“O Brasil é uma
terra que tem lei, mas vive como um país sem lei. Não tem modelo
político/econômico que sobreviva a esta realidade” - Janaina
Paschoal pelo Twitter
Numa ação
relâmpago na noite de quarta-feira, o presidente Michel
Temer indicou a subprocuradora-geral Raquel Dodge para chefiar o Ministério
Público Federal (MPF), nos próximos dois anos, numa suposta tentativa de
esvaziar os poderes do atual procurador-geral Rodrigo Janot, que o denunciou
por corrupção.
A decisão do
presidente apressa a mudança do centro do poder no Ministério Público, mas para
Janot ainda restam mais dois meses e 17 dias de mandato e uma extensa agenda de
trabalho, que pode trazer ainda muitas dores de cabeça a políticos investigados
por desvios de dinheiro da Petrobras e outras áreas da administração federal.
No sábado, numa
palestra no 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, em São
Paulo, Janot deixou claro que “enquanto houver bambu, vai ter flecha”. O
procurador-geral não pretende reduzir o ritmo de trabalho na reta final do seu
mandato só porque Temer espera tratamento diferenciado da candidata que indicou
para comandar o MPF, depois de ouvir conselhos do ministro Gilmar Mendes – leia
na íntegra
Enquanto isso... A futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tem dito a
alguns que o antecessor Rodrigo Janot pode ficar tranquilo, porque ela não
pretende fazer uma devassa no trabalho dele. Ela pretende, sim, marcar
diferenças entre os resultados de um e de outro. Na Lava Jato, por exemplo,
Sérgio Moro já procedeu 76 condenações. No Supremo Tribunal Federal, até agora
ninguém foi condenado. Ela vai partir para a cobrança de investigações e
julgamentos com mais celeridade. Denise Rothenburg/Correio Braziliense
-Rola pelos corredores
da Papuda que Temer pode ter atirado no que viu e
acertado o que não queria ver. Quem sobreviver verá!
O presidente da
França, Emmanuel Macron, quer impulsionar um
"caminho radicalmente novo" em seu país, com uma "transformação
profunda" que passará por uma reforma das instituições, incluindo a
redução em um terço no número de deputados e senadores.
"Até agora,
muitas vezes, nós seguimos pelo caminho errado", disse o mandatário aos
parlamentares do país reunidos em sessão conjunta extraordinária no Palácio de
Versalhes, ao anunciar as linhas que seu governo seguirá – Leia
na íntegra
Esta seria uma das – eu disse “uma das” – grandes atitudes que o Brasil precisa tomar
pra começar a sair do atoleiro em que se encontra. Só que no nosso caso
precisaríamos reduzir em pelo menos 60% o número dos nossos nobres deputados e
senadores. E nem é tão difícil assim, é executar a Lei - só ministro Fachin,
relator da Operação Lava Jato no STF, já
autorizou que Procuradoria-Geral da República investigue 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39
deputados federais... isso há um ano – simples assim.
Ministério
Público do Estado de Goiás (MP-GO) instaurou um inquérito
para apurar se o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures foi privilegiado ao receber uma tornozeleira eletrônica do estado.
O equipamento foi cedido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de
Goiás, no último sábado (1º), em Goiânia. O promotor Fernando Krebs afirma que
quer saber de onde veio a ordem para que o equipamento fosse liberado por isso
abriu o procedimento. Segundo ele, faltam equipamentos para atender todos os
detentos do estado que deveriam ser colocados em liberdade.
“Nós estamos instaurando inquérito civil para
apurar porque este preso foi beneficiado enquanto para os nossos faltam
tornozeleiras. Se estivesse sobrando tornozeleira até se admitiria, um pedido
de socorro, entregar. O problema é que está faltando aqui”, disse em
entrevista à TV Anhanguera – Leia
na íntegra
-Como reza a lenda, “O pau que nasce torto morre torto”. Até na hora da prisão de um meliante
a “autoridade”, mostra toda a sua “tortuosidade” furando a “fila das
tornozeleiras”.
Aliás o Brasil
chegou a um nível tão alto no quesito “crime de corrupção” que tem até “fila de
tornozeleiras”. O meliante, condenado, quando recebe uma tornozeleira é considerado
um “privilegiado”. É tipo um troféu. Um bônus para a liberdade.
Esculhambação de rodapé: E, pra quem está em prisão domiciliar, o mercado lançou uma
novidade: tornozeleira com WhatsApp! Tornozeleira com wi-fi! Eu quero! Eu quero
ficar em prisão domiciliar pra sempre. De moletom! - José Simão/Folha de São Paulo
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