*Não fosse o amanhã, que dia agitado seria o hoje!

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

“Um poço no final do túnel”

#A questão do financiamento das campanhas eleitorais brasileiras voltou ao centro do debate político com a criação do tal Fundo Especial de Financiamento da Democracia de R$ 3,6 bilhões aprovado por uma comissão especial e já rejeitado por parte dos deputados, inclusive o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
O mais grave é o que poucas pessoas notaram: esse Fundo Democrático não substitui o Fundo Partidário, que é distribuído pelo TSE anualmente aos partidos que participaram das eleições para a Câmara.
Na sua mais recente versão, estava em R$ 800 milhões, o que dá por cada voto válido R$ 12 que, com o contingenciamento, está valendo R$ 9,50. Há propostas para que o Fundo Democrático, que será dado a cada eleição, seja composto com as emendas dos deputados e senadores, para não aumentar o gasto público - Merval Pereira/O Globo, domingo 13

#Se ninguém fizer nada, e tudo indica que nada será feito, o Congresso aprovará a criação de um fundo de financiamento para os candidatos a cargos eletivos em 2018.
Pretende-se torrar algo como R$ 3,6 bilhões financiando candidaturas. Do jeito que estão as coisas, cada partido receberá sua cota e distribuirá o dinheiro como quiser.
É uma receita para o caos.
Os candidatos a deputado de um partido que não tem nomes disputando as eleições majoritárias de presidente, governador ou senador poderão botar mais dinheiro nas disputas proporcionais.
Pelo absurdo, um candidato a deputado do PP poderá dispor do dobro da verba de um rival do PMDB. Um caos alimentado com o dinheiro do contribuinte.
Algo como R$ 17 de cada brasileiro. Elio Gaspari/O Globo, domingo 13

#Os políticos têm que pensar bem no que pedem à sociedade brasileira. Antes de criarem um fundo com um valor bilionário, é fundamental que repensem os custos das campanhas e os métodos de convencimento dos eleitores. O padrão de marqueteiros com efeitos especiais e seus candidatos cenográficos não pode passar, agora, a ser financiado com o dinheiro dos nossos impostos.
Democracia tem um custo. Entende-se. Não há mais possibilidade de financiamento empresarial, as doações de pessoa física são, por natureza, menores, e espera-se que não haja mais caixa dois. A pergunta feita por muita gente é como então serão pagas as campanhas eleitorais.
O começo dessa conversa tem que ser uma outra pergunta: como devem ser as campanhas eleitorais?...
Hoje o contribuinte já gasta muito dinheiro com os partidos. Todos têm acesso ao fundo partidário que é de mais de R$ 800 milhões. Todos têm espaço no horário, supostamente gratuito, de TV e rádio. É gratuito para quem o usufrui, mas sempre foi pago pelo contribuinte. Há ainda a maluquice de que até partidos sem qualquer expressão têm o direito de um horário político fora das campanhas. Mais uma das nossas jabuticabas... A ideia de que se os contribuintes derem mais dinheiro para as campanhas não haverá corrupção é ingênua. A corrupção está sendo combatida pela mudança da relação custo/benefício desse crime.[...]. Miriam Leitão/O Globo, domingo 13

#Esse Fundo é um poço no final do túnel. Urge instituir uma Lei, nos moldes da Lei 11340/06 - conhecida como Lei Maria da Penha – que “Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher...” para constituir mecanismos que coíbam a violência política contra a Cidadania Brasileira, onde todo cidadão/cidadã, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goze dos direitos fundamentais inerentes à Vida, sendo-lhes assegurados as oportunidades e facilidades para viver, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. Ah... o nome? Lei “Maria sem Vergonha”? Lei “Maria vai com as outras”?... Maria...  sei lá ajuda aí!   - Foca Veiga/EquipeQ&M, domingo 13  

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