“Crianças
baleadas nas escolas, mãe e filha abatidas no meio da rua, um porteiro atingido
por uma granada, um bebê alvejado na barriga da mãe, homens e mulheres mortos
por assaltantes ou por policiais, policiais mortos às dezenas, jovens pobres
mortos às dúzias, mortos, mortos, mortos.
Em qualquer lugar que se
proclame em paz, todo esse sangue derramado causaria uma crise nacional, com
demissão e renúncia de autoridades, processos, investigações.
Aqui, como em outras cidades
sitiadas, as notícias caem como pedras na água, traçam alguns breves círculos
de comoção e pronto, nunca mais se fala no assunto. Não há espaço, nem físico
nem emocional, para discutir tantas tragédias; o cotidiano as absorve
rapidamente, uma após a outra” Trechos
da crônica “Guerra” publicada na coluna de Cora Rónai/O Globo, hoje
Em entrevista
ao programa Conexão Roberto d'Ávila, exibida na noite
desta quarta-feira (5) pela GloboNews, o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, afirmou que precisou fazer uma "escolha de Sofia", ao ouvir a
gravação da conversa entre o empresário Joesley Batista e o presidente Michel
Temer, feita durante um encontro dos dois no Palácio do Jaburu, em Brasília...
"Essas
pessoas chegaram para mim e disseram assim: ‘Nós aceitamos negociar tudo, mas a
'não denúncia' a gente não aceita negociar’. Eu me vi na seguinte escolha de
Sofia.. Eu tinha tomado conhecimento que altíssimas autoridades da república
estavam praticado crimes, os crimes estavam em curso e crimes graves. Se eu não
aceitasse esse acordo, não teria como apurar estes crimes. Eu teria que fingir
que nada tinha ouvido, que nada tinha acontecido, e essas pessoas continuariam
a cometer crimes".
Janot também
descreveu o que sentiu ao ouvir a gravação: "Fiquei chocado e senti
náusea. Foi minha reação física: um choque, e fiquei enjoado mesmo" – Leia
na íntegra
Com isso, o
fundo eleitoral com dinheiro público que será criado para bancar as
candidaturas de 2018 poderá ir a R$ 5,9 bilhões, mantidas as previsões do
Ministério do Planejamento para este ano. Inicialmente, o valor que estava
sendo discutido era de R$ 3,5 bilhões.
Segundo Cândido,
a ideia é que o valor do fundo seja de 0,5% da receita líquida. Em 2016, este
valor foi de R$ 1,088 trilhão. Para 2017, a previsão de receita do governo é de
R$ 1,182 trilhão, segundo consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
enviada ao Congresso – Vomite
na íntegra
A oposição a
Michel Temer passou a acreditar na possibilidade de o
presidente ser afastado do cargo.
"O quadro
mudou. O Rodrigo Maia [presidente da Câmara dos Deputados que assume a
Presidência caso Temer seja afastado] foi picado pela mosca azul", diz o
deputado Paulo Teixeira, do PT. Parlamentares da base do governo também têm a
mesma sensação.
Maia, que
comandará a votação que decidirá se a Câmara permite que a denúncia contra
Temer siga no STF (Supremo Tribunal Federal), afirma que não foi picado:
"Nunca", disse à coluna.
Ele enviou
também o link de um site que ensina: "Como Matar uma Mosca". A dica:
"Espere até que a mosca fique parada. É muito mais fácil acertá-la quando
não está se movendo. Seja sutil! É provável que a mosca esteja lhe observando
ao mesmo tempo que você a observa".
Os outros passos:
"Aproxime-se da mosca o suficiente para conseguir acertá-la, mas não tão
perto que possa fazê-la voar". Depois de matá-la, "limpe a
sujeira", pois os resíduos podem assustar "sua família, deixando uma
mancha na parede – Mônica Bergamo/Folha de São Paulo
Michel Temer
pode perder, na próxima semana, o apoio daquele que tem
sido o principal fiador de sua manutenção no cargo, o PSDB. Parlamentares
tucanos que apoiaram o adiamento de uma decisão sobre o desembarque do governo
na Executiva do partido, há cerca de três semanas, agora defendem que a situação
se deteriorou e que o PSDB precisa tomar uma decisão rápida.
O timing para o
desembarque, segundo integrantes da cúpula da legenda, será após a votação da
reforma trabalhista no Senado e a votação da denúncia contra Temer na Comissão
de Constituição e Justiça da Câmara, ambas previstas para a próxima semana.
Senadores do
PSDB acreditam que a movimentação não pode ocorrer antes disto, sob risco de
comprometer a aprovação da reforma, apoiada pelo partido.
A contabilidade
no Senado é de sete senadores tucanos, entre um total de onze, favoráveis ao
desembarque. – Embarque
na íntegra
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