram para a lista de fundadores do partido do presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva.

A denúncia de fraude, feita ao Ministério Público do Distrito Federal, partiu de um servidor da Câmara, filiado ao Sindilegis. Ele constatou dezenas de assinaturas falsas de colegas de trabalho nas fichas de adesão ao Solidariedade. [...] O denunciante relatou que ao menos duas mil assinaturas foram fraudadas em um escritório de advocacia, em Brasília, por três funcionários do gabinete do deputado Paulo Pereira da Silva (SP) e por um dirigente da Força Sindical.  – Ilimar Franco/O Globo

Seria triste se não fosse uma grandíssima sacanagem. 

Uma nova pesquisa britânica aponta que a promiscuidade pode ser benéfica para as fêmeas, ao aumentar a qualidade genética de suas futuras gerações. O estudo da Universidade de East Anglia analisou a espécie galo-banquiva (Gallus gallus), um parente selvagem da galinha doméstica.[...] "Esse poderia ser o caso em outros animais – incluindo os seres humanos. No entanto, a funcionalidade do teste em mamíferos seria muito difícil, e obviamente impossível em humanos por motivos éticos", diz o principal autor, David Richardson. Leia

Éticos? É que o Dr. Richardson não conhece o ramo homo sapien deputatum foederati muito comum em todo o território brasileiro, desde 1889. Tudo bem que não é um pedigree de homo sapiens sapiens – o nome científico do homem moderno - mas depois do homo neanderthalensis, é o que mais se aproxima da raça atual. E são fáceis de manipular. Dependendo do percentual acertado na licitação ou/e um tempinho a mais na Tv, para divulgação e desenvolvimento desse estudo/pesquisa no Brasil, tornam-se até meigos e parceiros dedicados.

Nota de rodapé: Com o fim do voto secreto no Congresso, já tem deputado em Brasília consultando o regimento interno da Câmara para saber se poderá usar máscara no plenário em dia de decisão sobre a cassação de mandato parlamentar. - Tutty Vasques/Estadão

Obama, às voltas com a guerra civil na Síria, parece não estar muito preocupado com essa denúncia do “Fantástico” de que os EUA espionaram Dilma. Os dois estarão sexta agora em São Petersburgo, a  antiga capital imperial russa, para a reunião de cúpula do G20. Até ontem, não tinham agendado qualquer encontro. Ancelmo Gois/O Globo

Não é de hoje que Dilma Rousseff procura alguém no governo para ser o homem da casa nesses casos de briga com vizinhos. Agora mesmo, falta no Palácio do Planalto quem tome satisfações na medida certa com o valentão do andar de cima que andou espiando a presidente no exercício do poder. Estreando como chanceler em arranca-rabos internacionais, Luiz Alberto Figueiredo mostrou de cara que não tem aquele jeitinho de seu antecessor para, nessas circunstâncias, dizer “ai, ai, ai” pro abelhudo. Mas também não pareceu muito à vontade ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, gritando a toda hora na janela que “isso é inadmissível, inaceitável”!

O chanceler Figueiredo precisa achar logo o tom apropriado para esse bate-boca com o primeiro mundo, antes que a presidente Dilma recorra a seu velho assessor para assuntos aleatórios internacionais: Marco Aurélio Garcia sempre foi francamente a favor de uma intervenção militar nos EUA. Tutty Vasques/Estadão

Nota diplomática de rodapé: Um peruano que vivia na Bolívia foi detido ontem ao tentar entrar no país com um senador boliviano escondido na cueca. Identificado apenas como "Petista", o homem calvo de estatura mediana dirigia um Opala Diplomata modelo 86 quando foi abordado por agentes similares aos policiais do DOI-CODI. "Não sou cubano", defendeu-se Petista, antes de ser vaiado. i-piauí Herald/Estadão

É namoro ou espionagem?
Flagrante do momento em que Obama promete ir fundo para desvendar os segredos de Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (6), na Rússia, que o presidente norte-americano Barack Obama se comprometeu a dar explicações sobre as denúncias de espionagem dos EUA até a próxima quarta-feira. Dilma disse que Obama assumiu responsabilidade "direta e pessoal" sobre as investigações das ações de espionagem. Leia

Se as explicações vão convencer Dilma não se sabe, mas que rolou, rolou.