*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

“Viver é muito perigoso”
Guimarães Rosa

Globo diz desconhecer informações do WikiLeaks sobre investigação envolvendo o Criança Esperança 
Material cita o pagamento de taxa de 10% do valor arrecadado para a Unesco; Globo garante que todo dinheiro vai direto para as contas da instituição.

O documento, de 15 de setembro de 2006, revela um telegrama que teria sido enviado do escritório da Unesco em Paris, na França, para Washington. O material relata uma solicitação de reunião do então embaixador brasileiro na capital francesa, Luiz Filipe de Macedo Soares, com lideranças da entidade da ONU para discutir irregularidades ocorridas no escritório da Unesco em Brasília. Um dos problemas a serem discutidos, mencionados no documento, seria a manipulação do dinheiro movimentado pela campanha Criança Esperança, que já teria levantado US$ 40 milhões (cerca de R$ 94,8 milhões) desde 1986. Segundo o texto, teriam sido repassados à Unesco 10% desse total, por conta de uma “taxa de serviço”. [...] No site oficial da campanha, a Rede Globo informa que “todo o dinheiro arrecadado pela campanha é depositado diretamente na conta da Unesco”. Enviado por Miguel Costa (antigo Miguel Luis) - Confira

Em tempos de #vem pra rua, a gente quer acreditar não acreditando ou não acreditar, porém, mas, todavia... Vou tomar emprestado, do mestre Zuenir Ventura, um trecho de sua crônica “Na era da complicação” - publicada no Globo, 31.08 - que tenta dar uma organizada neste ser ou não ser tupiniquim: “Já foi mais fácil tomar partido. O mundo e as coisas tinham apenas dois lados, o bom e o ruim, o branco e o preto, o certo e o errado, o bonito e o feio. A democracia é que inventou essa complicação de vários pontos de vista, de ambivalência, substituindo o maniqueísmo pelo relativismo. O bem pode estar dentro do mal e vice-versa, entre o preto e o branco há o cinza, entre as luzes e as trevas existe o crepúsculo, e até o feio e o bonito variam conforme o gosto [...] Em suma, trata-se de um mundo complicado que cobra atitude onde tudo é relativo, inclusive essa afirmação”. Leia na integra

Usar o cartão de crédito vai ficar mais caro a partir de setembro deste ano, quando passa a valer a resolução do Banco Central (BC) que autoriza a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Com isso, será tarifado 0,38% sobre qualquer compra ou operação com cartão. A economista Jane Noronha explica que o BC passou a considerar que, ao efetuar uma compra com cartão de crédito, o consumidor está adquirindo, na verdade,  um empréstimo, uma vez que ganha prazo para pagar. "É exatamente sobre este tipo de operação (empréstimo) que o IOF sempre incidiu. O que está mudando é o conceito do que seria uma operação feita com o cartão de crédito", explicou. [...] Quem faz compra internacionais com o cartão de crédito, operação que já incidia cobrança de IOF de 6,38%, terá que desembolsar mais 0,38% do imposto. Enviado por Quinha Alvarenga.

Do site sefaz-mt.jusbrasil.com.br: “As facilidades de uso dos cartões de crédito fazem com que esta seja a opção de pagamento de muitos consumidores. Mas, o Procon Estadual alerta, as compras feitas com cartão de crédito são consideradas à vista e somente o fornecedor deve arcar com as taxas cobradas pelas administradoras do serviço. Qualquer benefício oferecido pelos lojistas ao pagamento à vista deve também ser aplicado às compras com cartão” – Leia na íntegra

Portanto se o “alerta” do Procon é pra valer tem algo sinistro neste empréstimo à vista. Mas que nem a angústia do poetinha(*), de repente do prazer da compra fez-se o pranto e da notícia acima se faz uma aventura errante; de repente, não mais que de repente, me bate a velha compulsão em forma de imposto e me surge a pergunta: Esta alíquota de 0,38% não lhe trás nenhuma lembrança? Vou ajudar: começa com a leta CPMF. É coincidência ou estarei eu a caluniar, a vista, uma intenção do BC, a longo prazo? - (*) Vinícius de Moraes em “Soneto da Separação”. 

Uma semana após livrar da cassação o deputado Natan Donadon em uma votação secreta, a Câmara aprovou nesta terça-feira (3), por unanimidade dos 452 votantes, a PEC que determina voto aberto em todas as votações do Congresso Nacional. O projeto ainda precisa ser aprovado em dois turnos pelos senadores. De autoria do ex-deputado Luiz Antônio Fleury (PMDB-SP), a proposta estava engavetada na Câmara desde 2006, à espera da apreciação em segundo turno. Mas, por falta de acordo, a PEC foi retirada de pauta diversas vezes ao longo dos últimos sete anos. Leia

Sete anos! E ficaria mais setenta vezes sete não fosse a macacaria em que se meteu Henrique Alves e o bando se “suas excelências”, que compõem a legenda simia deputatum foederati. O pepino está agora nas mãos de Renan. Vixe! Tomara que não demore muito por lá, pois Renan, não nega a raça(*).

(*) Um estudo de comportamento animal mostra que os primatas também se sentem injustiçados quando alguém tem uma remuneração diferente para a mesma tarefa executada pelo grupo. O "estudo da injustiça" foi conduzido em 2003 pelo primatologista Frans de Waal, da Universidade Emory (EUA). Dois macacos-prego têm de pegar uma pequena pedra no canto da jaula e entregar do outro lado através de um buraco. A cada vez que faziam o ato mecânico, eles eram recompensados com comida – no entanto, um deles ganhava apenas fatias de pepino e o segundo, uvas.

O primeiro macaco come o pedaço de legume sem culpa quando termina sua tarefa. Mas quando percebe que o colega da jaula ao lado ganha uma recompensa diferente ao fazer o mesmo trabalho, ele se irrita. Agitado, o macaco recolhe e entrega a pedra pela segunda vez e fica esperando sua frutinha como recompensa. Quando ganha apenas um pepino, ele arremessa o pedaço na pesquisadora e começa a se bater na jaula e a emitir sons. Saiba mais detalhes sobre estas macacadas

Enviado por Samuca McDowell

Nota de rodapé: “Cuba libre - Um sábio que acompanha as relações entre Brasil e Cuba aposta que este dinheiro que a ilha vai receber pela exportação de médicos para cá vai servir para amortizar um pedacinho da dívida dos cubanos com o BNDES. O banco financia a construção do Porto Mariel. A obra vai custar cerca de US$ l bilhão, sendo US$ 682 milhões financiados pelo governo brasileiro”. Ancelmo Gois/O Globo