*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

“Brasil leva ouro nas Corruptopíadas”

Relatos como o do empresário Leo Pinheiro não são assustadores porque todo mundo já desconfiava que era assim que a “banda tocava”, mas cada vez que se ouve uma coisa dessas, a gente fica espantada. Como pode o Congresso Nacional pode funcionar assim? Parece que os políticos perderam a cerimônia e a vergonha. Qualquer coisa está à venda no Congresso. Essa corrupção disseminada e organizada não existia há 20, 30 anos; é uma coisa novaMerval Pereira/O Globo

Com mais de mil contas a serem investigadas e o maior volume de dinheiro já bloqueado pelas autoridades locais, o Ministério Público da Suíça criou a maior operação anticorrupção de sua história e uma força-tarefa própria para investigar os crimes ligados à Operação Lava Jato.
E o resultado surpreende: o esquema de desvios na Petrobras já é o maior escândalo de corrupção identificado no sistema financeiro do país europeu, superando casos envolvendo ditadores de longa data e mesmo o recente episódio da Fifa.
País que registra os depósitos de um terço da fortuna mundial privada, a Suíça tem em seus bancos cerca de US$ 2,8 trilhões em ativos. Nos escritórios da Procuradoria em Lausanne e em Berna, o caso envolvendo a estatal brasileira vem ocupando um espaço considerável.
A complexidade das estruturas bancárias montadas para esconder o dinheiro elaborada por empresas e políticos brasileiros fez os suíços darem um tratamento inédito à investigação. Além de mais de cinco procuradores, a Lava Jato suíça vai contar com analistas forenses do mercado financeiros, especialistas em cooperação internacional, membros da polícia criminal e funcionários da administração federal. [...].
Até agora, mais de US$ 800 milhões já foram bloqueados em conexão com a Lava Jato. Parte desses recursos estava vinculada a ex-diretores da Petrobras, empresas controladas pela empreiteira Odebrecht, doleiros, intermediários de diferentes partidos brasileiros e políticos, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Os valores congelados superam todos os demais casos já investigados pelos suíços. Até hoje, o recorde havia sido o congelamento, em 1998, de US$ 650 milhões em nome de Ferdinand Marcos, das Filipinas, em preços atualizados. Nos anos 1990, o ditador nigeriano Sani Abacha teve US$ 620 milhões bloqueados nos bancos suíços. Comemore na íntegra
Da série “O Fantasma da Câmara” - Mistério em Brasília. Quem foi o autor da emenda que pretendia conceder anistia aos políticos que se beneficiaram de dinheiro de caixa 2 nas eleições passadas? Quem se movimentou pra colocar isso na pauta de votações da Câmara? Nenhum deputado admite saber. Mas o risco do projeto voltar a plenário é grande. CONFERE LÁ