“Os brasileiros
precisam juntar seus “copos d'água” e fazer uma tempestade. Provocar um dilúvio
devastador, maior que o da Bíblia. A Mãe de Todas as Tempestades que arraste pros
quinto dos infernos essa cambada que manda e desmanda neste país, em nome da “autoridade
do poder” e não da “autoridade da competência.” Foca
Veiga
Além do papel
de orientador voluntário do denunciado Michel Temer, o
ministro Gilmar Mendes presta-lhe outro serviço, de igual ou maior utilidade:
suplantou-o na dupla condição de figura mais comentada e reprovada. Essa
desonraria se deve, porém, muito menos à sua atividade de político e tutor
ideológico do que à maneira como usa sua magistratura contra a Magistratura.
A tal ponto
Gilmar Mendes está personificando a ideia de desmandos da Justiça que o repúdio
o excede e causa danos ao Judiciário e em particular ao próprio Supremo
Tribunal Federal.
Gilmar Mendes
age, com indiferente segurança, como quem pode desafiar o que quiser e
desacatar a quem quiser –e nada lhe acontece. Não que desfrute de cobertura
legal ou moral para tanto. Conta, isso sim, com a falta de resposta para a
pergunta que mais se ouve e se faz: não há ninguém nem o que fazer contra esse
vale-tudo?
A partir de
Gilmar Mendes, começa a ficar claro que, pior do que um ministro-magistrado sem
limites, é não se encontrar entre os seus pares quem busque impor-lhe os
limites éticos e funcionais a que, como princípios, está submetido.
Ainda mais
estarrecedor é que o contraste de deslimite e omissão se passe em um conjunto
de vidas dedicadas a dizer se condutas alheias incorreram em falhas ou não. E,
se as cometeram, condenar os autores. Até à prisão - Janio de Freitas\Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário