*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Seja bem vinda, Dra Gabriela

O juiz Sergio Moro pretende se licenciar da 13ª Vara Federal de Curitiba e da Universidade Federal do Paraná para uma temporada de estudos nos EUA. Moro já teria inclusive dado entrada com um pedido de afastamento na universidade. A informação foi confirmada à coluna pela secretária do departamento de ciências jurídicas da instituição, que não detalha as razões do juiz para o pleito nem se ele está relacionado à possibilidade de estudo fora do país.

O magistrado não pretenderia, no entanto, segundo interlocutores, viajar aos EUA antes de a Operação Lava Jato ser concluída na primeira instância. Os trâmites para a viagem já estariam sendo encaminhados neste ano para que as instituições tivessem tempo de substituí-lo com tranquilidade. A viagem poderia ser realizada em 2018 ou 2019. O cargo dele na 13ª Vara pode ser assumido pela juíza federal Gabriela Hardt. CONFERE LÁ
Uma selfie da Dra. Gabriela: Nascida em Curitiba, Gabriela se formou na Universidade Federal do Paraná, onde Moro é professor. Trabalhou como servidora da Justiça antes de ser empossada juíza em 26 de outubro de 2009. Não será a primeira vez que a juíza comandará os processos mais ilustres da República. Em janeiro, por exemplo, quando cobria as férias de Moro, ela autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal da JD Consultoria, a empresa de José Dirceu.
Um rápido passeio no conteúdo público do Facebook da juíza... mostra que ela começou há pouco uma amizade com Deltan M. Dallagnol, o procurador da República que coordena a força-tarefa do Ministério Público Federal na operação.
Um mês antes, a juíza compartilhou uma entrevista do ministro Luis Roberto Barroso, do STF, ao jornal Correio Braziliense... Entre os trechos destacados por ela, estavam um em que o ministro se declarava radicalmente contrário ao instituto do foro privilegiado, outro em que ele afirmou que o sistema penal brasileiro “é feito para pegar pobres” e um último, no qual ele criticava a demora no julgamento dos processos, o grande número de possibilidades recursais e a velocidade das prescrições. “O mais triste”, comentou a juíza, “é que todos nós – juízes e servidores – trabalhamos muito pra no final vermos prescrições reconhecidas em razao da demora no tramite processual. Frustra. Somos cobrados por falta de eficiência, mas sozinhos pouco podemos fazer. Espero sinceramente por uma mudança em breve, se não na legislação, ao menos no entendimento atual do STF.” Leia na íntegra