“O
aumento do 25% do desmatamento da Amazônia (segundo o INPE) é atribuído ao
Ibama, que está sem recursos e sem equipes no campo. O ministro do Meio
Ambiente, Sarney Filho, parece acomodado. Tomara que não!” Ancelmo Gois/O
Globo
O desmatamento na Amazônia Legal
cresceu 51% nos meses de agosto e setembro, em relação ao mesmo período de
2015, e uma das causas é a crise dos estados. Os governos estão reduzindo
gastos em fiscalização. A degradação disparou 288%. A recuperação dos preços
das commodities tem ampliado o cultivo sobre áreas de floresta e o desemprego
estimula o trabalho informal que avança sobre o mata.
O Imazon monitora mês a mês, por
satélite, a Amazônia Legal, para emitir alertas aos governos e órgãos de
controle e evitar um estrago maior sobre a floresta. Os dados dos dois últimos
meses acenderam a luz vermelha, porque a forte crise econômica que atinge o
país está aumentando a derrubada das árvores e a degradação da mata.
Segundo o pesquisador Marcelo
Justino, que trabalha na elaboração do Boletim do Desmatamento da Amazônia
Legal, do Imazon, o crescimento da área degradada nesses dois meses corresponde
a 24 mil campos de futebol e ocorreu principalmente no Mato Grosso e no Pará,
estados fortes na agricultura.
“Estamos vendo que há menos
fiscalização, por causa da crise dos governos estaduais e municipais. Isso
aumenta a sensação de impunidade. O aumento de preços da soja, milho e algodão
estimula o avanço da agricultura sobre a mata. Há ainda o desemprego”, explicou
Justino. Alvaro
Gribel para coluna da Miriam Leitão/O Globo - leia
na íntegra – Enviado por Cacau Quil