*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Pacote de maldades

Na terra do Crivella Há pastores evangélicos reclamando da crise. Dizem que os fiéis não estão pagando o dízimo com a mesma regularidade de antes. Já tem até igreja fechando na Zona Oeste do Rio. Ancelmo Gois/O Globo

Pacote de maldades é coisa de político fraco. O novo é fazer maldades com requintes de crueldades. Foi o que fez o governador reintegrado ao cargo no Rio de Janeiro, Luiz Pezão. Na impossibilidade de lidar com crise que se abate sobre o estado fluminense com trivialidade, Pezão apareceu com uma lista de medidas absolutamente drásticas para evitar que as finanças regionais afundem de vez.
Ele não tinha outra opção e chega atrasado com as soluções. Por isso elas tiveram de ser tão dramáticas. Do desconto de 30% de aposentadorias e pensões, ao congelamento de salários por três anos, passando pelo desejado corte de secretarias e a suspensão de anistia de impostos, o governo do Rio de Janeiro tenta entregar uma lição de casa que deveria ter sido feita há pelo menos dois anos. [...].
Os erros cometidos na gestão pública não deixam barato e a conta chega, indubitavelmente. Os cariocas terão que engolir a seco as maldades necessárias para corrigir as bondades manipuladoras e insustentáveis que foram propagadas até agora. Assim como no Rio será no resto do Brasil. Rio Grande do Sul e Minas Gerais devem ser os próximos da fila a aparecer com seus embrulhos espinhosos. E não vão ficar sozinhos por muito tempo porque a mudança radical na gestão pública será inevitável – sob a ameaça de implantarmos no Brasil uma economia que viverá exclusivamente para sustentar os rombos dos cofres públicos. Por Thais Herédia/O GloboLeia na íntegra