*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

“É Sergio Moro na terra e Deus no céu”

A atriz Cássia Kis conversa com o repórter Bruno Fávero em uma sala do Projac, complexo de estúdios da TV Globo, quando seu colega Marcos Palmeira entra, pede licença e a puxa de lado. "E aí, o que achou? Só faltou falar um pouco mais da questão do Moro, né?", diz Palmeira. "Foi ótimo, foi ótimo, aquela abertura que ele fez...", responde a atriz.
"Ele", no caso, é o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol, que na véspera desta entrevista deu uma palestra para um grupo de artistas na casa de Cássia, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
A impressão deixada por um dos principais nomes da Lava Jato foi a melhor possível. "É um homem brilhante, brilhante. Acho que é... olha, nem consigo achar um adjetivo para ele", diz a atriz.

Preocupada com os rumos do país, ela tem se engajado cada vez mais em discussões sobre a política brasileira. E a Lava Jato é um dos poucos pontos positivos que vê.
"É Moro na terra e Deus no céu", resume. "Essa frase tem que ser gravada no Brasil inteiro. Não é possível alguém querer ir contra a Lava Jato." E emenda: "Tô falando isso, mas nem sei se eu tô conversando com um petista...".
Ela diz que já teve "muita simpatia" pelo partido de Lula e chegou a assistir a comícios do ex-presidente em São Bernardo, mas se decepcionou, tanto com a sigla quanto com o líder. "Lula nunca teve boas companhias e nada pode ser pior do que isso."
Mas o problema do país, opina, não é só dos partidos. "Nós vamos sair desta crise. E depois? Vai ter outra crise. O sistema não funciona. Eu falo pro meu filho: 'Joaquim, eu preciso que você trace seu objetivo para daqui a um ano e meio. Até lá, o que você vai fazer?'. Precisamos pensar: qual será o Brasil dos próximos cem anos?"...
A atriz critica movimentos que pedem a volta do regime militar e diz temer a ascensão do candidato Jair Bolsonaro (PSC). "Uma loucura. Uma loucura. Uma loucura. Uma loucura. Uma loucura", diz.[...].

Fim da entrevista. Antes da despedida, a atriz anda em círculos em volta do repórter e mexe os dedos como se estivesse lançando um pó invisível. "Isso aqui é pra você prestar atenção no que vai escrever, viu? Já tive muito problema com jornalista." - Coluna de Mônica Bergamo/FolhaLeia na integra

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