“A minha empresa tem interesse na
permanência desses parlamentares no Congresso e na preservação da relação, uma
vez que historicamente apoiam projetos de nosso interesse e possuem capacidade
de influenciar os demais agentes políticos. O propósito da empresa, assim, era
manter uma relação frequente de concessões financeiras e pedidos de apoio com
esses políticos, em típica situação de privatização indevida de agentes
políticos em favor de interesses empresariais nem sempre republicanos.”
Trechos do
depoimento de Cláudio Melo Filho, diretor de Relações Institucionais da Odebrecht,
em sua “delação bomba”
Fiel da balança da
governabilidade do governo Michel Temer, o chamado "Centrão" mediu
forças nesta semana com o Palácio do Planalto de olho na perspectiva de poder
aberta com a eleição que definirá em fevereiro o novo presidente da Câmara. Dono
de mais de 200 votos na Casa, o "Centrão", bloco informal que reúne
deputados governistas do chamado "baixo clero", reagiu à
indicação de um deputado do PSDB – Antonio Imbassahy, líder do partido na
Câmara – para ministro da Secretaria de Governo.
Havia expectativa de que
Imbassahy fosse anunciado como ministro na próxima semana, mas, diante das
reações, Temer decidiu rever a indicação. O convite poderia dar mais espaço no
governo ao PSDB, que, em compensação, abriria mão de lançar candidato à
presidência da Câmara e apoiaria a eventual candidatura à reeleição de Rodrigo
Maia (DEM-RJ)... Para impedir que Imbassahy assumisse o posto, o
"Centrão" enviou recados a Temer, indicando que o bloco poderia
travar a tramitação da reforma da Previdência Social e de outras pautas de
ajuste fiscal. Leia
na íntegra
-Não existe fidelidade em política. “O importante é
levar vantagem em tudo!” - parágrafo único da Lei da Vantagem ou Lei de Gérson
- é a “regra pétrea” da política. Político
só é fiel a ele mesmo e ponto. Aliás, nestes tempos de “farinha pouca meu pirão
primeiro” fica difícil encontrar fidelidade - principalmente de princípios - seja
lá aonde for. Haja vista a última façanha do STF, onde esperávamos que Carmem Lúcia
fosse o fiel da balança, mas ela optou em ser infiel a si mesma. Nem o mundo animal já não é tão confiável assim.
O ultimo “Fiel”, que me lembro, atendia pela alcunha de Rin Tin Tin. Atualmente
cachorros já não aceitam mais serem chamados de “cachorros”, viraram Pets e a
relação se inverteu. Hoje o homem é o melhor amigo dos cachorros.
Nota de rodapé:
Pra aqueles que acham que a vida na Terra começou a partir do ano 2000: Rin Tin
Tin, ou Rinty para os mais íntimos, foi um cachorro, pastor alemão, que
estrelou em várias séries e filmes, a partir da década de 20 do século XX, em tempos
que o cão era o melhor amigo do homem. Hoje, parodiando Vinicius de Moraes - essa
fidelidade canina só se encontra engarrafada, pois segundo o poetinha: “O
whisky é o melhor amigo do homem, ele é o cachorro engarrafado”.
Da
série: O furdunço nosso de cada dia
#1.
O ilustre futuro prefeito de Cachoeiras de Macacu (RJ), Mauro Soares, não se
fez de rogado. Mandou convite de posse para a Presidência e toda a Esplanada
dos Ministérios, agências reguladoras, bancos federais, forças armadas e
outros. Ancelmo
Gois/O Globo
#2.
O impeachment sem crime deixou uma cicatriz que está custando caro ao Brasil e
nós teríamos uma outra, mas veio a tempo a decisão do Supremo”. (Jorge
Viana, vice-presidente do Senado, sobre a decisão do STF de manter Renan
Calheiros no cargo, garantindo que o líder da bancada do cangaço é tão inocente
quanto Dilma Rousseff) - Augusto Nunes/Veja
#3.
Esperava-se que depois de Cunha não surgisse mais nenhum “coisa ruim” na
política brasileira. Engano. A reverência dos Três Poderes a Renan nos reporta
ao que contava Tancredo Neves sobre a época em que, jovem, era promissor
advogado de banca em São João Del Rey: -Tudo lá era solene. O juiz, batendo o
martelo, ordenava: “Que entre o réu!”. Este, quanto maior a sua periculosidade,
mais garboso entrava na sala. Um soldado, paramentado como em dia de parada,
batia pés e, em posição de sentido, anunciava: “Sua Excelência, o réu!”. Jorge Bastos
Moreno/O Globo
#4. Em tempos de crise, a
Assembleia Legislativa do Maranhão abriu licitação para gastar R$ 635 mil em
smartphones (60 da Apple e 60 da Samsung), além de 55 iPads. Enquanto isso, o
maranhense tem a menor expectativa de vida do Brasil, como voltou a indicar o
IBGE, na tabela “Esperança de vida ao nascer no Brasil”, divulgada quinta [15].
Ancelmo
Gois/O Globo
O Ministério da Cultura reprovou
as contas dos projetos do encrencado Antônio Carlos Bellini, aquele malandro
que bancou até o casamento do filho com recursos da Lei Rouanet. Belini foi
preso (mas já foi solto) pela Operação Boca Livre, que flagrou um esquema
milionário de fraudes na Lei Rouanet, em meados do ano. Dos R$ 80 mil captados
para o livro "História do hipismo
brasileiro", o dono do grupo Bellini Cultural terá que devolver R$
79,6 mil. Da mesma forma, Bellini e o filho, Felipe Vaz Amorim, seu sócio,
terão que devolver R$ 642 mil, levantados para quatro projetos. Entre eles, a
exposição "Arte e Metafísica", para comemorar os 90 Anos de Tomie
Ohtake. Lauro
Jardim O Globo
Enquanto isso... A ex-senadora Marina Silva (Rede) é
a líder nos cenários de segundo turno da eleição presidencial de 2018 segundo
pesquisa de intenção de voto do Datafolha. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) cresceu nas simulações de primeiro turno na comparação com o levantamento
anterior do instituto de pesquisa, realizado em julho, mas perderia a
eleição para Marina em um eventual segundo turno por uma diferença de nove
pontos. CONFERE
LÁ
Manda quem não
pode,
obedece quem
não tem juízo
O Supremo Tribunal Federal
recebeu hoje um ofício da mesa do Senado determinando a imediata supressão do
termo “Supremo” para designar a mais alta corte do país. O primeiro parágrafo
do texto estabelece que “a partir de agora será facultado apenas a Renan
Calheiros empregar a palavra ‘Supremo’, de preferência em referência a si
próprio. Se assim lhe aprouver, Renan Calheiros passará a ser chamado de
Supremo Renan Calheiros pelos três poderes da Nação – da qual ele é o Quarto”.
by
iPiauiHerald/Estadão
Mal na foto - A popularidade do presidente Michel
Temer (PMDB) despencou desde julho, acompanhada da queda na confiança na
economia a níveis pré-impeachment, revela nova pesquisa Datafolha. [...]. De
acordo com o levantamento, 51% dos brasileiros consideram a gestão do
peemedebista ruim ou péssima, ante 31%, em julho. O índice de ótimo/bom de
Temer caiu de 14% em julho aos atuais 10%. Não souberam avaliar o governo 5%
dos entrevistados Segundo o Datafolha, a população considera o presidente falso
(65%), muito inteligente (63%) e defensor dos mais ricos (75%). Metade dos
brasileiros veem Temer como autoritário e 58%, desonesto. De zero a dez, a nota
média dada ao desempenho do governo Michel Temer é 3,6. CONFERE
LÁ