O Brasil, pobre
Brasil, acaba de dar mais uma cambalhota mortal. Após
uma semana de boas notícias na economia, com as reformas andando e justamente a
20 dias do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), o presidente Michel Temer despenca no escuro, deixando o País sem
presente e sem futuro.
Temer foi
estupidamente flagrado estimulando a compra do silêncio do ex-deputado e atual
preso Eduardo Cunha e favorecendo a JBS com benesses de governo, enquanto um
assessor direto, o deputado Rocha Loures, é filmado recolhendo uma mala com
dinheiro vivo. [...].
Tudo parece tão
absurdo, tão realismo fantástico, que o mínimo que se pode dizer é que a
realidade está superando a ficção no Brasil, que já passou pelo impeachment de
Fernando Collor e acaba de sair do impeachment de Dilma Rousseff em meio à
maior crise econômica da história.
A nota do
Planalto para reagir a tudo isso lembra alguém tentando combater um incêndio de
grandes proporções com um copo d’água. Ficam, portanto, três sérias ameaças a Temer,
além dos gritos de renúncia que ecoam: uma guinada do TSE rumo à cassação do
mandato, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), acatar o pedido de
impeachment ou, simplesmente, a PGR e o Supremo processarem o presidente.
Pela
Constituição, presidentes só não podem ser processados por crimes alheios e
anteriores ao mandato, o que não é o caso. E, também pela Constituição, se
Temer cair agora, o presidente da Câmara assume e convoca eleições indiretas.
Sabe o que significa? Que os deputados que elegeram Eduardo Cunha para a
presidência da Câmara e os senadores que içaram Renan Calheiros para a do
Senado vão eleger o novo presidente da República. Só rezando - Eliane Cantanhêde/Estadão
– Leia
na íntegra
Nenhum comentário:
Postar um comentário