A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, que foi apeada do
cargo por crimes de responsabilidade, apresentou na quinta-feira (10), ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), documentos que comprovariam que o presidente
Michel Temer recebeu doações irregulares para a campanha eleitoral de 2014. Entre
os documentos está a cópia de um cheque nominal no valor de R$ 1 milhão
repassado a Temer em julho de 2014. O valor foi depositado diretamente no fundo
de campanha do presidente. O montante seria propina paga pela construtora
Andrade Gutierrez, envolvida no escândalo da Operação Lava-Jato. Além do
cheque, a defesa de Dilma apresentou documentos de prestação de contas e
comprovante de depósitos da conta do PMDB. Do site
ucho.info na sexta 11
O presidente da República,
Michel Temer, afirmou, em entrevista exibida nesta segunda-feira (14) pelo
programa Roda Viva (TV Cultura), não ter "preocupação" em relação a
uma eventual decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relacionada à chapa
composta pelo peemedebista na eleição presidencial de 2014.
Atualmente, a pedido do PSDB, o
TSE apura se dinheiro de propina da Petrobras alimentou a campanha formada por
Temer e pela então candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Se o tribunal
concluir que sim, a decisão poderá tirar Temer do cargo. Segundo o presidente
da Corte, Gilmar Mendes, o processo deve ser julgado em 2017.
"Eu digo que, no TSE, eu não
tenho preocupação [com a decisão]. Evidentemente que, e vocês conhecem a
obediência que presto às instituições [...] se o TSE dizer lá na frante 'Temer,
você tem que sair' - convenhamos, haverá recursos e mais recursos que você pode
interpor, não só no TSE, mas, igualmente, no STF", afirmou o presidente na
entrevista.
“Tenho sustentado, com muita ênfase, porque
acredito nisso juridicamente, [...] que as contas são julgadas ao mesmo tempo,
mas são fisicamente prestadas em apartado. [...] Vamos deixar o Judiciário
trabalhar, a PF, o Ministério Público e vamos trabalhar pelo Executivo. Se
acontecer alguma coisa, paciência", completou o presidente.
Embora a defesa de Temer tenha
pedido ao TSE para separar as contas de campanha do peemedebista e de Dilma, o
Ministério Público Eleitoral já opinou contra essa divisão, por entender que
não é possível separar as responsabilidades do titular e do vice porque "o
ilícito que beneficia a titular e que levou ela à vitória nas urnas logicamente
também beneficia o vice". Leia
na íntegra