*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Roda mundo... e carrega o destino pra lá

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
Trechos de “Roda Viva”, música de Chico Buarque

   
No dia 17 de abril do ano passado, quando a Câmara autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, 79 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), ocuparam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Manifestantes pró e contra o afastamento da petista foram separados por um muro, como forma de prevenir atos violentos.
Ontem, cerca de 350 pessoas se reuniram no gramado em frente ao Congresso, no final da tarde, para pedir que os deputados autorizassem a investigação por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Durante o dia, o gramado da Esplanada dos Ministérios tinha três manifestantes — dois desistiram e foram embora, sobrou um.
Há uma ausência de mobilizadores que convoquem manifestações nos dois lados da polarização (política). O MBL (Movimento Brasil Livre) e o Vem pra Rua (que convocaram manifestações pelo impeachment de Dilma) saíram de cena. Pelo lado petista também não há interesse em convocar grandes manifestações. A nenhum dos dois lados interessa a saída do Temer. Do lado governista, por razões óbvias, e, do lado do PT, porque interessa um desgaste (do presidente) para chegar a 2018 com uma oportunidade maior (de vitória)... Já se viu que o sistema todo é corrupto. A população não sente mais a raiva que sentia, que a levou a ir para a rua achando que algo ia mudar.” - Esther Solano, doutora em Ciências Sociais pela Universidad Complutense de MadridLeia na íntegra

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