*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

domingo, 18 de setembro de 2016

Um Power Point com efeito tsunami

#1. Toda a polêmica criada em torno da suposta "contundência" e do suposto tero político da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, MPF, contra o ex-presidente Lula tem um propósito bastante específico: relegar ao segundo plano a gravidade das denúncias e os fatos concretos nela contidos, como os gastos com o armazenamento dos 11 contêineres do ex-presidente e os fatos relacionados a ocultação de patrimônio relativos ao triplex no Guarujá.
Acuados diante da contundência da denúncia, a única alternativa que restou ao ex-presidente Lula e seus advogados de defesa foi justamente reclamar da forma que que a peça foi apresentada. A imprensa em geral caiu no contro do vigário e deu espaço para a manobra, deixando de lado o teor da denúncia, ao arrepio da lei.
A guerra de informação é uma das táticas adotadas pela defesa do ex-presidente desde o início das investigações contra ele sobre seu envolvimento nos desvios da Petrobras. Este tipo de artifício já foi denunciado pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, STF, ministro Teori Zavascki, que afirmou que a defesa do petista tenta "embaraçar" todo o processo. [...]
#2. O ex-presidente Lula, seus advogados de defesa e seus simpatizantes ficaram tão desnorteados com a denúncia devastadora feita pelo Ministério Público Federal contra o petista, que até o momento ainda não se deram conta de que não há mais escapatória.

Não adianta reclamar, alegando que a denúncia foi muito "contundente". Se os procuradores do MPF pegaram pesado, é porque existe uma farta literatura criminal contra Lula. Os petistas também reclamam da 'pirotecnia* que teve até uso de Power Point, um recurso gráfico que caiu em desuso nos últimos anos [...] Mas o problema central para a defesa do ex-presidente não propriamente o uso do tal do Power Point, mas sim, aquele monte de setas apontando para o nome de Lula. Defender um cara que está envolvido em mil crimes fica mesmo difícil. Do site Imprensa Livre