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terça-feira, 15 de novembro de 2016

“A chapa tá quente”

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, que foi apeada do cargo por crimes de responsabilidade, apresentou na quinta-feira (10), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), documentos que comprovariam que o presidente Michel Temer recebeu doações irregulares para a campanha eleitoral de 2014. Entre os documentos está a cópia de um cheque nominal no valor de R$ 1 milhão repassado a Temer em julho de 2014. O valor foi depositado diretamente no fundo de campanha do presidente. O montante seria propina paga pela construtora Andrade Gutierrez, envolvida no escândalo da Operação Lava-Jato. Além do cheque, a defesa de Dilma apresentou documentos de prestação de contas e comprovante de depósitos da conta do PMDB. Do site ucho.info na sexta 11

O presidente da República, Michel Temer, afirmou, em entrevista exibida nesta segunda-feira (14) pelo programa Roda Viva (TV Cultura), não ter "preocupação" em relação a uma eventual decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relacionada à chapa composta pelo peemedebista na eleição presidencial de 2014.
Atualmente, a pedido do PSDB, o TSE apura se dinheiro de propina da Petrobras alimentou a campanha formada por Temer e pela então candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Se o tribunal concluir que sim, a decisão poderá tirar Temer do cargo. Segundo o presidente da Corte, Gilmar Mendes, o processo deve ser julgado em 2017.
"Eu digo que, no TSE, eu não tenho preocupação [com a decisão]. Evidentemente que, e vocês conhecem a obediência que presto às instituições [...] se o TSE dizer lá na frante 'Temer, você tem que sair' - convenhamos, haverá recursos e mais recursos que você pode interpor, não só no TSE, mas, igualmente, no STF", afirmou o presidente na entrevista.
 “Tenho sustentado, com muita ênfase, porque acredito nisso juridicamente, [...] que as contas são julgadas ao mesmo tempo, mas são fisicamente prestadas em apartado. [...] Vamos deixar o Judiciário trabalhar, a PF, o Ministério Público e vamos trabalhar pelo Executivo. Se acontecer alguma coisa, paciência", completou o presidente.
Embora a defesa de Temer tenha pedido ao TSE para separar as contas de campanha do peemedebista e de Dilma, o Ministério Público Eleitoral já opinou contra essa divisão, por entender que não é possível separar as responsabilidades do titular e do vice porque "o ilícito que beneficia a titular e que levou ela à vitória nas urnas logicamente também beneficia o vice". Leia na íntegra