“O Brasil está
vivendo um momento muito difícil. Talvez o mais difícil que já atravessou.
Estamos vivendo a coincidência de crises muito extensas e profundas: a
política, a econômica e a moral. A Lava Jato está mostrando isso: governador
preso, ex-ministro preso, empresas quebradas, a política tendo como objetivo o
enriquecimento pessoal” general Sergio Etchegoyen, ministro-chefe
do Gabinete de Segurança Institucional e comandante da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin), em entrevista a VEJA
Michel Temer
& Delfim Netto almoçaram ontem em São Paulo.
Temer ouviu muito mais do que falou. Delfim é o caso mais longevo de influência
econômica no Brasil. Virou ministro da Fazenda de Costa e Silva em março de
1967. São 50 anos, portanto, no poder ou influenciando-o. Mesmo quando estava
fora dele, nos governos Geisel, Itamar e FHC, por exemplo, seu prestígio e
ascendência sobre o empresariado de São Paulo eram colossais. Lauro jardim/O
Globo
“Quero
meu ovo de volta”... Após
apoiar, ao contrário de seus amigos tucanos, Marina Silva em 2014, o brilhante
economista André Lara Resende, filho do escritor Otto Lara Resende (1922-1992),
volta a surpreender. Coautor dos planos Real e Cruzado, o professor de
Columbia, em artigo no “Valor”, ontem, colocou em dúvida a eficácia da política
de juros altos para combater a inflação... Se ficar provada a tese de André, de
que juro alto não faz bem, vale parodiar mestre Verissimo quando se manifestou
ao descobrirem que ovo, afinal, não faz mal: “Quero todo o meu ovo (no
caso juros baixos) de volta” Ancelmo Gois/O Globo
Nota de rodapé:
O Brasil responderá por mais de um terço dos novos desempregados que vão surgir
em 2017 no mundo todo, com 1,2 milhão de pessoas a mais que perderão seus
postos, reforçando o cenário de que a economia brasileira ainda patina para
começar a se recuperar. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), que prevê que existirão 3,4 milhões a mais de desempregados no mundo
neste ano, levando o total para mais de 200 milhões. No documento, a OIT chamou
a atenção para a deterioração do mercado de trabalho brasileiro, onde a
"recessão mais profunda que o esperado em 2016 vai continuar a ter efeitos
em 2017". Blog do Ari Cunha/Correio Braziliense
O Ministério
Público de Roraima afirma que tinha recomendado ao
Governo do Estado a adoção de medidas que poderiam ter evitado o massacre na
Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na semana passada. Neste sábado (14), a
unidade viveu momentos de tensão, quando dez presos de uma facção estavam sendo
transferidos. A movimentação intensa de tropas da Força Nacional de Segurança
do lado de fora da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo - onde ocorreu o
massacre de 33 detentos - indicava que alguma coisa estava errada. A suspeita
era de que um dos chefes da facção criminosa que comandou a matança teria
fugido.
Adeilson
Eliotério dos Santos, conhecido como Pato, não foi encontrado no presídio. A
Secretaria de Justiça percebeu isso na hora da transferência dele e de outros
nove detentos perigosos. Mas depois descobriu que ele estava escondido numa
outra cela, dentro da própria penitenciária. "Possivelmente o Pato tenha
se beneficiado de algum individuo ali que abriu uma cela. Ele estava ali dentro
na ala dele mesmo, sabe? Naquele momento que tiraram aqueles nove, não voltaram
para fazer uma revista minuciosa, esperaram o momento adequado e foi feito a
revista à noite", explicou Uziel Castro, secretário de Justiça de Roraima.
CONFERE
LÁ
-Nesta história o difícil mesmo é saber quem, de fato, é o pato. Aliás... “E atenção! 2017: terremoto em Teresina, massacre em Manaus,
presidiário toma posse como vereador em Minas e Janaína Paschoal vira inspetora
de banheiro do Ibirapuera!... E no Brasil temos que diminuir o número de
partidos e facções. Que são sinônimos... E a única coisa organizada no Brasil é
o crime. Os três Poderes: PCC, CV e FDN! Os Três Foderes!” - José Simão/Folha
capa da Veja desta semana |
Depois da
Odebrecht, a Camargo Corrêa negocia uma superdelação:
quarenta executivos revelarão o que sabem sobre as propinas pagas a mais de 200
políticos. Na fila: o presidente, Michel Temer, o ex-ministro Antonio Palocci, o presidente do
Senado, Renan Calheiros, o ministro da Educação, Mendonça Filho, e o senador
Romero Jucá: problemas à vista na Lava-Jato com a delação da Camargo Corrêa
(Sergio Dutti; Reuters/Rodolfo Buhrer; Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo; Rose
Brasil/ABR).
-Cada povo tem a temporada, maligna, que merece: Nos EEUU, mais particularmente na Flórida, o
povo sofre com a chamada “temporada de furacões”. Na Europa, e este ano em
especial, quase todos os países sofrem com um inverno rigoroso. O Brasil que
não podia ficar de fora e também tem sua temporada sinistra. É a “temporada da
corrupção”. O que diferencia a “nossa temporada” das demais é que esta começou –
provavelmente lá por volta de 1808, com a chegada de D. João e sua comitiva ao Brasil
– e passados mais de duzentos ela não dá sinais de trégua e ainda promete causar
muito estrago. Ah, de alguns anos pra cá surgiu a “temporada das duplas sertanejas”...
mas isso é assunto pra outras tragédias, ops! pra outra prosa.
A China não se
mostra nada satisfeita com o futuro Governo
de Donald Trump, nos EUA. Os meios de comunicação oficiais do país
deixaram isso bastante claro nesta sexta-feira. Em uma dura advertência,
dirigiram-se a Rex Tillerson, indicado para secretário de Estado,
alertando-o para que tome cuidado com o que diz: suas ameaças a Pequim no
sentido de bloquear o acesso às ilhas artificiais construídas pelos chineses no
mar do sul da China correm o risco de desencadear um “confronto devastador”. CONFERE
LÁ
Em processo de
dissolução, o Comitê Rio-2016 tem, veja só, 80
funcionárias grávidas ou que acabaram de dar à luz. E, como se sabe, a
legislação trabalhista garante estabilidade às mamães: não podem ser mandadas
embora desde o momento em que comunicam a gravidez até cinco meses depois do parto. Ou seja: haverá
gente empregada na Rio-2016 até março de 2018. Ancelmo Gois/O Globo
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