“A
prisão do ex-governador Sérgio Cabral, chefe do grupo político do PMDB que
governava o Estado do Rio e sua capital há quase uma década, é um golpe
praticamente fatal na capacidade do governador Pezão de negociar um arrocho nas
contas públicas do Rio. Sucessor de Cabral e sabidamente seu tutelado político,
o governador não tem credibilidade para exigir sacrifícios para resolver
questões econômicas geradas por irresponsabilidade fiscal e também por
desmoralização de governos na mesma linha sucessória, perdulários e corruptos.
Mesmo que por enquanto nada tenha sido denunciado contra Pezão, ele não pode se
eximir de culpa tendo sido por quase oito anos o mais próximo aliado político
de Cabral” - Merval Pereira/O Globo
Capa do jornal Correio Braziliense, ontem |
Procuradores
do MPF apuram se um incêndio na transportadora Trans-express Vigilância
e Transporte de Valores queimou dinheiro de propina que teria sido pelo grupo
ligado ao ex-governador Sérgio Cabral, preso nesta quinta-feira (17) durante a
operação Calicute, como mostrou o RJTV desta sexta. Segundo a argumentação do
Ministério Público para pedir as 10 prisões feitas na operação, a empresa
recebeu depósitos de 25 milhões em 2 anos,
interpretado pelos procuradores como evidência de lavagem de dinheiro. A
transportadora foi atingida por um incêndio ano passado, como mostram a foto
abaixo.
"A suspeita é que a empresa de transporte e guarda de valores fosse
utilizada como uma instituição financeira fraudulenta que guardava o dinheiro
da organização criminosa amealhada através de corrupção e aí esses depósitos de
uma empresa contratada por outra empresa de investigado na verdade demonstra um
fluxo do processo de lavagem de dinheiro", diz o procurador Lauro
Coelho, do MPF. CONFERE
LÁ
-Ô loco meu! Será que o desespero levou os caras a
queimarem dinheiro?
Nota
de rodapé: A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ingressou
no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, com
uma ação penal contra o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos relativos
à Operação Lava-Jato em primeira instância. No documento, os advogados dizem
que Lula foi vítima de abuso de autoridade por parte do magistrado. Leia
na íntegra