O juiz Sergio Moro pretende se
licenciar da 13ª Vara Federal de Curitiba e da Universidade Federal do Paraná
para uma temporada de estudos nos EUA. Moro já teria inclusive dado entrada com
um pedido de afastamento na universidade. A informação foi confirmada à coluna
pela secretária do departamento de ciências jurídicas da instituição, que não
detalha as razões do juiz para o pleito nem se ele está relacionado à
possibilidade de estudo fora do país.
O magistrado não pretenderia, no
entanto, segundo interlocutores, viajar aos EUA antes de a Operação Lava
Jato ser concluída na primeira instância. Os trâmites para a viagem já
estariam sendo encaminhados neste ano para que as instituições tivessem tempo
de substituí-lo com tranquilidade. A viagem poderia ser realizada em 2018 ou
2019. O cargo dele na 13ª Vara pode ser assumido pela juíza federal Gabriela
Hardt. CONFERE
LÁ
Uma selfie da Dra.
Gabriela: Nascida em Curitiba, Gabriela se formou na Universidade
Federal do Paraná, onde Moro é professor. Trabalhou como servidora da Justiça
antes de ser empossada juíza em 26 de outubro de 2009. Não será a primeira vez
que a juíza comandará os processos mais ilustres da República. Em janeiro, por
exemplo, quando cobria as férias de Moro, ela autorizou a quebra do sigilo
bancário e fiscal da JD Consultoria, a empresa de José Dirceu.
Um rápido passeio no conteúdo público
do Facebook da juíza... mostra que ela começou há pouco uma amizade com Deltan
M. Dallagnol, o procurador da República que coordena a força-tarefa do
Ministério Público Federal na operação.
Um mês antes, a juíza
compartilhou uma entrevista do ministro Luis Roberto Barroso, do STF, ao jornal
Correio Braziliense... Entre os trechos destacados por ela, estavam um em que o
ministro se declarava radicalmente contrário ao instituto do foro privilegiado,
outro em que ele afirmou que o sistema penal brasileiro “é feito para pegar
pobres” e um último, no qual ele criticava a demora no julgamento dos
processos, o grande número de possibilidades recursais e a velocidade das
prescrições. “O mais triste”, comentou a juíza, “é que todos nós – juízes
e servidores – trabalhamos muito pra no final vermos prescrições reconhecidas
em razao da demora no tramite processual. Frustra. Somos cobrados por falta de
eficiência, mas sozinhos pouco podemos fazer. Espero sinceramente por uma
mudança em breve, se não na legislação, ao menos no entendimento atual do STF.”
Leia
na íntegra