*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

“O pato manco”

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tornou-se aquilo que os americanos chamam de “pato manco”, um líder cuja força se esvai no final do mandato.
Depois de perder na Câmara a aposta contra o presidente Michel Temer, ele afirmou preparar uma nova denúncia, agora pelo crime de obstrução de Justiça.
“Enquanto houver bambu, lá vai flecha”, repete ao ser questionado sobre o assunto.
Advogados de Temer argumentarão que Janot é suspeito para denunciá-lo e que age por motivação política.
O ministro do STF Gilmar Mendes afirmou, no dia seguinte a um encontro noturno com Temer, que Janot “é o procurador-geral mais desqualificado que já passou pela história da Procuradoria”.
Na Câmara, a habilidade política de Temer e de seus asseclas – com ajuda do temor diante da Operação Lava Jato – se revelou bem mais eficaz que as gravações ou a mala de dinheiro da primeira denúncia.
Janot teria alguma chance com a segunda? Alguma flecha em sua seteira poderá ser fatal para Temer?
É certo que ninguém pode prever o desfecho de uma investigação que ocorre em segredo. Mas é pequena a probabilidade de Janot dispor, a esta altura, de algum curare secreto capaz de imobilizar o governo.
Para repetir a célebre máxima do Barão de Itararé, “de onde menos se espera, daí é que não vem nada mesmo” - Helio Gurovitz/G1Leia na íntegra

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